Filmes Favoritos dos Seguidores
- Canal Cultura POP
- 23 de mar.
- 4 min de leitura
Fala nação, após algum tempo, enfim voltamos com o quadro mais querido do Lar da Cultura POP, os filmes favoritos dos seguidores! Criação do nosso escritor, Prates. Hoje, iremos listar os filmes favoritos da nossa querida seguidora, Isabella, com uma lista bastante diversificada, mas foco em animações. Sem mais delongas, bora para os filmes.

Shrek (Franquia)

O primeiro filme da franquia, que revolucionou o cinema com uma história inovadora, protagonizada por um personagem totalmente fora do convencional, além de criticar os estereótipos instituídos pela empresa rival de maneira perfeitamente poética.
A evolução de Shrek ao longo da trama é incrível, começando como um ogro solitário, desprezado e temido pela sociedade, e terminando como um vencedor, com grandes amigos e encontrando Fiona, o amor verdadeiro de sua vida.
A lição ensinada por esse filme é excelente, ao quebrar os estereótipos impostos pela sociedade e mostrar que todos têm seu valor, independentemente de sua aparência ou condição física, e sim pelo seu interior.
O segundo filme da franquia, que mostra o auge dos easter eggs e crossovers, mantém a mesma linha do anterior e melhora a história ao acrescentar personagens marcantes, como o Gato de Botas e os pais da Fiona.
A relação entre Shrek e os reis de Tão Tão Distante é uma das principais problemáticas do filme, mostrando o quão desconfortável Shrek ficou com o encontro. Tentando impressionar o pai de Fiona, Shrek acaba conhecendo o Gato de Botas e roubando uma poção no chalé da fada madrinha, o que resulta na prisão dele e de seus amigos.
A vilã deste filme é uma das mais poderosas da franquia, com interesses pessoais em tornar seu filho rei e com um passado misterioso e obscuro.
O filme apresenta um final incrível, com uma cena memorável de invasão do castelo. Shrek consegue entrar, impedir os planos da Fada Madrinha e confirmar mais uma vez seu amor verdadeiro e genuíno por Fiona.
O terceiro filme da franquia, que, embora não seja memorável, consegue seguir a mesma linha dos dois anteriores, trazendo muitos crossovers com personagens da Disney, principalmente com as princesas e o Rei Arthur.
Vale ressaltar também que o filme apresenta piadas marcantes e confrontos interessantes entre os vilões e os protagonistas. Além disso, o filme traz duas subtramas bem interessantes com Shrek, que se sente pressionado com as obrigações de ter que se tornar pai e rei.
Um dos pontos negativos é o vilão do filme, que não é cativante e se aproveita do fracasso dos demais companheiros apenas para ter sua vingança pessoal.
E por fim, o pior da saga. Shrek: Para Sempre, considerado por muitos como o pior da franquia, por apresentar um roteiro confuso e pouco lógico, sem respeitar a evolução do personagem principal vista nos filmes anteriores, e reinventando o universo de Shrek em uma realidade alternativa.
Os pontos positivos do enredo são o fato de Shrek ter que se apaixonar novamente por Fiona e de ter que derrotar Rumpelstiltskin junto com seus amigos para resgatar sua família e conseguir retornar à sua realidade.
Shrek é o 'Pânico das Animações', brincando com os estereótipos das animações, dos grandes clássicos até as mais alternativas. O protagonista é ótimo, seu interesse romântico também, e o Burro é um alívio cômico divertidíssimo, assim como o Gato de Botas.
Coraline

Coraline é um dos filmes mais assustadores do mundo das animações. A direção de Henry Selick, o stop-motion detalhado e a história sombria de Neil Gaiman criam um conto de fadas aterrorizante. A Outra Mãe e seus botões são a representação perfeita do horror disfarçado de beleza.
A relação terrível entre Coraline e seus pais no mundo real contrasta perfeitamente com a tentação maligna do 'Outro Mundo', com a figura de Beldam sendo simplesmente aterrorizante e igualmente complexa, assim como todo o filme, que rendeu centenas de teorias ao longo dos anos.
Para alguns, Coraline nunca deixou o outro mundo; para outros, o Gato é a primeira criança que Beldam deixou escapar; para outros, os vizinhos de Coraline agem a favor da bruxa, para atrair Coraline até ela.
O clima tenso e cinza gera uma atmosfera pesada e triste. Mas a animação também tem seus momentos de beleza, mostrando a maestria dos animadores, que sem dúvida, produziram uma das melhores animações de todos os tempos.
Alice no País das Maravilhas

A versão live-action de Alice no País das Maravilhas, dirigida por Tim Burton, reimagina a clássica obra de Lewis Carroll com um tom mais sombrio e uma narrativa diferente da original. Ao invés de uma adaptação fiel do livro, o filme funciona mais como uma continuação da história, trazendo Alice, agora com 19 anos, de volta ao mundo fantástico que visitou quando criança.
Visualmente, o filme é deslumbrante, com cenários grandiosos e um uso intenso de CGI que dá vida às criaturas e paisagens do País das Maravilhas. O estilo gótico característico de Burton se encaixa bem na proposta, dando um ar mais sombrio e épico ao mundo onírico de Alice.
No entanto, a narrativa não é tão encantadora quanto a estética. A decisão de transformar Alice em uma espécie de "escolhida" para derrotar o Jaguadarte, transformando a história em uma jornada heroica previsível, tira parte da essência do conto original, que sempre valorizou o absurdo e o surrealismo. Além disso, o Chapeleiro Maluco de Johnny Depp, apesar de carismático, acaba ganhando um protagonismo desnecessário, tirando o foco da própria Alice.
As Virgens Suicidas

As Virgens Suicidas, dirigido por Sofia Coppola (filme do gênio Francis Ford Coppola, diretor de clássicos como Poderoso Chefão e Drácula de Bram Stoker), é um dos filmes mais marcantes sobre juventude, repressão e melancolia. Baseado no livro homônimo de Jeffrey Eugenides, o filme conta a história das irmãs Lisbon, cinco garotas criadas sob uma educação rígida e sufocante, e cujos destinos trágicos são observados e narrados pelos garotos do bairro que as admiravam à distância.
A estética do filme é um de seus maiores trunfos. Coppola utiliza uma fotografia etérea e uma trilha sonora nostálgica, criando uma atmosfera quase onírica, que contrasta com o peso do tema central. A sensação de isolamento e tristeza permeia cada cena, reforçada pelas atuações delicadas de Kirsten Dunst e de todo o elenco.
A narrativa é construída de forma quase poética, mostrando como a idealização das irmãs pelos garotos torna sua história ainda mais enigmática. O filme não se preocupa em oferecer respostas definitivas, mas sim em explorar os sentimentos de angústia, repressão e desejo de liberdade que permeiam a adolescência.
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