A franquia Jurassic Park foi uma das mais queridas da minha infância, e com certeza foi também a de muitas outras pessoas. O primeiro longa, lançando em 1993, baseado na obra de Michael Crichton escrita três anos antes, fez um sucesso estrondoso, sendo até hoje, um dos melhores filmes da história. Hoje, vamos revisitar algumas obras dessa épica saga, dando uma nota para cada um dos capítulos, e resumindo suas histórias.
Jurassic Park: 1993
A primeira obra da franquia, dirigida pelo brilhante diretor Steven Spilberg, narra a história de Alan Grant e Ellen Satler, dois estudiosos da paleontologia, que recebem uma proposta do magnata John Hammond, para conhecer seu mais novo parque temático, que ao chegar, eles descobrem abrigar dinossauros reais, vivos, e recriados a partir de material genético de sapos, e DNA de dinossauros preservado em mosquitos petrificados em âmbar.
Junto a dupla, foram convidados os netos de Hammond, Timmy e Alex, o teórico Ian Malcom e o advogado, Donald Gennaro. Hammond explica a todos o funcionamento do parque, que apesar de impressiona-los, igualmente os espanta. A depravação do curso natural ficava claro dentro daquele parque, um conglomerado de geneticista brincando de Deus.
Todos se põe contra o projeto, menos Gennaro, que enxerga somente o ganho financeiro que aquilo acarretaria, tendo em vista que as pessoas não poupariam despesas para ir até o parque.
Logo no início, temos cenas incríveis, como a aparição do Braquiossauro, que demonstra uma mistura perfeita de visual e sonoro, pois além de belíssima esteticamente, a cena trás uma carga emocional ainda mais forte, com a trilha sonora incrível de John Willians, um verdadeiro gênio do cinema.
No entanto, Dennis Nedry, uma peça chave para o funcionamento do parque, traí a todos, roubando os DNA de dinossauro e tentando fugir com eles, para vende-los a alto custo, e de quebra, desativou completamente o sistema de segurança da ilha, libertando as feras pelo local. Nesse momento, Alan, Ian, Donald e as crianças, viajavam com os carros automáticos do Jurassic Park, que foram desligados em frente ao cercado do T-Rex, onde temos a cena suprema do filme. A Tiranossauro rompe a cerca de segurança, e ataca o carro das crianças, que são salvas por um ato insano de Ian, que ativa um sinalizador para distrair a gárgula colossal. Gennaro não teve a mesma sorte, a abriu a contagem de baixas da noite, sendo morto pelo Tiranossauro. Nedry teve o mesmo destino, sofrendo um acidente ao tentar escapar da ilha, e sendo devorado por um Dilofossauro, um animal pequeno e aparentemente inofensivo diante de um homem adulto, mas que com seu veneno, poderia cega-lo por tempo o bastante para encerrar sua vida. Porém, Nedry ainda havia deixado um legado sombrio, o sistema do parque totalmente defeituoso, que precisaria ser reiniciado por Arnold, que acaba morto pelos Raptores recém fugidos antes de completar sua missão.
Alan salva as crianças e foge por um lado, enquanto Ian fica para trás e acaba salvo por Ellen, com ajuda do caçador Robert Muldoon. A partir daí, temos um jogo de gato e rato entre dinossauros e humanos na ilha, já que aquelas criaturas, principalmente na versão original, eram verdadeiras máquinas assassinas, não se preocupando em caçar apenas para satisfazer sua fome, mas pelo puro prazer de ceifar vidas, os transformando em verdadeiros monstros.
Ellen restabelecer a energia, e Muldoon acaba morto pelos Velociraptores, que se tornam a principal ameaça da ilha, por serem menores e mais inteligentes que o T-Rex, podendo bolar planos e mata-los de maneiras variadas, lhes tornando uma ameaça horripilante.
Ellen se reencontra com Alan, Timmy e Alex no Salão Principal, onde eles tem uma última fuga dos Raptores, sendo salvos pelo T-Rex, que devora seus pequenos adversários. Com o sistema de segurança completamente operacional, eles puderam chamar ajuda militar, e rapidamente foram retirados da ilha, e agora mais do que nunca, Grant tinha certeza, de que não aprovaria o parque de Jonh, algo que o próprio concordava.
Jurassic Park é uma obra sensacional, com uma produção excepcional, trilha sobrenatural, ótimas atuações, e trama envolvente e dinâmica, sendo seguramente um dos melhores filmes da história, como foi comprovado com suas notas acima de 90% na crítica, e bilheteria de 1 bilhão de dólares, em uma época onde esse feito era ainda mais expressivo.
Talvez pela sua fidelidade considerável a obra de Michael, a trama mantém a questão filosófica sobre a ética de recriar seres já extintos, priva-los da liberdade, e como eles não são de forma alguma animais, já que agem de maneira até mesmo sádica. As interações entre os personagem também divertem, como o relacionamento implícito entre Ellen e Alan sendo posto a prova pelos galantes de Iam sobre a doutora, o amadurecimento de Grant em relação ao convívio com crianças, sendo eles responsável por proteger os netos de Hammond ao longo do filme, e a compreensão por parte do próprio diretor do parque, de que era impossível controlar a vida, pois ela sempre acharia um jeito de superar qualquer barreira que ele imaginasse, e que certos sonhos devem permanecer apenas no campo das ideias, caso não sejam éticos, ou mesmo, sãos. As reflexões levantas para obra são intrigantes, e os animatrônicos tornam as cenas de ação com os dinossauros ainda mais fenomenais, sendo seguramente um dos meus três filmes favoritos de todos os tempos.
Nota: 10
O Mundo Perdido
Lançada em 1997, ainda sobre direção de Spilberg e baseada na segunda obra de Crichton, o Mundo Perdido talvez tenha sido um dos maiores downgrades entre filme um e dois, mas afinal, era tão ruim assim?
4 anos depois do fracasso estrondoso do Jurassick Park, Jonh se isolou em sua mansão, enquanto ficava a mercê da Ingein, império que agora pertencia a seu sobrinho, Peter Ludlow, que tinha um único sonho, encher o bolso de dinheiro, sem nenhuma apreço pela vida dos animais, ou alguém propósito maior. O velho magnata convoca seu velho amigo, Ian Malcom, e lhe revela a existência de um Sitio B, a Ilha Sorna, local onde os animais eram fabricados e mantidos livres, sem muros para conte-los, como uma ilha isolada, onde a fauna e flora de 65 milhões de anos permanecia inalterado. O velho convida o sobrevivente a visitar a segunda ilha e oferecer seu parecer. Obviamente Iam se recusa, mas, ao descobrir que sua namorada Sarah Harding já estava no local para catalogar as espécies, ele muda de ideia e segue para Sorna, junto com Nick Van Owen e Eddie Carr.
Sem saber, sua filha, Kelly se infiltra secretamente na embarcação, indo junto com ele para essa aventura. Eles rapidamente se encontram com Sarah, mas, logo descobrem que Peter tinha outros planos para os animais da ilha, rapta-los, e leva-los para um novo parque, dessa vez em San Diego, onde o mundo poderia contempla-lo, e o potencial financeiro seria muito maior.
Liderados por Van Owen, eles impedem os planos da Ingen, libertando os animais em cativeiro, mas acabam atraindo uma ameaça indesejada, ao resgatar um filhote de Tiranossauro-Rex, atraindo seus pais, que acabam matando Eddie e quase levam Sarah e Ian com ele. As cenas com T-Rex nessa obra conseguem ser ainda mais incríveis e tensas do que no anterior, a direção continua competente, apesar de não tão genial quanto foi em 1993.
Roland Tembo, caçador contratado por Ludlow, consegue capturar o T-Rex macho (conhecido como Bucky), e o leva junto com o filhote até San Diego. Lá, o T-Rex consegue facilmente escapar do porão do navio e oblitera a tripulação, correndo solto por San Diego. Ian e Sarah pegam o filhote, e usam para atrair a criatura, que destrói a cidade em peso enquanto os persegue. Eles levam o animal de volta ao cais, onde lhe devolvem seu filho. Ludlow estava na cola deles, mas, acaba sozinho diante das duas feras, e tem seu destino celado.
Pai e filho são devolvidos ao seu habitat, e voltam a viver sua vida, como há 65 milhões de anos atrás, em uma ilha intocada, sem mais ação da humanidade.
Apesar de não ser tão bom quanto o original, Mundo Perdido é uma grande obra, e não compreendo até hoje o motivo de tantas críticas. Temos momentos tensos e épicos com os dinos, boa trilha sonora, lindos cenários, subtrama interessante, e uma engrandecimento da obra original, porém, sem a mesma perfeição.
Nota: 8
Jurassic Park 3
Lançado em 2001, Jurassic Park 3 encerrou a trilogia clássica da franquia, com o capítulo mais criticado entre os três, e sem envolvimento ou inspiração em obras de Michael Crichton. Alan Grant seguia suas escavações em Montana, ao lado de seu fiel escudeiro Billy Breenan. Sua área de trabalho havia sido totalmente sobrepujada pelo retorno dos dinossauros, uma vez que eles ainda existiam em nosso meio, que ligaria para meros fósseis? Sua pesquisa estava prestes a ter um fim trágico, quando um homem supostamente rico chamado Paul Kirby, e sua mulher, Amanda, lhe oferecem uma proposta tentadora. Eles financiaram suas escavações por mais um ano, e em troca, ele lhes acompanharia até a Ilha Sorna (que ele pensava ser Nublar).
Mesmo contrariado, ele não se encontra sem escolha, e acompanha o casal até a Ilha, junto de Billy, onde supostamente fariam um simples rasante sobre o território. Porém, ele acaba desmaiando, e acorda com o avião em solo, algo que o deixa em pânico.
Aquilo tudo era uma enorme mentira, eles apenas lhe enganaram, para ajuda-los a encontrar seu filho, Eric Kirby. Alan não teve tempo de reclamar, pois eles quatro e mais três supostos mercenários, agora estavam na mira de uma monstruosidade tão grande e tão poderosa quanto o T-Rex, o Espinossauro.
O avião colide com o animal antes de alcançar considerável altitude, e acaba caindo em meio a mata, onde são caçados pela quimera, que mais do que qualquer outro dinossauro da franquia até então, era uma verdadeira máquina de caçar, não para saciar sua fome, mas seu próprio desejo de sangue. Dois mercenário acabam mortos, e o restante da equipe se embrenha na mata, batendo de frente com um T-Rex no caminho. Eles são perseguidos pelo Rei dos Dinossauros, até ficarem cercados, entre ele e o Espinossauro. Os dois colossos duelam freneticamente, e o T-Rex começa levando vantagem, mas, rapidamente os braços longos e a resistência superior do adversário aquático se mostram decisivos, matando o Rei dos Dinossauros com seus braços poderosos titânicos. Então Alan descobre que tudo aquilo era mentira, Paul não era rico, e jamais pagaria pelo serviço, assim seus mercenários, sequer sabiam atirar, e por fim, Alan revela que eles estavam em Sorna, e a única ilha que ele pisado, era Nublar, ou seja, nem como guia ele serviria dessa vez. Enfim, o casal revela sua verdadeira intenção, salvar seu filho, que havia caído acidentalmente na ilha durante um passeio de férias, enquanto voava de asa- delta.
A fuga continua, e eles acabam sendo emboscados por raptores na velha fábrica da Ingen, onde Billy acaba pegando alguns ovos dos animais para vender, algo que apenas levaria os dinossauros mais inteligentes do mundo, a caça-los incessantemente. Alan se divide, e acaba cercado pelos esguios caçadores, sendo salvo por Eric, que espanta os animais com som alto. O garoto era esperto, e conseguiu sobreviver por semanas na ilha sem que ser notado pelos animais mais perigosos.
Todos se reencontram graças ao som do telefone de Paul, que havia sido engolido pelo Espinossauro, junto com um dos mercenários. A reunião de família se torna uma fuga frenética da criatura colossal que os seguia. No aviário, Billy revela que roubou os ovos, e Alan lhe humilha, o acusando de ser tão mal quanto as pessoas que construíram aquele lugar. Logo depois, o garoto se redime, se sacrificando para salvar Eric dos Pterossauros, voando de paraquedas para distrai-los. Assim, eles seguem até um rio, onde encontram o telefone nas fezes do Espinossauro, e Alan pede ajuda para Ellie Sattler, agora casada e mãe. O Espinossauro ataca uma última vez, e novamente não consegue mata-los, sendo ferido por um incêndio causado pelos humanos. Próximos da costa, eles devolvem os ovos aos Velociraptores, enquanto Grant utiliza uma caixa torácica da espécie, para conseguir falar com eles. Na praia, eles são recebidos por uma imensa força militar, que inclusive havia salvo Billy.
A obra sofreu um certo desprezo por parte dos fãs, e não obteve resultados de crítica e bilheteria nem semelhantes aos anteriores, porém, não deixa de ser uma aventura extremamente divertida e empolgante em certos pontos. A produção continua ótima, trazendo o melhor duelo entre dinossauros na franquia até então, e explorando situações novas, no entanto, era clara saturação, e por isso, a saga ficou na geladeira por mais de 10 anos após esse filme, retornando apenas em 2015 com Jurassic World, que ressuscitou a série para um novo público, com mais ação e novidades, e será dessa nova trilogia que iremos falar, caso tenhamos bons resultados nesta publicação.
Nota: 7
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