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Crítica: Darth Bane: A Regra de Dois

Foto do escritor: Canal Cultura POPCanal Cultura POP

Escrita por Drew Karpyshyn em seis meses, Regra de Dois faz parte da trilogia de Darth Bane e Darth Zannah, cujo Regra de Dois se encontra como o segundo capítulo. Esse foi o primeiro livro da trilogia que li, e o segundo do autor. Sem mais delongas, bora discutir sobre essa obra fantástica do Legends.

 

O Lorde Sombrio dos Sith

Após obliterar a Irmandade da Escuridão de Lorde Kaan através da Bomba de Pensamento, Darth Bane deu início à sua nova filosofia, na qual apenas dois Sith existiriam: um mestre e um aprendiz. Um para possuir o poder e outro para cobiçá-lo, até que, no momento certo, eliminasse seu mestre e tomasse seu lugar.

A Ordem Jedi acreditava que os Sith estavam extintos e, agora, dobrava-se aos desejos da República do Chanceler Valorun, tornando-se seus serviçais e perdendo sua autonomia. Aos poucos, os Jedi se fechavam para a Força, entregando-se à ignorância.

Nas ruínas do planeta Ruusan, Bane conhece a jovem Rain, de apenas dez anos, a quem renomeia como Zannah. A garota possui um imenso potencial na Força e está consumida pelo ódio após perder todos que conhecia na guerra.

Ao longo da trama, Bane treina sua aprendiz, ensinando-a nos caminhos das trevas e utilizando-a como sua agente. Ele a manda reunir informações e trazer-lhe espiões, para que os Sith tenham olhos e ouvidos espalhados e possam, vagarosamente, fincar suas garras invisíveis sobre a galáxia.

A história também acompanha o lado da luz, trazendo um jovem Cavaleiro Jedi chamado Johun, ex-aprendiz do Mestre Hoth, grande general Jedi na última batalha contra os Sith em Ruusan. Hoth morreu junto de seus aliados na explosão da Bomba de Pensamento. Johun descobre indícios de que os Sith ainda podem estar vivos, mas seus mestres o ridicularizam, demonstrando a arrogância e a cegueira da Ordem Jedi.

É neste livro que Bane adquire sua marcante armadura de Orbalisk, seres parasitas que se prendem à pele do hospedeiro, criando uma carapaça impenetrável. No entanto, em troca, eles sugam sua energia da Força e lhe causam uma dor excruciante.

A narrativa traz um ótimo desenvolvimento de Zannah, que se mostra cada vez mais fria e imersa nas trevas. No entanto, ao reencontrar seu primo, Darovit, a voz da razão ressoa em sua mente, mostrando que talvez ela ainda pudesse ser salva.

Drew Karpyshyn explora a mitologia de Star Wars com maestria, aprofundando a Regra de Dois de forma criativa e apresentando habilidades inéditas da Força. O livro destaca a feitiçaria Sith de Zannah, a criação de holocrons e até mesmo o nascimento das Tecnoferas — aberrações tecnológicas e orgânicas criadas pelos Sith. O lado sombrio é retratado de maneira intensa e gráfica, trazendo um aspecto dos Sith que os filmes não puderam explorar.

As cenas de ação são incríveis e surpreendentemente tensas. Os personagens são muito bem desenvolvidos, principalmente Bane e Zannah. Ele é um Sith sábio, poderoso e ameaçador. Já Zannah tenta seguir seus passos, mas demonstra momentos de hesitação em relação à cruzada Sith. Ao contrário de seu mestre, ela prefere utilizar a sedução e a feitiçaria como armas, em vez de pura força bruta.

Minha única crítica é o desfecho. Apesar de tenso, ele parece um tanto mal resolvido. Mesmo sendo um livro de 2007, prefiro evitar spoilers, especialmente sobre o final.

No geral, esta é uma obra essencial para os fãs de Star Wars, repleta de mitologia e ação em menos de trezentas páginas.


Nota: 9,5


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