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Crítica: 12 Homens e Uma Sentença

Fazia tempo que não fazíamos uma análise crítica aqui no site, e hoje, estamos trazendo um verdadeiro clássico do cinema. Lançada em 1957, a obra dirigida por Sidney Lumet, é reconhecida por ser um dos roteiros mais bem escritos de todos os tempos, além de deter o recorde de ser um dos poucos filmes gravados quase que inteiramente em um único cenário, com todos os 12 jurados trancados em uma sala durante mais de uma hora. Agora, sem mais delongas, vamos para a análise.

 

Uma Trama Envolvente

A trama se inicia em um tribunal, onde um jovem de 18 anos está prestes a ser condenado a cadeira elétrica, suspeito de matar o próprio pai a facadas. Seu caso vai para júri popular, onde aparentemente ele seria condenado por uma unanimidade, e isso quase acontece, porém, um único homem permanece com sua mão abaixada, sendo pressionado pelos outros, que desejavam acabar rápido com o problema, demonstrando certo desprezo pela situação do garoto.

Mesmo pressionado, o homem sem nome enfrenta os jurados, e põe as supostas provas sobre contestação. Ao longo do filme, ele desmente cada uma das provas, porém, sempre com incerteza, provando que tanto o lado favorável a condenação, quanto favorável a liberação, trabalham com a incerteza em relação as testemunhas e provas, algo que é da graça a obra, pois no nos envolvemos com a situação deles, sendo impossível saber 100% se o garoto tem culpa ou não, podendo recair sobre suas mãos, o peso de executar um inocente ou soltar um assassino.

Ao longo da obra, os testemunhos são postos em cheque, as contradições da declaração do réu são revistas, e pouco a pouco, o jogo vai virando, mas existem três homens que insistem em sua posição até o fim. Percebemos que para alguns deles, aquilo é um caso pessoal, envolvendo problemas do passado, preconceito enraizados ou puro desinteresse de estar ali presente.

Por fim, não revelarei o desfecho final da obra, para não estragar a experiência, porém, recomendo fortemente a obra, principalmente para os fãs do cinema clássico. Apesar do ritmo lento, tradicional período, mas ainda sim, sendo envolvente e divertido, te fazendo pensar como se fosse um deles. Os personagens não tem seu nome revelado, nem suas histórias, então, não temos como nos apegar previamente a ninguém, mantendo nossa mente limpa, para absorver apenas o que ocorre no presente. Sem dúvida, é um dos melhores filmes criminais já feitos, com um verdadeiro show de roteiro e direção, que compensam totalmente a produção extremamente simples.


Nota: 10


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