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Crítica: Divertidamente 2

Mesmo que o hype já tenha caído, nunca é tarde para exaltarmos essa grande obra da Pixar, que nos trouxe após nove anos, a sequência de uma das obras mais criativas do universo das animações nas últimas décadas, e atraindo milhões aos cinemas, em uma união que a muitos anos eu não observava. Em uma era de tantas críticas as animações devido ao viés político e ideológico adotado por algumas delas, temos enfim uma obra abraçada por todos os públicos, que se distância dessas pautas, que no fundo, só servem para gerar rompimento entre as pessoas. Após essa pequena introdução, vamos para a história dessa universo!

Divertidamente lançou em 2015, abordando a história da menina Riley Andersen e sua família, e temos a possibilidade de entender as emoções por dentro da mente da menininha, e como elas se comportam em determinadas situações. Porém, a mitologia da obra vai muito além das emoções, trazendo memórias esquecidas, imaginação e até mesmo amigos imaginários, transformando momentos do cotidiano, em uma imensa aventura.

Nessa sequência, que se passa poucos anos depois da obra original, vemos uma amadurecimento da garota, migrando da infância para a adolescência, que trás consigo diversas mudanças emocionais. As cinco emoções originais, Raiva, Alegria, Tristeza, Nojo e Medo, agora tinham extrema dificuldade em regula-la, pois essa fase da vida, é conhecida por suas explosões e extremos, algo que o filme não é nada sutil em demonstrar, algo que poderia ser negativo, se não se tratasse de uma animação infantil. A trama dessa vez, se utiliza de uma pré seleção para um time de hockey do colégio da garota, como pano de fundo para toda a trama principal,

Com a puberdade, surgem emoções típicas desse período, como Tédio, Inveja, Ansiedade e Vergonha, que tem seus bons momentos. A Ansiedade passa a controlar a mente de Riley, assim como a Inveja, que juntas, levam a garota a agir de maneira diferente do que faria normalmente, com muito medo do futuro, necessidade de aprovação, medo da solidão, arrogância, e outros elementos típicos do adolescência, que o filme trás muito bem.

Sem spoilers, só posso garantir que se trata de uma obra tão boa quanto a primeira, extremamente sábia ao adaptar o cotidiano ao mundo das emoções, de maneira leve e didática, explorando diversas facetas da mente de Riley, que é uma excelente personagem, com quem podemos nos identificar por suas experiências. No mais, só tenho elogios a essa grande obra, que beira perfeição.

Nota: 9,5

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