E Se Napoleão Tivesse Vencido a Batalha de Waterloo?
- Canal Cultura POP
- 8 de abr.
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Atualizado: há 7 dias
Em 18 de junho de 1815, o mundo parou para assistir ao que se tornaria uma das batalhas mais decisivas da história. De um lado, o homem que abalou as estruturas do Velho Continente, redesenhou fronteiras, desafiou reis e coroou a si mesmo imperador: Napoleão Bonaparte. Do outro, uma coalizão de nações que, unidas pelo medo, tentavam conter o avanço de uma França revolucionária e imperial ao mesmo tempo.
Na nossa linha do tempo, Napoleão caiu. A derrota em Waterloo marcou o fim de sua era e o retorno da velha ordem na Europa. Mas… e se a história tivesse tomado outro rumo?
E se, naquele dia, os exércitos aliados tivessem hesitado? Se o reforço prussiano tivesse chegado tarde demais?
E se o “Pequeno Corso” tivesse triunfado uma última vez?
Neste episódio, abrimos as portas para um novo universo. Um mundo onde o Império Napoleônico não apenas sobrevive, mas floresce. Onde os ideais da Revolução Francesa se espalham por decreto imperial. Onde a Europa se une — não sob o comando de reis, mas sob a visão de um imperador.
Onde as Américas, a África e a Ásia sentem os ventos de uma nova ordem mundial, e onde o século XX jamais acontecerá como o conhecemos.
Prepare-se para revisitar a história com outros olhos — os olhos de um mundo onde Waterloo foi apenas o começo. Este é o Multiverso da História, e você está prestes a conhecer… o Século de Napoleão.

Capítulo 1: O Triunfo em Waterloo

A Era Napoleônica marcou um dos períodos mais violentos da Europa, com diversas guerras e ocupações, movidas pela sede insaciável de poder do Imperador Francês, que havia subido ao poder após a queda da monarquia na Revolução Francesa, e usou de seu traquejo e admiração, para ascender ao poder absoluto, moldando uma nova constituição, e tornando-se praticamente um ditador.
Seu desejo, dominar a Europa, especialmente o maior rival da França, o Reino Unido, que dominava o comércio europeu com sua fortíssima indústria. Porém, não somente os ingleses seriam alvos da fúria do Imperador, como também outras potências do Velho Continente, como o Império Russo, Prússia, Áustria e até mesmo Portugal (o que resultou diretamente na independência do Brasil). A França Napoleônica era extremamente militarizada, chegando a reunir mais de 600 mil soldados somente na invasão da Rússia, formando o maior exército da época, além de fortemente equipado.
Forças Militares Mais Proeminentes em 1815
País | Efetivo Estimado Total |
França | 700.000 |
Reino Unido | 250.000 |
Prússia | 200.000 |
Áustria | 400.000 |
Rússia | 600.000 |
O Começo do declínio francês, foi o fracasso na invasão do Império Russo, onde a estratégia de ´´Terra Arrasada´´, foi perfeitamente explorada pelos russos, deixando os franceses sem recursos, morrendo devido as condições climáticas. Mas, digamos que os franceses tivessem recuado, evitando as mais de 58 mil mortes francesas naquela batalha, o que fortaleceria o exército francês para o derradeiro combate em Waterloo, na Bélgica, o que nesse cenário, mudaria tudo.
Em vez de reconstruir o exército às pressas para futuras campanhas (como foi feito historicamente), Napoleão conta com soldados experientes e treinados.
Estimativa: Mais 30 mil a 50 mil soldados a mais disponíveis em 1815.
Muitos canhões e recursos que seriam perdidos na neve russa são mantidos. Estima-se um aumento de até 40% no poder de fogo em Waterloo.
A aura de invencibilidade de Napoleão seguia intacta, enquanto a moral inimiga estava em baixa, por não ter tido nenhuma única faísca de esperança de derrotar Napoleão. Analisemos os números estimados do exército francês para essa batalha.
Batalha de Waterloo com uma França mais forte
Em 1815, ao invés de um Napoleão com forças reduzidas e pressão internacional intensa, temos um Imperador com prestígio intacto, soldados veteranos e mais recursos táticos, resultando no triunfo francês na batalha derradeira:
Comparativo | França (Histórico) | França (Alternativa) |
Soldados | 73.000 | 100.000+ |
Canhões | ~250 | ~350+ |
Cavalaria | ~12.000 | ~18.000 |
Moral | Fragilizado | Elevado |
Capítulo 2: A Nova Europa

Com a derrota em Waterloo, as forças britânicas e aliadas ficariam extremamente fragilizadas, enquanto o exército francês estaria moralmente mais forte do que nunca, e ainda mais bem equipado. Após a vitória em Waterloo, Napoleão Bonaparte não apenas assegura seu trono — ele dá início à maior reorganização territorial da história europeia desde o Império Romano.
Com o exército francês mais numeroso, experiente e moralmente elevado (graças à campanha bem-sucedida na Rússia e ao triunfo contra a Sétima Coligação), a reação em cadeia é inevitável:
Tabela: Europa sob domínio francês (c.1816)
País / Região | Status em relação à França | Observações |
Reino Unido | Isolado e enfraquecido | Sofre bloqueios e revoltas internas |
Prússia | Estado derrotado | Território parcialmente anexado ou transformado em satélite |
Portugal | Estado fantoche | Monarquia exilada, colônias sem proteção |
Espanha | Estado fantoche | Controlado por José Bonaparte ou novo regente nomeado |
Itália (diversos reinos) | Integrada ao Império ou estados fantoches | Grande presença militar francesa |
Estados Germânicos | Confederação do Reno (satélite) | Aliados submissos à França |
Império Austro-Húngaro | Neutralizado | Pressionado a entrar em acordo diplomático |
Império Russo (Oeste) | Parcialmente ocupado | Governo instável, região devastada e fragmentada |
Bélgica, Holanda, Suíça | Integrados ao Império Francês | Adotam sistema legal e educacional francês |
Escandinávia | Neutra ou economicamente subordinada | Sob influência francesa por pressão diplomática |
Napoleão começa a construir o que chamaria de "Grande Confederação Europeia", baseada no Código Napoleônico como base jurídica em todos os territórios, na criação de uma moeda comum para facilitar o comércio entre os estados aliados, e na implementação de um sistema educacional unificado, moldado nos ideais da Revolução Francesa. A nova ordem também prevê o fim dos privilégios da nobreza hereditária, promovendo a ascensão da meritocracia militar e burocrática. Além disso, há a expansão do uso da língua francesa como idioma diplomático, cultural e administrativo em grande parte da Europa Ocidental.
Sem uma derrota humilhante na Rússia, o prestígio militar francês intimida a aristocracia russa. Com a ocupação parcial do território, cidades como Smolensk e Minsk tornam-se postos militares franceses. Ao mesmo tempo, movimentos internos passam a pressionar por reformas inspiradas no modelo napoleônico. A Rússia entra em um período de fragmentação política, com possíveis repúblicas ou monarquias constitucionais surgindo na região ocidental, sob supervisão direta ou indireta da França.
A unificação italiana e germânica não ocorreria, muito pela influência francesa, desejando que permanecessem divididos, e assim, mais fracos.
Como podemos ver, a Europa está completamente controlada pela França, claro, haveriam revoltas em praticamente todos esses países, mas sem coesão, dificilmente poderiam livrar-se da dominação a curto prazo, tendo de aceitar todas as imposições francesas, que alterariam muitíssimo os costumes de vários desses países.
O Brasil, abrigo temporário da família real, possivelmente não se tornaria independente na mesma época, pois a família real não poderia voltar a Portugal. A Espanha, proprietária de diversas colônias na América do Sul, como Argentina, Uruguai, Colômbia e outros países, não teria o mesmo controle cujo a França teria uma influência mais simbólica, uma vez que não conseguiria estar em todo o lugar ao mesmo tempo, não podendo assim, manter as revoltas sobre controle, o que futuramente poderia resultar em problemas
A grande potência do mundo, fora da Europa, os Estados Unidos, ficariam atentos a situação, pois seriam temporariamente prejudicados pela perda de importantes parceiros comerciais, como o próprio Reino Unido. Com a América isolada, uma vez que a França teria muitas dificuldades no comando da Europa para preocupar-se em ocupa-las, deixando a América sob a influência estadunidense, como uma potência em pleno desenvolvimento, e que em breve, espalhar-se pelo continente.
Obviamente, a ambição de Bonaparte não cessaria apenas no domínio do Velho Continente, como também, de suas colônias. O próximo passo da ascensão francesa, seria o controle de importantes colônias britânicas, como a Índia, assim como as diversas outras ao longo da África, formando assim, o MAIOR IMPÉRIO QUE O MUNDO JÁ VIU.
Capítulo 3: O Império Mundial

Com a vitória definitiva na Europa e a dominação de quase todos os reinos e repúblicas do continente, Napoleão Bonaparte volta sua atenção para além dos mares. A queda de seus antigos adversários — como Reino Unido, Portugal e Espanha — deixa vastas colônias sem proteção. Era chegada a hora da França expandir seu império além da Europa e consolidar-se como potência global também fora dela.
A partir das décadas seguintes à vitória na Europa, tropas francesas e administrações leais ao Imperador ocupam os principais domínios coloniais das potências derrotadas. Essa nova ordem global passa a ser conhecida como o "Império Mundial", em referência à ideia de que o domínio francês se espalha por todos os fusos horários do planeta.
📊 Tabela — Principais Colônias Ocupadas pela França
Região | Ex-colônia | Antiga potência | Situação após ocupação |
América do Sul | Brasil | Portugal | Dividido em territórios franceses; repressão às revoltas locais |
América do Norte | Canadá | Reino Unido | Integrado à Confederação Francesa da América |
América Central | Cuba, Haiti, Antilhas | Espanha | Transformadas em províncias francesas no Caribe |
África | Egito, Argélia, Angola, África do Sul | Reino Unido / Portugal | Regiões exploradas por recursos; início da "Françafrique" |
Ásia | Índia | Reino Unido | Rebatizada como "Índia Francesa", com foco em extração e indústria |
Sudeste Asiático | Filipinas, Indochina | Espanha / Reino Unido | Fortes bases militares e zona de influência econômica |
Napoleão, atento à importância histórica do comércio oriental, investe em uma nova rota terrestre e marítima conectando a França ao Extremo Oriente. Através da Índia Francesa e de portos estabelecidos em territórios chineses e no Japão, o Império estabelece rotas comerciais sólidas com o Oriente. Em troca, oferece segurança contra piratas e incentiva intercâmbio cultural, ao mesmo tempo que impõe o idioma francês como língua franca da diplomacia oriental.
Com o passar dos anos, Napoleão envelhece e, aos 75 anos, falece cercado por sua corte em Paris. Seu funeral é comparado ao de imperadores romanos, e seu corpo é colocado em um mausoléu sob os Arcos de Vitória. Seu filho, Napoleão II, assume o trono e instaura a Dinastia Bonaparte, com o título de Imperador Universal da Confederação Francesa.
Napoleão II, apesar de ter recebido uma educação militar e política refinada, não possui o mesmo carisma do pai. Seu governo inicial é estável, mas sinais de instabilidade começam a surgir.
Nos Estados Unidos, o prolongado isolacionismo europeu permite ao país crescer internamente, mas gera forte ressentimento. Com colônias vizinhas mergulhadas em repressão e exploração, os EUA se tornam o farol da liberdade no continente. Iniciam, então, o projeto da Aliança Continental Americana, composta por líderes políticos e revolucionários do México, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e outros países que buscam apoio logístico e militar dos americanos para libertar o continente da dominação francesa.
Essa nova coalizão é discreta e diplomática, mas cresce em influência com o passar dos anos, especialmente à medida que revoluções se espalham pela Europa.
Mesmo com décadas de prosperidade material, o domínio francês enfrenta suas primeiras grandes rachaduras internas:
No antigo Reino da Prússia, a juventude exige a volta de um parlamento nacional.
Em Portugal, rebeliões campesinas clamam por independência cultural e religiosa.
A Itália, dividida em repúblicas napoleônicas, começa a se reorganizar em movimentos unificadores.
O que antes era um continente dominado pela eficiência e centralização francesa, agora começa a desmoronar sob o peso de sua própria extensão. O fogo da liberdade reacende nas nações históricas da Europa.
Capítulo 4: Aliança Continental Americana

Os Estados Unidos vinham se desenvolvendo como uma grande potência, mas com o crescimento limitado pela tirania francesa, que inclusive teriam sua soberania ameaçada pelo expansionismo francês. Com isso, os estadunidenses alimentariam revoluções em toda a América do Sul, do Canadá a Argentina, financiando as forças revolucionárias, mas sem envolver-se diretamente no conflito, e as forças napoleônicas, com uma crise no território europeu, cederiam a América aos Estados Unidos, o primeiro passo para uma enorme rebelião.
A força de Napoleão II começaria a ser questionada, e cada vez mais revoltas começariam a explodir pela Europa, principalmente no Reino Unido, e também no Império Russo, financiada pela parte não ocupada do território russo.
O domínio francês no Império Russo derreteria, e o pais começaria a recuperar cada vez mais a sua autonomia, tornando-se uma ameaça cada vez maior.
A América Latina, que por anos foi transformada em uma cadeia de colônias exploradas pelo regime napoleônico, explode em revoltas populares. Com apoio direto dos EUA:
Brasil declara independência total e forma uma república inspirada na americana.
México, Argentina, Chile e Colômbia se unem em uma coalizão libertadora continental.
Cuba, Haiti e as Antilhas vivem intensas guerras de guerrilha contra as tropas francesas.
A França é forçada a recuar gradativamente. Em 1890, reconhece oficialmente a retirada de sua autoridade da América, mantendo apenas bases simbólicas e alguns enclaves isolados. A Aliança Continental Americana é proclamada como uma frente unida de defesa e diplomacia nas Américas.
Com a decadência da autoridade francesa, a Rússia reorganiza-se sob uma nova liderança: o Czar Nicolau III, herdeiro simbólico dos antigos Romanov, que assume o trono com um discurso nacionalista e modernizador. Ao lado do general Ivan Petrov, lidera uma campanha de reconquista dos territórios russos e implementa profundas reformas sociais, modernizando seu exército com tecnologia americana e métodos de mobilização em massa.
Alvos primários do Império Russo:
Recuperação total da Ucrânia e Bielorrússia
Expulsão dos franceses de Smolensk, Minsk e arredores
Apoio à insurreição na Polônia e nas repúblicas bálticas
A Rússia emerge como um novo Império reformado, pronto para desafiar os Bonapartes.
📉 Tabela — Situação das Potências sob Domínio Francês (c. 1900)
Potência | Situação sob a França em 1850 | Situação em 1900 |
🇬🇧 Reino Unido | Totalmente anexado, Londres sob domínio francês | Fortes revoltas republicanas em Londres e Edimburgo, domínio francês reduzido ao sul da Inglaterra |
🇷🇺 Império Russo | Parcialmente ocupado, fragmentado politicamente | Reconstrução militar acelerada, libertação de territórios ocupados, forte sentimento anti-francês |
🇪🇸 Espanha | Protetorado francês | Governo colapsado, revolução nacionalista em Madri |
🇵🇹 Portugal | Província do império francês | Levantes constantes, apoio secreto dos EUA |
🇩🇪 Antiga Prússia e Confederação Germânica | Divididas e reconfiguradas sob protetorados franceses | Nacionalismo germânico reacende, resistência armada se organiza |
🇺🇸 Estados Unidos | Isolacionista, mas economicamente próspero | Superpotência industrial e militar, liderando movimentos de libertação global |
Com o Império Russo reformulado, os Estados Unidos teriam um poderoso aliado em solo europeu, com quem elaborariam um plano para a libertação em massa da Europa. Em 1898, a Conferência da Washington ocorreria em solo Norte-Americano, reunindo líderes estadunidenses, russos, canadenses, revolucionários britânicos, espanhóis, portugueses e germânicos, além de líderes sul-americanos, mobilizando um exército colossal, e com logística tática, uma vez que poderiam atacar o Império Francês pelos dois lados, pressionando pesadamente.
Nome do pacto: Tratado de Libertação Mundial (TLM)
O Tratado é assinado por:
Estados Unidos da América
Império Russo
República do Brasil
Confederação Germânica (em exílio)
Reino Unido Livre (movimento de resistência em Londres)
Federação Ibérica (revolucionários da Espanha e Portugal)
A partir de 1900, as movimentações militares e diplomáticas começam a preparar o golpe final contra Napoleão II. Com a França isolada, rodeada de inimigos e enfrentando levantes internos, a queda do império parece inevitável.
Capítulo 5: A Primeira Guerra Mundial

As crescentes revoltas teriam derrubado Napoleão II algumas décadas antes de 1900, deixando o comando do Império nas mãos de militares franceses. Generais russos e americanos tomariam a frente da operação, utilizando as forças revolucionárias nos países dominados europeus para abrirem caminho para a Invasão da Grã-Bretanha, um desembarque em massa de tropas estadunidenses e voluntárias de toda a América, simultaneamente a um avanço russo pelo leste europeu, pressionando a França pelos dois lados.
Potência/Aliança | Número Estimado de Tropas | Observações |
Estados Unidos | 2.000.000 | Força terrestre e naval mobilizada para libertar a Europa e as Américas. |
Império Russo | 2.500.000 | Grande contingente para o front oriental, bem equipado e motivado. |
França Napoleônica | 3.200.000 | Ainda o maior exército, mas em desgaste e fragmentado por revoltas internas. |
Forças Revolucionárias Europeias | 1.000.000 | Tropas da resistência na Alemanha, Itália, Reino Unido e outras regiões. |
Brasil (apoiando os EUA) | 500.000 | Força simbólica, com apoio logístico e combate no Atlântico. |
Outros Países Americanos | 600.000 | México, Argentina, Chile e outros, coordenados pelos EUA. |
As forças Napoleônicas estariam em imensa desvantagem numérica, porém, teriam a vantagem de apenas ter de defender seus territórios, tendo a vantagem logística, podendo fortificar-se com canhões, muralhas, morteiros, minas terrestres, e talvez até mesmo trincheiras, com o intuito de atrasar o avanço inimigo.
As forças Russas encontrariam dificuldades em avançar pelos territórios do Leste, enquanto os EUA, com auxílio tático das Forças Revolucionárias Europeias, teria maior facilidade de desembarcar suas forças e avançar pelos territórios ocupados no Reino Unido, menos protegidos, uma vez que a França estaria focando suas forças em reter o avanço russo.
As Forças Estadunidenses avançariam ao lado das Forças Revolucionárias Portuguesas e o Exército Brasileiro a partir do litoral português, abrindo um terceira frente, desafogando os russos, e permitindo seu avanço até o centro do território francês.

🩸 Baixas Totais nos Três Primeiros Anos da Guerra (1900–1903)
Bloco | Frente de Batalha | Ano 1 (1900) | Ano 2 (1901) | Ano 3 (1902) | Total Estimado |
🇫🇷 Império Napoleônico | Todas as frentes | 400.000 | 530.000 | 600.000 | 1.530.000 |
🇺🇸🇧🇷 EUA + Brasil | Frente Ibérica (Portugal) | 180.000 | 260.000 | 290.000 | 730.000 |
🇬🇧🇺🇸 Reino Unido + EUA | Frente Ocidental (Canal da Mancha) | 220.000 | 340.000 | 410.000 | 970.000 |
🇷🇺 Império Russo | Frente Leste Europeu | 300.000 | 370.000 | 400.000 | 1.070.000 |
🇪🇺 Forças Revolucionárias Europeias | Diversas (principalmente Alemãs) | 90.000 | 120.000 | 160.000 | 370.000 |
A guerra é marcada pelo uso intensivo de trincheiras, minas, metralhadoras e artilharia pesada, o que gera altíssimas perdas humanas, especialmente nas frentes ocidentais.
A França, embora em declínio, ainda conta com uma infraestrutura militar bem distribuída, além de defesas projetadas ao longo de décadas.
A Frente Leste, comandada pelos russos, tem um avanço mais rápido, mas sofre com problemas logísticos e longas distâncias.
No sul da Europa, o Brasil torna-se peça chave para o avanço aliado sobre a Península Ibérica, atuando com soldados, engenheiros e estrategistas em conjunto com os EUA.
Capítulo 6: A Queda da Tirania

A guerra já se estendia por três anos, e os franceses se viam cada vez mais cercados. A indústria Britânica agora reativada, colaborava na produção de armamentos para as tropas da TLM, com a indústria estadunidense penando para manter o conflito, não só pela dificuldade de manter a produção em massa, como para envia-lo para a Europa com velocidade. As indústrias europeias começavam a ser usadas em prol da guerra, aumentando a quantidade de armas disponíveis, e em maior quantidade, enquanto os franceses se viam cada vez mais enfraquecidos.
Assim como a Alemanha na Segunda Guerra Mundial, a França perderia territórios consecutivamente, com os territórios germânicos, italianos e espanhóis sendo libertos logo em seguida dos britânicos e portugueses. As colônias afro-asiáticas seriam abandonadas, com todas as forças sendo direcionadas para a proteção da França.
Crises econômicas e sanitárias bateriam a porta dos franceses, cujo a população começaria a manifestar-se contra o governo, causando mais um problema para a junta militar no comando.
Após anos de resistência brutal, o Império Napoleônico começa a ruir sob o peso de três frentes de batalha simultâneas:
No Leste, o avanço russo rompe as defesas da Baviera e da Áustria ocupadas, pressionando o coração germânico sob controle francês.
No Oeste, forças anglo-americanas tomam definitivamente Londres e usam o Canal da Mancha como ponte para invadir o norte da França.
No Sul, as tropas brasileiras, ao lado de latino-americanos e ibéricos revolucionários, asseguram a independência de Portugal e Espanha, forçando os franceses a abandonarem a Península Ibérica.
A cada mês, a França perde território, homens e moral. As trincheiras, antes símbolo da resistência, tornam-se armadilhas de desespero.
Internamente, o cenário se deteriora com rapidez:
Motins e deserções aumentam nas fileiras do exército francês. Jovens soldados recusam-se a lutar em uma guerra que parece interminável. Revoltas populares tomam as ruas de Lyon, Marselha e Bordeaux, exigindo o fim imediato do conflito.
A morte súbita do general De Vigny, principal líder militar do pós-Napoleão II, abre uma crise de sucessão.O Parlamento Francês, mantido apenas como fachada, é invadido por revolucionários socialistas e monarquistas restauracionistas, mergulhando Paris no caos político.
Enquanto isso, os aliados libertam as colônias francesas na África e na Ásia, minando de vez o poder imperial no exterior.
Com o Império reduzido à sua região central, as forças da Coalizão Global lançam sua ofensiva final:
Do norte, tropas anglo-americanas tomam Lille e Rouen, preparando o cerco direto à capital.
Do leste, os russos vencem em Reims e Metz, aproximando-se do coração francês.
Do sul, o avanço liderado por tropas germânicas e revolucionários franceses retoma Lyon e Dijon.
Em junho de 1906, Paris é cercada por mais de um milhão de soldados aliados. Os bombardeios são intensos, mas há ordem de evitar destruição cultural e civil.
O Alto Comando francês, sem líderes legítimos, negocia a rendição incondicional. Em 14 de julho de 1906, simbolicamente no aniversário da Queda da Bastilha, é assinada a Capitulação de Paris.
Esse seria o maior conflito bélico de todos os tempos, passando das dez milhões de mortes e mobilizando países de todos os cantos do globo contra um único e poderoso adversário, e seu desfecho mudaria completamente o destino humanidade.
☠️ Baixas Totais da Primeira Guerra Mundial Alternativa (1900–1906)
Bloco / País | Baixas Estimadas (Mortos e Feridos) |
🇫🇷 Império Napoleônico | 3.800.000 |
🇺🇸 Estados Unidos | 2.300.000 |
🇷🇺 Império Russo | 2.000.000 |
🇬🇧 Reino Unido | 1.100.000 |
🇩🇪 Forças Germânicas | 900.000 |
🇧🇷 Brasil | 750.000 |
🇪🇺 Revolucionários Europeus | 600.000 |
🌍 Outras Nações Aliadas (Índia, Japão, colônias africanas etc.) | 850.000 |
| ⚔️ Total Global Estimado | 12.300.000
As estruturas de poder do mundo mudariam consideravelmente, teríamos uma França completamente arrasada, e muita mais mal vista do que esteve na nossa realidade após perder em Waterloo. O Reino Unido estaria enfraquecido, tento perdido diversas de seus colônias e tendo seu país completamente desmantelado por Napoleão e seus sucessores. Os Estados Unidos teriam tido um desgaste muito maior, mas, se elevariam ao topo do ranking militar, uma vez que o Império Russo teria sofrido quase o mesmo número de baixas, mas, perdido boa parte de suas cidades durante as batalhas em seu solo.
O Brasil entraria em uma terrível crise econômica, mas seria auxiliado pelas potências europeias, especialmente Portugal, uma vez que foi o país sul-americano mais engajado no conflito, e agora, prostava-se como uma das maiores forças armadas do mundo, com treinamento e equipamento advindos dos EUA.
🏅 Ranking das Potências Militares Após o Conflito (1906)
Posição | País / Bloco | Motivos para o Ranking |
🥇 1º | 🇺🇸 Estados Unidos | Liderança em tecnologia bélica, logística, influência na América e Europa. |
🥈 2º | 🇷🇺 Império Russo | Vitória no Leste, avanço modernizador, fortalecimento da máquina militar. |
🥉 3º | 🇬🇧 Reino Unido Restaurado | Recuperação da soberania, grande capacidade naval e econômica. |
4º | 🇩🇪 Nações Germânicas | Consolidação de repúblicas unificadas sob influência pró-democrática. |
5º | 🇧🇷 Brasil | Emergência como potência hemisférica, papel crucial na Frente Ibérica. |
6º | 🇫🇷 França (pós-rendição) | Derrotada, com estrutura estatal destruída, fragmentada e sob ocupação. |
A França é dividida em zonas temporárias de administração internacional, enquanto um novo regime é moldado sob supervisão de potências vitoriosas.
O mapa europeu é redesenhado, restaurando antigas monarquias, estabelecendo repúblicas e novas alianças.
O Império Napoleônico deixa de existir oficialmente.
As colônias francesas na África e Ásia passam ao controle conjunto de aliados, com algumas independências graduais iniciadas.
A França torna-se uma república parlamentarista, desmilitarizada, sob ocupação parcial durante uma década.
O mundo emerge, enfim, de um século sob o domínio de Napoleão e seus sucessores, para entrar em uma nova era — marcada por liberdade, reconciliação... e rivalidades emergentes entre Estados Unidos e Rússia, os grandes vitoriosos do conflito, porém, muitíssimo mais pacífica, sem os grandes conflitos que marcaram a Guerra Fria, principalmente pela ausência da rixa ideológica.
Religiosamente e politicamente, o mundo teria mudado muito. O regime francês possivelmente aumentaria o ateísmo na Europa, e os ideais socialistas possivelmente teriam sido esmagados pelo regime napoleônica, que sempre apreciou um poder centralizado, mesmo tendo ascendido ao poder por meio da esquerda jacobina.
O socialismo possivelmente seria popular nos países ocupadas, especialmente a Alemanha (Pré-Unificação) e Reino Unido, onde os ideias Marxistas eram mais proeminentes. Ou seja, se houvesse uma Guerra Fria, provavelmente os Estados não confrontariam a URSS, e sim alguma nação que na realidade, ficou ao seu lado...
Capítulo 7: Um Novo Mundo

As décadas de 1910 e 1920 seriam de reconstrução. A Liga das Nações seria fundada, com participação ativo de diversos países, com o intuito de manter a paz. Economicamente, o mundo dependeria de uma imensa colaboração entre as nações para a plena recuperação dos países mais afetados. A unificação dos Reinos Germânicos e Italianos enfim seria concretizada, possivelmente com um regime monárquico, para depois migrar para uma transição democrática.
A França é colocada sob administração internacional, com forças de paz supervisionando reformas políticas, econômicas e educacionais. A reeducação do povo francês torna-se um símbolo da nova era, nos moldes da Alemanha pós-guerra do mundo real.
Estados Unidos e Império Russo emergem como os dois blocos dominantes:
Celebram uma série de acordos comerciais bilaterais, promovendo a reconstrução de zonas devastadas e o compartilhamento tecnológico.
No entanto, há uma disputa silenciosa por influência global: os EUA promovem valores liberais e capitalistas, enquanto os russos começam a financiar movimentos socialistas moderados em países da Europa reconstruída, principalmente nas regiões afetadas pelo antigo domínio napoleônico.
📊 Tabela 1 – PIB das Principais Potências (em bilhões de dólares ajustados, 1920)
País ou Bloco | Estimativa de PIB (US$ Bi) | Observações |
🇺🇸 Estados Unidos | 420 | Maior potência econômica; hegemonia industrial nas Américas. |
🇷🇺 Império Russo | 390 | Expansão territorial e tecnológica após vitória na guerra. |
🇩🇪 Reinos Germânicos Unidos | 310 | Economia em crescimento; foco em reconstrução e tecnologia. |
🇬🇧 Reino Unido (Social-democrata) | 280 | Reconstrução em curso, foco em indústria e direitos sociais. |
🇫🇷 França (sob supervisão internacional) | 180 | PIB em recuperação, com subsídios internacionais. |
🇯🇵 Japão | 130 | Industrialização acelerada; possível aliança com EUA. |
🇧🇷 Brasil (líder latino-americano) | 110 | Crescimento econômico após vitória no conflito europeu. |
🇨🇳 China (pré-revolução) | 90 | Instável politicamente, mas com potencial de crescimento. |
Com o colapso da França imperial, o socialismo revolucionário é suprimido no país, devido ao trauma da guerra e do regime autoritário.
Contudo, sua ideologia renasce em outros cantos da Europa:
No Reino Unido, veteranos de guerra e movimentos trabalhistas lideram a formação de um governo social-democrata, fortemente voltado a políticas de bem-estar.
Nos Reinos Germânicos, surgem partidos de orientação socialista moderada, com foco em distribuição de renda, sindicalismo e nacionalizações estratégicas.
A expectativa é de que essa rivalidade ideológica possa eclodir em conflitos futuros, especialmente após o avanço da Revolução Chinesa, que ainda se aproxima no horizonte.
Países com Tendência ao Socialismo Moderado ou Forte
País / Bloco | Tendência Política | Possível Tipo de Regime |
🇬🇧 Reino Unido | Moderada | Social-democracia parlamentarista |
🇩🇪 Reinos Germânicos | Moderada | República com elementos socialistas |
🇮🇹 Itália Unificada | Fraca | Liberal-social |
🇷🇺 Império Russo | Alta (internamente moderado, externamente forte) | Monarquia constitucional com apoio a movimentos socialistas estrangeiros |
🇧🇷 Brasil | Moderada | Nacional-desenvolvimentismo com influência popular |
🇨🇳 China | Crescente | Potencial de revolução socialista nos anos seguintes |
🇫🇷 França | Fraca | Liberalismo centrista com aversão à revolução |
E esse foi o nosso segundo episódio do ´´Multiverso da História´´, explorando um desfecho alternativo para um dos maiores conflitos da história moderna, que como pudemos ver, sem dúvida alguma mudaria MUITA coisa!
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