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Batman vs Michael Myers: A Noite do Terror

Foto do escritor: Canal Cultura POPCanal Cultura POP

Atualizado: 11 de mar.

Fala nação, após muito, mas muito tempo, enfim voltamos com os crossovers heróis vs terror por aqui, chegou a hora de expandir o Cultura Pop Verse, com os dois espectros das Trevas, do bem e do mal, Batman e Michael Myers. Em 1946, Batman e a Liga Intergaláctica da Justiça reconstruíam o mundo após a terrível guerra contra Drácula, e Gotham City estava mais em frangalhos do que o normal, e como Bruce Wayne, ele trabalhava avidamente pela cidade, porém, a forma de mal, Myers, surge em Gotham City, em busca de sua irmã, Laurie Strode.

 

O Nascimento da Forma

Era 31 de Outubro de 1929, e Jonathan e Amanda Myers dirigiam em meio a noite escura e chuvosa, no interior do Texas. No banco de trás, estava seu filho do meio, Michael, não conseguindo respirar, seus olhos quase se invertiam, sua pele se arroxava, era a tuberculose, a ´´Morte Certa´´ dos anos 1920.

Os olhos daquele pequeno menino de seis anos estavam cheios de medo, em sua inocência, ele não compreendia pelo que estava passando. Amanda tentava acalma-lo, mas não podia esconder que ela mesma estava tão assustada quanto ele.

Jonathan quase bate o carro, mas enfim para o veículo, em frente ao portão de um cemitério. Jonathan pega seu filho nos braços, e o carrega em meio aquela tempestade. Ele lutava pra não cair nas valas abertas pela chuva, já com se filho inconsciente em seus braços, não restava muito tempo.

Jonathan deixa o garoto nas mãos de Amanda, e puxa uma pá de suas costas, cavando desesperadamente um buraco em meio aquele lamaçal. O local era um cemitério de animais, repleto de rochas que pareciam ter escritos de centenas de anos, aquilo não podia ser coisa boa, mas para os Myers, era a única esperança de salvar seu filho. Ele cava uma cova de dois metros, e Amanda põe seu filho desacordado em seu fundo. Sem olhar, Jonathan começa a fechar o buraco, enquanto Amanda chorava copiosamente. Enquanto fazia aquela profanidade, ele chegava a pensar em parar, mas não podia, não importava como e nem a que custo, Michael não podia morrer, não enquanto ele pudesse impedir.

Com a cova fechada, o casal volta correndo pro carro, sentando-se encharcados no banco, e deixando as horas passarem, como se esperando alguma coisa. Visto de cima, aquele lugar era uma imensidão de selva sombria, a casa mais próxima devia estar a uns 20 km de distância. Amanda se lamentava, duvidando ter feito certo. Eles nem ao menos tinham certeza se aquilo daria certo, talvez, algum tratamento pudesse salvar seu filho. Jonathan rebate, dizendo que eles já tinham feito de tudo, e seu verdadeiro medo, era o sairia daquele cemitério, caso aquilo realmente desse certo.

Aquele cemitério era conhecido por trazer os mortos de volta a vida, devido as atividades paranormais feitas ali durante séculos. Porém, aquilo não era uma fonte dos milagres, pois todos os animais e homens que eram enterrados ali, voltavam... diferentes, maus. Mas, nenhuma criança havia sido enterrada lá até então, talvez com ele pudesse ser diferente... não é? Eles já admitiam para si mesmos que haviam sido tomados pelo medo da perda, e agido por impulso, mas agora, era tarde para voltar atrás. De repente, eles observavam uma pequena figura saindo das sombras do cemitério, com seu corpo repleto de barro molhado.

Jonathan sai do carro e corre em direção a figura, era seu filho. Ele o abraça e limpa seu rosto, a tosse havia passado, mas não apenas isso, seu pulso também. Ele estava morto, mas seu corpo se movia, respirava, mas não estava vivo. Amanda tentava falar com seu filho, mas ele não respondia, sem saber, eles estavam levando o mal para sua casa.

Dois anos se passaram, e Michael ficava isolado dentro da residência dos Myers em Hadonfield. Sua relação com a família estava cada vez pior, especialmente com sua irmã mais velha, Judith, que se sentia ignorada pelos pais, que se importavam somente com Michael, e agora, com sua irmã recém nascida, Laurie.

Até que na noite de Halloween de 1930, o terror começou. Jonathan e Amanda levaram Laurie para a casa de seus avós. Amanda olha nos olhos de seu filho, que estava sentado em seu quarto, olhando para a janela, com uma expressão totalmente blasé.

Naquela noite, o mal enfim despertou. Michael pegou uma faca, e matou Judith, movido apenas pelo mal em sua alma (como visto em Halloween: A Noite do Terror). Ao voltarem, Jonathan e Amanda ficam em choque ao verem o banho de sangue, mais totalmente tomados pela culpa. Eles internam Michael no Sanatório Smith Groove. Eles não conseguiam mais viver com a culpa do que fizeram, e deixaram Laurie aos cuidados da família Strode, e fogem, sem rumo, a família Myers estava destruída.

Quinze anos se passaram, e Michael esteve aos cuidados do Dr. Sam Loomis, que tentou ao máximo entrar naquela mente perturbada, mas sem sucesso. Ele percebeu que não havia nada dentro daquela casca, apenas maldade, então, a única alternativa, era prende-lo até seu último dia de vida, se ele voltasse para as ruas, mataria qualquer coisa que respira. Sem saber, Loomis tentava cuidar de um morto vivo, que surpreendentemente, conseguia alterar seus sinais vitais, para burlar os exames médicos, parecendo ser uma pessoal totalmente ´´normal´´.

Em 31 de Outubro de 1945, Michael escapou do Sanatório, roubando um carro do hospital, e tomando o rumo de Hadonfield.

Releitura de Halloween 1978:

Durante aquele dia Michael vagou pelas ruas de sua cidade natal, voltando inclusive para a casa em que nasceu. E enquanto estava lá, deparou-se com a jovem Laurie Strode, por quem se fascinou da pior forma possível, perseguindo-a pelas sombras da cidade.

Naquela noite, Myers assassinou Anne Bracket e Lynda Johnson, as amigas mais próximas de de Laurie, montando um altar macabro com seus corpos, altar esse que atraiu Laurie até a antiga casa dos Myers, onde foi emboscada pelo assassino, que a perseguiu pela noite, enquanto a mesma tentava abrigar-se na casa Tommy Doyle, garoto que estava cuidando naquele Halloween. Myers invadiu a casa, mas com sua inteligência, Laurie pode evita-lo, chegando a furar seu pescoço com uma agulha enorme, algo que nenhum homem poderia sobreviver, mas aquela coisa não era um homem, era a forma mais pura, do mal.

Porém, Sam Loomis estava em Hadonfield, em busca de seu paciente, e ouviu os gritos de Laurie e Tommy, chegando a casa dos Doyle. Michael havia encurralado Laurie no quarto principal, e iria mata-la, se Loomis não intervisse, disparando seis vezes no peito de Michael, lançando-o pela sacada, com seu corpo chocando-se com a grama cinco metros abaixo, imóvel.

Ele sabia da inumanidade de Myers, mas não imaginou que ele sobreviveria a tantos disparos, mas, segundos após ajudar Laurie a levantar-se, ambos olharam para o gramado, e onde a figura de Michael recostava-se segundos antes, havia somente uma poça de sangue fresco. Laurie não tinha mais forças para gritar, e apenas se encolheu no canto da sacada, chorando baixinho, enquanto Loomis estava imerso em seus próprios pensamentos. E durante um ano, Michael Myers não foi mais visto.

 

Uma Nova Gotham

Era 1946, e uma nova Gotham emergia das cinzas da guerra contra Drácula (Leia, Melhores do Mundo). Milhares haviam morrido, bilhões foram gastos, mas Batman, usando a máscara de seu suposto verdadeiro eu, Bruce Wayne, liderava essa reconstrução. O medo tomava conta das pessoas, mas, limitando-se à figura de um homem, com um sorriso e a boa vontade de agir, investiu boa parte de sua fortuna na cidade, devolvendo a dignidade àquelas pessoas, e ao lado de seus aliados da Liga Intergaláctica da Justiça, lutava para trazer a ordem àquela caótica cidade.

O Halloween estava próximo, e maníacos como Homem Calendário pretendiam torná-lo realmente assustador. A Fundação Wayne organizava um enorme evento de caridade na Mansão Wayne, com as figuras mais notórias e ricas da cidade, como Thomas Elliot, Vicky Vale, Lucius Fox e o próprio Bruce Wayne, uma oportunidade que excitava sua mente deturpada.

Bruce Wayne conversava com Vale sobre seus próximos projetos para a cidade, dizendo que a dinastia de Drácula havia lhe ensinado muito, provando que eles precisavam ser melhores, não investindo somente no próprio bem-estar, e sim nas pessoas que necessitavam de ajuda, um número gritante, especialmente depois da guerra contra Drácula.

Enquanto Julian Day e seus homens observavam com seus olhos sádicos as pessoas transitando através da enorme janela do salão principal da mansão, no antigo Asilo Arkham, uma jovem lutava para tirar os olhares frios de outro psicopata de sua mente.

A antiga colônia de maníacos havia sido reformada pela Fundação Wayne, tornando-se verdadeiramente uma clínica psiquiátrica, e não um covil de loucos, um local onde pessoas como Laurie Strode poderiam expor seus medos sem temer. Ela estava em Gotham há seis meses, quando recebeu uma bolsa de estudos na Universidade de Gotham, uma das melhores do país. Apesar da má fama da cidade, ela não pestanejou em ir para lá. Ela não suportava Haddonfield, andar pelas ruas onde antes esteve com suas amigas, agora sabendo que elas nunca mais estariam lá. O medo de Myers ainda assolava sua mente, e estar em Gotham para ela era uma certa ironia. Em todo o mundo, o medo era majoritariamente utilizado pelos criminosos para oprimir as pessoas, tornando-as impotentes, mas em Gotham, era diferente. Batman, o guardião daquela cidade, voltava a arma do crime contra eles. Em Gotham, eram os criminosos que temiam a escuridão da noite, pois seu defensor as utilizava como sua ferramenta, que o tornava onipresente, mesmo que somente nas mentes deles. Essa foi a tese que lhe fez entrar na Universidade, mas não solucionava seu trauma com Myers, algo que ela incumbiu à Dra. Christen Castle de resolver.

Medicamentos puderam mantê-la calma por um tempo, mas com Halloween se aproximando, era impossível não sentir o medo atingi-la de novo, o sentimento de que a Forma estava à espreita o tempo todo. Ela tentou convencer a si mesma de que ele havia morrido, mas sem um corpo, não era possível confirmar nada. Até a segunda ordem, Michael era um foragido, e ela, a única vítima que pôde escapar de sua sede de sangue, pelo menos até aquela noite.

Quanto mais o dia se aproximava, ela sonhava com aquela noite, com os olhos negros, a respiração pesada, sua lâmina gélida cortando a pele de seu braço. Castle tentou acalmá-la, inclusive, oferecendo-se para abrigá-la em sua casa aquela noite, para que não precisasse ficar sozinha, confiante de que Myers jamais a perseguiria em Gotham. Laurie decide aceitar, abraçando a doutora, e levantando-se para deixá-la.

Assim que ela fechou a porta do consultório, Julian Day abriu a porta da Mansão Wayne, com seus homens apontando suas armas para todos os presentes no salão principal. Todos estavam apavorados, menos Bruce, que puxou Vicky para o canto de um pilar, colocando a mão em sua boca, para que não gritasse. Sutilmente, ele agachou-se e disparou em direção ao seu escritório, enquanto Day discursava sobre como tornaria aquele Halloween uma verdadeira noite do terror.

Bruce entra no escritório, abrindo a cabeça de um busto em sua mesa, apertando um botão oculto abaixo dela, destravando a passagem atrás de seu relógio central, ao qual ele só teve de empurrar para o lado. Descendo pela escada atrás dele, Wayne alcançou sua caverna oculta, sua verdadeira casa, onde seu verdadeiro eu poderia se revelar. Ele avança em direção a seu traje negro e cinza, a face do Batman.

Day aproxima-se de Lucius Fox, ajoelhando-o no chão, apontando uma arma para sua cabeça, afirmando que aquilo tudo era uma farsa. Aqueles homens e mulheres desejavam apenas dinheiro e status, Gotham City nunca mudaria, pois em seu âmago, o mal habita. Desde Amadeus Arkham, aquela cidade havia sido infectada pela loucura. Coringa, Charada, Espantalho, símbolos do circo dos horrores que a cidade havia se transformado, mas o maior símbolo da verdadeira face daquela cidade era Batman, um homem louco, vestido como uma aberração, como Arkham previu, surgindo como um 'salvador', mas que no fundo era um louco como eles e levaria aquela cidade ao abismo.

Enquanto Julian pronunciava suas insanidades, o Vingador da Noite movia-se lentamente pelas sombras em volta da mansão, calculando seu próximo movimento. Ele havia recebido um PEM mecânico de seus aliados da Aliança Rebelde, podendo desativar armas de fogo em uma única explosão em um raio de até trinta metros. Havia seis homens, todos armados, ele precisaria ser rápido.

O Cavaleiro das Trevas analisa friamente cada um deles, em quinze segundos, bola seu plano. Ao lado de seus aliados, ele poderia se dar ao luxo de errar, ali, um erro resultaria na morte de um inocente, ou na sua própria.

Ele arremessa o PEM pela imensa vidraça, caindo em meio ao corredor, e em potente onda de choque, queima os mecanismos dentro das armas de Day e sua gangue. Em seguida, uma bomba de fumaça cai entre eles, prejudicando sua visão. Como um vulto nas sombras, Batman ataca.

O capanga mais próximo da janela recebe um chute potente no joelho, quebrando sua perna. Antes que pudesse gritar, Batman o ergue do chão, lançando-o sobre a mesa de centro, que se parte ao meio. Três segundos, ainda havia três de pé. Com a bat-garra, Batman puxa o segundo homem, puxando-o com força em direção a seu punho direito cerrado, que atinge seu plexo solar com força, nocauteando-o de imediato. Com A fumaça se dissipando, ele havia demorado dez segundos, a idade sem dúvida estava o deixando lento. Ele salta sobre o terceiro homem, puxando-o com a bat-garra, e lançando-o como uma bola de boliche em direção ao pino, no caso, o quarto capanga, lançando todos os oitenta quilos de seu colega sobre ele. Day e outro capanga estavam de pé, e a fumaça havia se dissipado, agora, teria que derrotá-los de forma justa. O homem saca uma faca e tenta atingi-lo no pescoço, mas Batman bloqueia, socando-o na boca do estômago, soltando a faca, e permitindo que Batman a segurasse em pleno ar, ficando-a em seu braço esquerdo, podendo assim, finalizá-lo com uma potente cabeçada.

Batman e Day ficam frente a frente. O Homem Calendário parece aceitar sua derrota, quando Batman lhe agarra pelo pescoço, pressionando-o contra a parede. Ele ri e afirma que aquela noite ainda tem muito a oferecer-lhe. O Cavaleiro das Trevas não era supersticioso, mas as previsões catastróficas de Day não costumavam passar em branco. Enquanto algemava Julian, Laurie Strode caminhava pelas ruas de Gotham, quando enfim a noite começava a cair. Eram exatas 00:00, o Halloween se iniciava, e uma chuva torrencial se abateu sobre a cidade nesse exato momento, como um mau presságio. Ela se apressava, correndo em direção à entrada de seu prédio, saltando rapidamente para o lado de dentro, escapando-se da chuva gélida que jorrava dos céus. Mas, atrás de um poste de luz fraca, sem se importar com a chuva, uma figura preto e branco a observava com frieza, era Michael Myers, exatos um ano depois, ele estava à espreita da única pessoa que pôde escapar dele em 1945, mas, dessa vez, nada poderia detê-lo.

 

O Mal em Gotham

Michael caminhava vagarosamente pelas ruas encharcadas pelas ruas de Gotham, parecendo alheio a tudo a sua volta, focado somente em sua missão. Seu macacão azul ainda exibia as seis perfurações feitas pelas balas de Loomis, e sua máscara estava um tanto gasta, pelo tempo que permaneceu em seu rosto, tornando-se praticamente o seu próprio rosto. Como uma fera, ele permaneceu em hibernação, esperando a sua estação surgir, para então agir.


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Rafael Silva de Oliveira
Rafael Silva de Oliveira
2024年12月29日


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