A seleção italiana é uma das mais poderosas e vitoriosas da história de futebol. Desde sua primeiro título em 1934, a Itália foi uma equipe extremamente recorrente e competitiva, apesar da fase péssima que vem vivendo, caindo na fase de grupos nos mundiais de 2010 e 2014, e nem sequer disputando 2018 e 2023. Hoje, vamos voltar aos dias de glória da Azurra, relembrando as suas quatro conquistas.
Itália- 1934
Após a desistência da Suécia devido a problemas financeiros, a Itália assumiu a frente, e se tornou país sede da Copa do Mundo de 1934.
A campanha azurra começou com uma sonora goleada de 7x1 sobre os Estados Unidos, com direito a um hat trick de Schiavio, o centroavante italiano na copa. Curiosamente, a seleção brasileira seria o adversário da Itália nas quartas, se não tivesse sido batida por 3x1 pela Espanha.
Itália e Espanha protagonizaram um 1x1 intenso, forçando um segundo jogo, uma vez que não existia pênaltis ou gol de ouro. No segundo jogo, Giuseppe Meazza foi o responsável pelo gol solitário que resolveu a partida.
A semifinal foi outro jogo truncado, contra a Áustria, definido pelo meia Guaita. A final foi disputada entre Itália e Tchecoslováquia, e mais uma vez, o chefe de estado italiano, ameaçou todos do elenco, em casa de derrota. Sendo assim, o time veio extremamente pressionado, mas, saiu vitorioso por 2x1, com gols de Orsi e Schiavio.
A taça foi erguida em pleno Estádio Nazionale, em Roma, diante de 55 mil pessoas, trazendo a primeira glória para a Azurra.
França-1938
Logo na copa seguinte, a Itália vinha com um upgrade em relação a equipe anterior, e postulava entre as favoritas. A Itália bateu a fraca seleção noruegesa, em um 2x1 apertado, com gol de Piola na prorrogação.
Depois, foi vez dos donos da casa sucumbirem perante os Italianos, batendo os franceses por 3x1, com dois do artilheiro Piola. Na semifinal, aquele que se tornaria um dos maiores clássicos da história das copas, Brasil e Itália, onde os italianos levaram a melhor por 2x1, em um jogo onde surpreendentemente, o craque Leônidas foi poupado.
A final foi um verdadeiro jogaço contra a forte geração hungara, que foi batida por 4x2, onde Piola marcou mais dois, e se sagrou como craque da competição. Quatro jogadores se tornaram bicampeões, Meazza, Ferrari, Monzeglio e Maseti.
Após essa geração de ouro, a seleção italiana sofreu uma queda vertiginosa. As duas copas seguintes viriam a ser canceladas em virtude da guerra, e os mundiais só seriam retomados a partir de 1950.
Nas copas seguintes, o mais próximo que os italianos chegaram do título, foi em 1970 no México, onde foram vice campeões, sendo amassados pelo esquadrão brasileiro de Pelé e cia. A maior glória italiana entre o segundo e terceiro título mundial, foi a conquista da Eurocopa de 1968, com a geração que viria a ser vice no México.
Espanha-1982
A desconfiada seleção italiana, fez uma péssima campanha na fase de grupos, passando com três empates, diante de Polônia, Peru e Camarões, não enchendo os olhos de ninguém, e passando apenas na segunda posição do grupo.
Seu grande nome, Paolo Rossi, estava abaixo do peso, completamente fora de forma, e passou em branco na primeira fase, porém, nos momentos decisivos, suas estrela brilharia.
Nas quartas de final, montada em um formato de grupos com três participantes, os italianos bateram a forte seleção Argentina de Maradona, com gols de Tardeli e Cabrini. Seu maior desafio, seria diante da seleção brasileira, um verdadeiro esquadrão, com craques como Falcão, Sócrates e Zico. Nesse momento, Rossi brilha, marcando 3 gols, superando os esforços de Sócrates e Falcão para o Brasil, encerrando o jogo em 3x2.
Rossi daria outro show diante da Polônia de Lato, marcando 2 gols e garantindo a vitória por 2x0. A decisão diante da Alemanha, foi um verdadeiro show italiano, dominando as ações, e vencendo com gols de Rossi, Tardeli e Altobelli, e sofrendo um de Breitner.
Com a conquista, Rossi foi eleito melhor da copa, além de chuteira de ouro com 6 gols. Essas conquistas, lhe renderam o prêmio de melhor jogador do mundo naquela temporada.
Alemanha-2006
A última conquista Azurra em copas do mundo. Após mais um hiato de décadas, chegando a bater na trave em 1994, onde foi batida pelo Brasil nos pênaltis, a Itália montou um elenco recheado de craques, como Buffon, Pirlo, Cannavaro e Gatusso, e prometia dar trabalho na Alemanha.
A fase de grupos foi segura, vencendo a estreia contra Gana por 2x0, com show de Pirlo, que balançou a rede junto a Ianquita. O confronto contra os Estados Unidos foi um sonolento empate em 1x1, mas, logo, a equipe voltaria ao caminho das vitórias, vencendo a República Tcheca por dois a zero.
Logo nas oitavas, a Itália venceu a Austrália por 1x0, através de uma penalidade máxima convertida por Totti nos últimos minutos. Nas quartas, a Itália teve sua grande atuação na competição, vencendo por 3x0 a Ucrânia, com dois de Luca Toni e um de Zambrotta.
As semifinais, trouxeram um dos melhores jogos daquela copa, Alemanha e Itália. O tempo normal ficou em 0x0, com os gols italianos saindo apenas na prorrogação, com Fábio Grosso e Del Piero.
Na final, um clássico europeu, França e Itália. Zidane abriu o placar de cavadinha contra Buffon, mas os italianos rapidamente empataram com o zagueiro Materezzi, e esses nomes seria os grandes personagens do jogo. A Itália chegava forte no jogo aéreo, mas, a França chegava firme, e Zidane quase marcou seu segundo gol, mas parou em Buffon.
Na prorrogação, Zidane cedeu as provocações de Materazzi, e lhe deu uma cabeçada no peito, sendo expulso. Nas penalidades, a Itália venceu com gols de Pirlo, Materazzi, De Rossi, Del Piero e Grosso, contra apenas três gols franceses, de Wiltord, Abidal e Sagnol.
Cannavaro perde o prêmio de craque da copa para Zidane, apesar de alguns consideraram o italiano mais merecedor. Dali para frente, a Itália sofreria bastante, seria vice da euro, sendo goleada por 4x0 pela Espanha. Cairia na fase de grupos de 2010 e 2014, e ficaria de fora das duas copas seguintes, uma fase realmente sombria do futebol Azurra. No entanto, em 2021, a Itália iria a faturar a Eurocopa, sobre a Inglaterra de Harry Kane.
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