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Filmes Favoritos dos Seguidores

Foto do escritor: Canal Cultura POPCanal Cultura POP

Após alguma semanas, enfim retornei ao quadro de ´´Personagens Favoritos dos Seguidores´´, sendo que suas últimas edições, foram desenvolvidas por nosso jovem escritor Mateus Prates (confiram as publicações dele por aqui). Hoje, temos uma das listas mais fantásticas já elencadas por um dos nossos seguidores, com várias obras impecáveis da sétima arte. O nome da vez, é o nosso mais novo seguidor, Ian, que sem dúvida tem um ótimo gosto para filmes! Sem mais enrolação, bora começar!

 

Um Sonho de Liberdade

Dirigido por Frank Darabont e baseado na obra de mesmo nome do mestre da literatura americana, Stephen King, Um Sonho de Liberdade (1994) narra a história de Andy (Tim Robbins), que é preso sob condições suspeitas após aparentemente matar sua mulher e o amante dela a tiros, remoído pelo ódio da traição.

Preso em 1947, Andy conhece seu colega e melhor amigo, Red (Morgan Freeman), que é o único entre o grupo de detentos que admite ter cometido os crimes pelos quais foi condenado. Os anos se passam, e Andy sofre com abusos tanto dos guardas quanto de um grupo de prisioneiros que o violenta sexualmente, mostrando de maneira crua o estado deplorável em que esses homens viviam.

Porém, a obra é sobre redenção e libertação. Como Red diz: “Tem pássaros que não foram feitos para viver na gaiola”, e esse era o caso de Andy. Mesmo atrás das grades, sua mente ia além delas, promovendo diversas mudanças na prisão, como a ampliação da biblioteca e a alfabetização de detentos, trazendo-lhes um pouco de humanidade. No processo, ele descobre os esquemas de corrupção em que o diretor da penitenciária está envolvido, e sua tentativa de interferir nisso acaba ceifando para sempre suas chances de sair de lá pelos meios “legais”.

Ao longo da trama, acompanhamos também a história de outros detentos, como Brooks, que, já idoso, não enxerga perspectiva alguma além das grades. Quando recebe a liberdade condicional, simplesmente não consegue se adaptar ao mundo real e acaba se rendendo ao suicídio para pôr fim ao seu tormento.

Nos anos 1960, Andy enfim põe seu plano em prática, escapando da prisão por um túnel que ele mesmo escavou ao longo de décadas usando apenas uma simples colher. Ele atravessa até mesmo os canos de esgoto para alcançar o outro lado das muralhas. Ao sair daquele rio infestado de dejetos, ele urra, finalmente livre, em uma das cenas mais emocionantes do cinema.

A obra é emocionante, brilhantemente escrita e conta com um elenco de peso, sendo, sem a menor dúvida, uma das melhores produções dos anos 1990 e de todos os tempos.

 

12 Homens e uma Sentença

A trama se inicia em um tribunal, onde um jovem de 18 anos está prestes a ser condenado à cadeira elétrica, suspeito de matar o próprio pai a facadas. Seu caso vai para júri popular, onde, aparentemente, ele seria condenado por unanimidade. Isso quase acontece, porém, um único homem permanece com sua mão abaixada, sendo pressionado pelos outros, que desejavam acabar rápido com o problema, demonstrando certo desprezo pela situação do garoto.

Mesmo pressionado, o homem sem nome enfrenta os jurados e põe as supostas provas sob contestação. Ao longo do filme, ele desmente cada uma das provas, mas sempre com incerteza, mostrando que tanto o lado favorável à condenação quanto o lado favorável à absolvição trabalham com dúvidas em relação às testemunhas e evidências. Isso dá graça à obra, pois nos envolvemos com a situação deles, sendo impossível saber com 100% de certeza se o garoto é culpado ou não, recaindo sobre suas mãos o peso de executar um inocente ou libertar um assassino.

Ao longo da obra, os testemunhos são colocados em xeque, as contradições da declaração do réu são revistas, e, pouco a pouco, o jogo vai virando. Porém, existem três homens que insistem em sua posição até o fim. Percebemos que, para alguns deles, aquilo é um caso pessoal, envolvendo problemas do passado, preconceitos enraizados ou puro desinteresse em estar ali.

Por fim, não revelarei o desfecho da obra para não estragar a experiência. No entanto, recomendo fortemente o filme, especialmente para os fãs do cinema clássico. Apesar do ritmo lento, tradicional do período, ele ainda assim é envolvente e instigante, fazendo o espectador pensar como se estivesse no lugar dos jurados. Os personagens não têm seus nomes revelados, nem suas histórias, então não temos como nos apegar previamente a ninguém, o que mantém nossa mente limpa para absorver apenas o que ocorre no presente. Sem dúvida, é um dos melhores filmes criminais já feitos, com um verdadeiro show de roteiro e direção, que compensam totalmente a produção extremamente simples.

 

Pulp Fiction

Pulp Fiction, dirigido por Quentin Tarantino, é um filme que redefiniu o cinema moderno ao misturar de forma engenhosa violência, humor negro, referências culturais e uma narrativa não linear. A trama é composta por várias histórias entrelaçadas que seguem os caminhos de criminosos, assassinos e outras figuras do submundo de Los Angeles, com personagens icônicos como Vincent Vega (John Travolta), Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), a enigmática Mia Wallace (Uma Thurman) e o boxeador em fuga Butch Coolidge (Bruce Willis).

O filme é notável pelo seu roteiro dinâmico e cheio de diálogos inteligentes e peculiares, que tornaram falas corriqueiras em momentos de grande impacto e humor. Tarantino utiliza uma estrutura narrativa única, onde eventos são contados fora de ordem cronológica, criando uma experiência de suspense e surpresa para o espectador à medida que as histórias se conectam de maneiras inesperadas. Essa abordagem fragmentada desafia as convenções tradicionais de contar histórias e faz de Pulp Fiction um filme inovador em seu tempo.

Além da estrutura, Pulp Fiction também é marcado pelo estilo visual e referências à cultura pop, que se tornaram assinatura de Tarantino. Cada cena é carregada de personalidade, com diálogos memoráveis, tomadas cuidadosamente estilizadas, e uma trilha sonora que se entrelaça perfeitamente com o tom do filme, trazendo de volta músicas dos anos 60 e 70 que adicionam uma camada de nostalgia e autenticidade ao ambiente.

 

Onde os Fracos Não Tem Vez

Dirigido pelos irmãos Coen, Onde os Fracos Não Têm Vez (2007) é uma obra-prima do cinema contemporâneo que mistura thriller, drama e um estudo profundo sobre a moralidade. Baseado no romance de Cormac McCarthy, o filme explora temas como o acaso, a violência e a inevitabilidade do destino.

A trama se passa no oeste texano dos anos 1980 e segue Llewelyn Moss (Josh Brolin), que encontra uma maleta cheia de dinheiro após um negócio de drogas fracassado. Sua decisão de levar o dinheiro desencadeia uma série de eventos brutais, colocando-o na mira de Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino implacável com uma visão distorcida de justiça, e do xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones), um homem envelhecido e desiludido com o mundo à sua volta.

A direção dos Coen é magistral, utilizando silêncios e paisagens áridas para criar uma atmosfera opressiva. Javier Bardem entrega uma das performances mais memoráveis do cinema como Chigurh, cuja presença é tão enigmática quanto aterrorizante. O roteiro é uma meditação sobre escolhas e consequências, deixando o espectador refletir sobre os valores humanos em um mundo onde as regras parecem ter desaparecido.

 

A Vida é Bela

Um dos dramas mais populares de todos os tempos, A Vida é Bela (1997), retrata a história de uma família judia na vivendo na Itália Fascista durante a Segunda Guerra Mundial. Os Orefice, a família que protagoniza a obra, são como tantos outros personagens de tantas outras obras que abordam a Segunda Guerra, mas, ao adicionar uma criança ao enredo, introduzem a inocência e a não compreensão do que realmente está acontecendo, uma faísca de pureza, em meio a um oceano de maldade.

A obra foi indicada a sete prêmios Oscar, inclusive Melhor Filme, mas não venceu. Foi ganhador das categorias Melhor Ator, com Roberto Benigni (que protagonizou e dirigiu o filme), Melhor Trilha Sonora e acima de tudo, Melhor Filme Estrangeiros, além das dezenas de outras indicações em outros prêmios ao redor do mundo.


Comentários do Seguidor:

Cara cada um deles é muito bem feito, e passa uma energia mais imersiva, acho isso muito importante, ainda mais pra quem se entedia rápido.


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