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5 Musicais Bons (e 5 Horríveis)

Foto do escritor: Canal Cultura POPCanal Cultura POP

Atualizado: há 21 horas

Muita gente tem um preconceito quanto aos filmes de musical, pré julgando-os como filmes chatos e toscos, e em alguns casos, realmente são. Mas, existem alguns que além de ótimos, estão enquadrados entre os melhores filmes de todos os tempos, e é sobre isso que vamos discutir hoje.

 

Cantando na Chuva (Bom)

O maior clássico dos musicais, Cantando na Chuva, é estrelado por Gene Kelly no papel de Don Lockwood, um artista do cinema mudo idolatrado por sua beleza, mas não por seu talento. Para se adequar aos padrões de Hollywood, ele altera seu próprio passado na mídia. Ao seu lado, temos a atriz Lina Lamont (Jean Hagen), uma mulher arrogante e prepotente que, sem talento, mantém-se no topo apenas por sua aparência.

Porém, o cinema mudo estava com os dias contados, e os antigos astros precisavam soltar a voz. Don é desafiado pela atriz de teatro Kathy Selden (Debbie Reynolds), que afirma que ele não é um ator de verdade, apenas um rosto diante das câmeras.

As filmagens do novo filme de Don e Lina são um fracasso, principalmente pelas dificuldades de adaptação ao cinema falado. Ele teme que seu futuro em Hollywood esteja por um fio, mas, graças ao seu amigo Cosmo Brown (Donald O’Connor), diretor musical dos filmes de Lockwood, decide transformar a produção em um musical. Em vez de utilizar a voz de Lina (considerada insuportável), Kathy dublaria a famosa atriz em segredo.

Ao longo das filmagens, Don apaixona-se por Kathy, o que resulta na icônica cena da canção Singin’ in the Rain, quando ele descarta o guarda-chuva e se rende à paixão, dançando entre a chuva intensa, envolto na mais pura felicidade. Essa sequência tornou-se uma das mais memoráveis do cinema.

No desfecho da trama, o filme é um sucesso, e Lina, que tentou se passar como a grande estrela da obra, acaba sendo exposta diante de todos quando revelam que a bela voz que se ouvia era, na verdade, de Kathy. Por fim, Kathy tem seu sonho de se tornar atriz realizado, ao lado de Don e Cosmo.

Cantando na Chuva é uma reflexão sobre a velha Hollywood, simbolizando o grandioso momento de transição do cinema mudo para o falado, com a queda de antigos astros e o surgimento de novos. O romance entre Don e Kathy é bem desenvolvido, e as cenas musicais são excelentes, especialmente Singin’ in the Rain, que se tornou uma das mais famosas da história do cinema. Sem dúvida, este filme é um exemplo incontestável de um grande musical.

 

Coringa 2 (Ruim)

Bom.... o que dizer. Só pelo fato de ser um musical, já fiquei um tanto receoso, mas esse definitivamente não é o maior problema desse filme.

Ao fim do primeiro filme, tinha-se um Coringa bastante convicto em sua insanidade, e aqui, ele parece ter sido resultado ao início do primeiro filme, algo que gera uma falta de conexão entre ambos.

A relação entre Coringa e Arlequina é interessante, explorando uma espécie de inversão de papéis. Aqui, ao invés da Palhaça se humilhar pelo psicopata, ele é quem se humilha por ela. Suas dinâmicas são interessantes, assim como suas músicas, pois, apesar de Joaquin Phoenix não ser nenhum Frank Sinatra, Lady Gaga compensa com seu talento ímpar.

A dinâmica do julgamento é interessante, e acredito que a trama poderia ser mais focada nisso, pois é algo que explora muito do primeiro filme, além de diversas reflexões sobre quem realmente é o Coringa. A obra põe o Palhaço do Crime no seu lugar de origem, como um vilão, cujo a violência destrói a vida daqueles que cruzam seu caminho.

A direção é boa, com momentos esteticamente lindos, especialmente nos momentos de musical, mas, não compensa o roteiro mal desenvolvido.

A trama não inova, não desenvolve tão bem o protagonista, as partes musicais são excessivas, o final é simplesmente péssimo, acabando com qualquer tipo de clímax. O filme é um símbolo de mediocridade, digno de uma nota 5 ou menos, sendo sem dúvida, o exemplo de um péssimo musical, mas, não especificamente pelo fato de ser um musical, mas sim, por ser ofensivo a seus próprios personagens, raso, mal escrito e arrastado, por isso, está aqui na lista.

 

La La Land (Bom)

Um dos concorrentes ao Oscar em 2017, La La Land esteve no centro de uma das cerimônias mais controversas da premiação. O filme chegou a ser anunciado erroneamente como vencedor do prêmio de Melhor Filme, apenas para ter a estatueta corrigida e entregue a Moonlight.

A trama acompanha Mia (Emma Stone), uma barista que abandonou a faculdade de direito para se tornar atriz, mas fracassou repetidas vezes. Em meio a suas tentativas de sucesso, ela acaba esbarrando em Sebastian (Ryan Gosling), um músico de jazz igualmente frustrado. Seu grande sonho é abrir seu próprio clube de música, mas, devido ao seu pragmatismo e apego ao jazz clássico, ele não consegue engajar novos públicos, tocando sempre para idosos em bares vazios.

Juntos, eles começam a construir suas próprias carreiras, enquanto protagonizam números musicais deslumbrantes. A produção do filme é visualmente fantástica, embora, em termos de canto e dança, La La Land não alcance o nível de clássicos como Cantando na Chuva.

Por se passar em Hollywood, a trama traz diversas referências a clássicos da cultura pop, como Casablanca e Juventude Transviada, tornando-se um verdadeiro prato cheio para os fãs de cinema clássico.

Ao final da história, Ken... digo, Sebastian ajuda a desmotivada Mia a alcançar seu sonho de se tornar atriz, enquanto ele próprio acaba entrando para uma banda de jazz moderno, mesmo contra seus próprios princípios, enxergando isso como uma forma de ser reconhecido. Dessa forma, Mia dedica-se inteiramente à sua carreira e muda-se para Nova York, encerrando o relacionamento entre os dois. O filme apresenta uma bela reflexão sobre o custo do sucesso, mostrando que, às vezes, é preciso abrir mão de algo que se ama — seja uma pessoa ou um desejo — para alcançar um objetivo maior. Esse dilema dá origem ao emocionante final do filme, que reforça La La Land como um dos melhores musicais de todos os tempos.

 

High School Musical (Ruim)

A trilogia mais vergonha alheia do cinema. High School Musical, protagonizado por Troy Bolton (Zac Efron) e Gabriela (Vanessa Hudgens), a trilogia retrata da maneira mais tosca possível, com a busca de Troy por se tornar um jogador de basquete (menos tendo 1,73 de altura) e de Gabriela por se tornar atriz.

A trama tenta vilanizar Sharpay, a loira arrogante da trama, que apesar de ser não um exemplo de humildade, tenta motivar sua ´´adversária´´, Gabriela a tentar entrar no clube de teatro, do qual ela é a estrela a anos. E ao mesmo tempo, tenta seduzir Troy, com diversas oportunidades de emprego e até mesmo estudos, aos quais ele despreza totalmente, mostrando-se muito mais arrogante e displicente que ela....

Porém, o problema não está somente nas incoerências do roteiro, mas também no roteiro raso, romance clichê, atuações questionáveis e muito mais. As músicas não são exatamente ruins, mas, a narrativa não encanta, sendo tosca, mesmo para um filme adolescente lançado para a TV.

 

Mágico de Oz (Bom)

Dirigido pelo polêmico Victor Fleming, Mágico de Oz foi um dos melhores filmes da década de 1930, estrelado pela atriz e cantora Judy Garland, com sucessos como ´´Over The Rainbow´´, simbolizando o sonho da jovem Dorothy, de ir além da vida pacata que levava, sonhando com algo a mais. Logo depois, ela magicamente surgiu no reino de Oz, um mundo mágico, repleto de maravilhas, onde conheceu amigos valiosos, como Espantalho, Leão e Homem de Lata, e uma inimiga mortal, a Bruxa Má do Oeste, a quem é incumbida de matar, por ordem do todo poderoso Mágico de Oz.

Ela cumpre a missão, e só então descobre que Oz era um farsante, e temia nunca mais voltar para sua casa, mas, graças a Bruxa Boa do Leste, ela bate seus sapatos, e deseja voltar ao seu lar, assim, conseguindo o que deseja.

A obra é não só um mundo mágico esplendido, mas também, uma reflexão sobre a história americana, com personagens como o Espantalho, simbolizando o sofrimento dos agricultores norte-americanos ao longo da Grande Depressão, que em 1939, estava em sua reta final.

As músicas são ótimas, e a trama, é um dos maiores clássicos de todos os tempos, sem dúvida, merecendo vaga nessa lista.

 

Cats (Ruim)

Poucos filmes conseguem alcançar um nível de desastre tão fascinante quanto Cats (2019), dirigido por Tom Hooper. O longa, baseado no musical da Broadway de Andrew Lloyd Webber, prometia ser um espetáculo visual e sonoro, mas entregou algo mais próximo de um pesadelo febril com orçamento milionário.

Efeitos Visuais: Um Horror Indescritível

O maior problema de Cats – e há muitos – é o design das criaturas que deveriam ser gatos. A decisão de usar motion capture para criar híbridos de humanos e felinos resulta em um vale da estranheza terrível. As expressões faciais são bizarras, as proporções corporais são erráticas e a textura do “pelo digital” parece mal-acabada, mesmo com o relançamento do filme após uma atualização de CGI. Além disso, a falta de coerência na escala dos personagens e dos cenários só contribui para aumentar a sensação de desconforto.

 

Noviça Rebelde (Bom)

Um dos musicais mais lindos de todos os tempos, A Noviça Reb elde de 1965, dirigido por Robert Wise, arrecadou mais de 286 milhões de dólares, a contraponto dos 8,2 milhões de dólares investidos em sua produção.

A protagonista é a beata Maria, que deixa seu convento para se tornar governanta de uma casa com sete crianças, filhas de um militar rabugento chamado George. Com seu bom humor e vivacidade, a noviça trás alegria para as crianças, e até mesmo para George, especialmente através da música.

A obra é divertida, nostálgica e alegre, sendo até hoje, um dos melhores clássicos musicais de todos os tempos.

 

Emília Perez (Ruim)

Uma das maiores polêmicas do último Oscar, sendo o filme com maior número de indicações, e ao mesmo tempo, sendo muitas vezes citado como o PIOR FILME A SER INDICADO PARA O OSCAR.

Do vitimismo criminoso até o descaso com o próprio povo mexicano, uma vez que a produção francesa foi alvo de diversas críticas do próprio país que tentou retratar. Apesar do bom elenco, a trama é bizarra, sem sentido, e com músicas que apesar de boas, são inseridas em momentos inadequadas, tendo em vista, que essa obra retrata a vida de um criminoso, e essa pegada ´´divertida´´, para mim e para muitos, não cabe ao filme, por isso, está entre os piores a serem indicados ao Oscar, e um dos piores musicais de todos os tempos.

 

Rei Leão (Bom)

A animação mais premiada da história. Lançada em1994, Rei Leão conta a história de Simba, filho do respeitado Rei Mufasa. Scar, irmão de Mufasa, desejava desde a infância se tornar Rei, mas o nascimento de seu sobrinho, iria impedi-lo de alcançar o trono.

Scar arma um plano junto as hienas, e faz com que seu irmão seja pisoteado até a morte por uma manada de gnus, e amedronta Simba, lhe fazendo deixar o reino. O leãozinho estava perdido, mas é salvo por Timão e Pumba, um javali e um suricato. Enquanto o Leão vive tranquilo com seus amigos, seu tio fazia um reinado tirânico, exigindo que as fêmeas cacem incessantemente, fazendo com que falte comida no reino, que encarava a maior seca de todos os tempos.

A leoa Nala, encontra Simba, e implora que ele retorne para o reino e destrone Scar. Mesmo relutante, Simba retorna, e em um épico duelo, derrota seu tio, que acaba traído e morto pelas próprias hienas. Ao lado de Nala, Simba se torna o novo rei, trazendo paz ao reino.

O clássico rendeu duas sequências, e várias séries de TV, tendo até mesmo uma versão Live Action em 2019.




1 Comment


Janea Chaves
Janea Chaves
há 2 dias

Faltou Os Miseráveis!!!!!

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