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Foto do escritorCanal Cultura POP

Crítica: Senna

Antes tarde do que nunca, viemos trazer nossa crítica sobre a série ´´Senna´´, que retrata alguns dos momentos mais importantes da vida do maior ícone brasileiro de todos os tempos, 31 anos após sua morte em 1994.

 

Simplesmente Emocionante

A figura de Ayrton Senna é, sem dúvida, uma das mais marcantes do nosso país, não apenas pelo seu talento inigualável como piloto, mas também pela sua personalidade e pelos seus princípios, que o tornaram algo muito maior do que um simples atleta: um exemplo que, em seu tempo, inspirou milhões de brasileiros.

A série aborda o início da trajetória de Senna (Gabriel Leone), desde o kart até a conquista de seus três títulos mundiais. Além disso, retrata corridas marcantes, como a épica vitória no GP do Brasil, onde, pela primeira vez, o piloto teve a honra de vencer diante de seu povo. Esse momento reforçou a relação simbiótica dele com os brasileiros, que, independentemente de onde ele estivesse, sempre torciam por ele.

A obra vai muito além das pistas, explorando outros momentos importantes da vida de Ayrton como um verdadeiro popstar, incluindo suas rusgas com a Federação de Fórmula 1 e seus constantes “equívocos” que favoreciam determinadas equipes. Nesses casos, Senna demonstrava, mais uma vez, seu espírito de brasileiro, não abaixando a cabeça para tais injustiças, mas lutando sempre com as armas que tinha à disposição.

As relações de Senna com figuras importantes, tanto em sua vida quanto na cultura pop nacional, são bem exploradas. O vínculo com Galvão Bueno (Gabriel Louchard), o histórico narrador brasileiro e amigo pessoal de Ayrton, é um destaque. Também merece menção o relacionamento com Xuxa Meneghel (Pâmela Tomé), sua namorada mais famosa e possivelmente a mulher brasileira mais icônica de todos os tempos. Esses aspectos reforçam a obra como uma bela carta de amor à mitologia brasileira dos anos 1980 e 1990.

A trilha sonora é incrível, com sucessos nacionais e internacionais que arrepiam o público desde antes do lançamento oficial: Forever Young, Everybody Wants to Rule the World, Simply the Best, Pro Dia Nascer Feliz, Mania de Você, entre outros. Essas músicas tornam a obra ainda mais marcante e imersiva.

As cenas de corrida são ótimas, transmitindo com precisão a tensão em cada curva, com as narrações de Galvão sempre presentes, tanto nas vitórias quanto nas derrotas de Senna. Cada triunfo nos faz sentir como se estivéssemos vivendo o momento em que ele realmente aconteceu, quando Senna elevava a bandeira nacional ao ponto mais alto do automobilismo mundial, vencendo repetidas vezes seu maior rival e futuro amigo, Alain Prost.

As relações familiares também são bem trabalhadas, mostrando o lado mais humano do mito Ayrton Senna. Mauro, Viviane e Neyde Senna são brilhantemente interpretados, criando uma conexão legítima com seu respectivo filho e irmão. Momentos como seu pai lhe ensinando a dirigir na chuva, até que atinja a perfeição, demonstra a importância das pessoas que formaram o talento de Senna, e também, como o esforço intenso, é indispensável até para os melhores, ninguém vira o melhor, sem treinar!

Infelizmente, todos sabem como essa história termina. A morte de Ayrton Senna em 1º de maio de 1994, em uma tragédia que parou o Brasil e o mundo, ocorreu após sua batida em Ímola, durante o GP de San Marino.

Naquele dia, o Brasil perdeu um dos maiores nomes de sua história, mas ganhou uma lenda. Por meio do Instituto Ayrton Senna o ´´Seninha´´, o piloto ajudou mais de 36 milhões de crianças a obter acesso à educação, demonstrando que o dinheiro e a fama jamais tiraram sua sensibilidade em relação ao povo que o adorava. Ainda assim, esses 36 milhões são um número pequeno diante das centenas de milhões de brasileiros que Senna influenciou com sua história.

Ayrton não foi apenas um grande piloto, nem apenas um grande brasileiro, mas um grande ser humano. Um exemplo de empenho, talento e humanidade, que, sem dúvida, merece o respeito que tem de todos os brasileiros até os dias de hoje. A série retrata tudo isso com maestria e, por isso, a nota não pode ser outra senão 10!


Nota: 10





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3 commenti




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Ezael Cipriano
Ezael Cipriano
há 3 dias

Não assisti ainda o filme, mas me deu até mais vontade agora rsrsrs.


Ótima crítica.

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Brilhante menção a esse mito brasileiro, que jamais será esquecido, parabéns Cultura Pop!!!

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