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Liga da Justiça: A Queda dos Céus

A Liga da Justiça está em seu primeiro ano de atuação, e a opinião pública cai sobre eles, tanto positivamente, quanto negativamente, o mundo ainda não se conformou com esses novos ´´deuses´´. Se passando em 1936, a Liga enfrentará uma nova e misteriosa ameaça, que definirá não somente o seu poder, como principalmente, a sua capacidade de guiar a raça humana para um novo amanhã

Nota: 9,4

 

Quando os Céus Caírem Sobre Nós...

Nenhuma daquelas 450 pessoas imaginava um fim de semana tão “emocionante” a bordo do British Rose. Um pequeno grupo terrorista da nação de Kasnia decidiu fazer história, exigindo 200 milhões de dólares por todas aquelas vidas britânicas, americanas, alemãs e francesas. Países com péssimas relações tentavam entrar em consenso para resolver o caso, mas trabalhavam com a incerteza: mesmo com o dinheiro, aquilo tudo poderia terminar terrivelmente errado. Era algo além de suas capacidades. Felizmente, há cerca de um ano, eles não precisavam mais se preocupar com isso.

Nadando rapidamente em volta da embarcação, um bastião entre mar e terra a analisava friamente. Três explosivos estavam presos ao casco do navio para afundá-lo com todos a bordo em caso de invasão. Havia 63 terroristas armados e mais de 400 reféns sob sua mira. Ciente dos riscos, Aquaman apertou um bracelete em seu pulso, acionando outras pessoas tão “especiais” quanto ele.

Em Metrópolis, o pacato jornalista Clark Kent estava em uma maçante coletiva de imprensa quando ouviu a vibração. Aquilo definitivamente era um trabalho para seu outro “eu”. Dando uma desculpa para Lois, ele se afastou da coletiva e, correndo pelas ruas, encontrou uma cabine telefônica. Ao sair dela, o franzino repórter havia se transformado no herói mais poderoso do planeta: Superman.

Em Nova York, Diana Prince cuidava de algumas crianças desabrigadas no Brooklyn quando recebeu seu chamado. Despedindo-se de suas protegidas, Diana foi até um beco e, com um rápido giro, mudou suas vestes para as de uma amazona — no caso, a maior delas, a Mulher-Maravilha.

Em Central City, Barry Allen teve a resposta mais rápida. Saltando pela janela do laboratório criminal, ele correu pelas ruas em altíssima velocidade, enquanto, da aliança em seu dedo, surgiam vestes escarlates que rapidamente se fundiram ao seu corpo. Assim, emergia o Flash.

Hal Jordan testava mais um dos brinquedinhos da Força Aérea Americana quando seu pulso vibrou. Ele puxou o anel esmeralda de dentro de seu casaco e, ao colocá-lo em seu indicador direito, tornou-se o Lanterna Verde, o defensor da Terra. Saindo do caça, Hal criou uma cópia de si mesmo com o anel para que a aeronave pousasse em segurança.

Em Nova York, John Jones ouviu seu chamado e, entrando em um beco, revelou sua forma inumana: algo de outro mundo. Era o Caçador de Marte.

Em Gotham City, Bruce Wayne escutava o rádio em sua mansão quando observou o sinal. Sem tempo a perder, Wayne avançou em direção ao relógio e, ao pressioná-lo no local certo, revelou uma passagem secreta às suas costas, abrindo espaço para uma imensa escadaria. Descendo em meio às trevas, Bruce chegou a uma imensa caverna — a Batcaverna. Ele vestiu seu traje cinza e negro e avançou em direção ao Batmóvel, quando uma figura azul surgiu à sua frente: era Superman. O Homem de Aço afirmou que os meios tradicionais demorariam demais e se ofereceu para levá-lo voando. Batman dispensou a ajuda, mas Clark, rindo, segurou-o pelos ombros e o levou pelos ares em direção à ameaça.

Flash chegou primeiro ao local, correndo acima da velocidade do som sobre as águas. Mas, quando estava quase tocando o casco do navio, uma granada foi lançada, seguida por dezenas de outras. Recuperando o equilíbrio, o Homem Mais Rápido do Mundo começou a desviar das explosões, usando pequenos tornados para virar as embarcações. No comando do navio, o chefe da operação foi informado sobre a aproximação do velocista e, sem pestanejar, ordenou a explosão do casco do navio. Eles não aceitariam a desonra de serem capturados. Allen encarava aquela cena aterrorizado, mas o terror rapidamente se dissipou ao perceber a aproximação de seus parceiros, representada por um sermão de Batman para que não agisse antes do grupo chegar.

Superman arremessou Batman no convés da embarcação, enquanto ele e Jordan cuidariam de impedir que aquele colosso afundasse. Em solo, o Homem-Morcego coordenava a equipe. Mesmo sendo um simples humano, todos aqueles “deuses” o escutavam com atenção.

Aquaman comandou seus tubarões, baleias e golfinhos para derrubar os navios menores que protegiam os terroristas. Enquanto isso, ele, Mulher-Maravilha e o Caçador de Marte abriram caminho entre os criminosos, para que Flash retirasse os reféns do piso inferior e os levasse ao convés. Superman e Lanterna Verde tinham a missão mais importante: levar o navio de volta à flutuação, secar seu interior e vedar o buraco. Parecia uma missão impossível, mas Batman sabia que essa palavra não existia para a Liga da Justiça.

Duas dezenas de criminosos chegaram ao convés, disparando incansavelmente com suas metralhadoras. Batman desviou dos tiros e arremessou projéteis de fumaça em direção aos adversários, deixando-os desprotegidos na escuridão. Com socos e chutes poderosos, o Cavaleiro das Trevas esmigalhava os ossos de cada um deles, em meio aos gritos e tiros para o ar. Mulher-Maravilha avançou destemida contra três deles, rebatendo seus tiros com seus braceletes, dando tempo suficiente para que o Caçador de Marte se aproximasse pelas costas e, com um simples tapa, levasse os três a nocaute.

Batman lançou seus batarangues contra outros dois soldados, desarmando-os. Ele saltou sobre o capanga mais alto, socando seu plexo solar e dificultando sua respiração. Sem poder se defender, o homem recebeu um segundo soco, esmagando seu queixo. Ele foi rápido, mas não o bastante. O segundo homem sacou um revólver e disparou cinco vezes contra a figura sombria que os atormentava, mas uma figura graciosa passou à sua frente, rebatendo todos os disparos. Mulher-Maravilha lançou sua tiara na testa do homem, nocauteando-o. Ela sorriu para Batman, que, com sua típica arrogância, disse ter tudo sob controle.

Com o convés livre, Flash avançou pelos corredores, desamarrando as pessoas e levando-as para um local seguro. Superman se submergiu nas águas, erguendo a embarcação. Nesse instante, Hal criou um motor para expulsar a água para fora, enquanto o Homem de Aço selava o furo no casco com seu sopro congelante. Com o British Rose a salvo, era hora de pôr o lixo para fora. Superman e Lanterna se uniram a seus amigos e terminaram de obliterar a gangue. O Homem do Amanhã apenas ria enquanto os criminosos, apavorados, disparavam contra o "S" em seu peito. Antes que pudessem recarregar, o herói os prendeu com barras de aço retorcidas.

450 pessoas haviam sido salvas. Cada uma, em sua língua, agradecia à Liga: algumas silenciosamente, outras aos gritos — a maioria, na verdade. Superman percebia isso: o medo das pessoas em relação a eles estava se dissipando. Eles haviam salvado o British, mas agora, quem poderia salvá-los da politicagem que estava por vir?

 

O Jogo das Sombras

Mesmo após aquele milagre, sempre havia algo a mais para perturbar os heróis. A mídia, que por anos atacou Batman, Superman e Flash, agora reconhecia que prosseguir com isso iria arruinar suas reputações, mas, para os políticos, as ações da Liga continuavam equivocadas, o poder falava mais alto.

A ação da Liga no território da Kasnia, sem autorização da Liga das Nações, rompeu diversos tratados na região, e mais uma vez, os EUA teriam que limpar sua barra. Superman, Caçador de Marte e Mulher-Maravilha representaram a Liga na reunião dos líderes da região. Mesmo com tudo o que eles haviam feito, o desdém era claro nos olhares de cada um deles, até que ele deixou de ser escondido e se tornou alto e claro.


-Eu esperava falar com humanos, não vejo como essas... coisas, podem entender a seriedade disso, não conhecem limite algum! Urrou o ditador Kavensky Haas da Kasnia do Norte.


-E eu esperava que vocês, humanos, se importassem o mínimo com as vidas uns dos outros! Tratam tudo isso como se fosse um jogo entre vocês, tratados, fronteiras, nada disso interessa quando vidas estão em jogos. Diz Diana irritada. Superman segurou seu ombro, tentando conte-la.

O encontro não foi nada bom. Cada vez mais, o tempo recém-iniciado dos heróis estava prestes a acabar. A criminalidade caía constantemente e, com a aliança entre os heróis, nem mesmo os supervilões tinham chance contra eles. Mas era assustador demais para certas pessoas terem seres tão poderosos, que agem pela necessidade das pessoas, e não pelas suas.

Independente disso, a Liga aumentava cada vez mais o seu aparato, e nada melhor que um QG. No centro de Metrópolis, um imenso monumento financiado secretamente pelas indústrias Wayne e pelo Reino de Atlântida se erguia em imensa glória. Hal o apelidou de "Sala da Justiça".

Batman foi o primeiro a chegar e recebeu seus colegas. Pela primeira vez, o tapinha nas costas de Barry não foi mal recebido pelo herói carrancudo. Diana olhava maravilhada para o imenso salão, para a mesa com a sigla LJ cravada em ouro, e as sete cadeiras, uma para cada um deles. Superman se aproxima de Batman. O Vigilante era bom em esconder as emoções, mas, naquele momento, parecia não estar tentando.

-Quando vai chamar ela pra sair Bruce? O Batman não se envolve com colegas de trabalho? Pergunta Clark com a mão no ombro de seu amigo.


-Não tenho espaço para isso, e, ainda não me esqueci de quando me arrastou pro ar naquele navio. Responde Batman grosseiramente.


-Não precisa agradecer, agora, eu, já que foi tão receptivo, gostaria de indicar o Gotham Light House, parece maravilhoso para um primeiro encontro. Diz Superman com um sorriso, enquanto Diana olhava para os dois, igualmente alegre.

Todos se sentam a mesa, e Superman informa que o trabalho deles vem sendo bem feito, haviam semanas desde o último problema nível ´´fim do mundo´´. Mal sabia ele, que o fim do mundo estava mais perto do que ele esperava, ao seu lado, e até mesmo, dentro dele....

A noite cai, e Bruce estava de volta a Gotham, mais precisamente no Gotham Light House, aguardando uma... convidada. Com um bom vinho em mãos, ele observava uma figura divina, ou no caso, semidivina, subindo a imensa escadaria, era Diana Prince, com um lindo vestido, sobreposto por um casaco grosso de pelúcia.


-Você tem bom gosto, Bruce, me impressiona que alguém como você tenha tanta... sensibilidade. Afirma Diana suavemente.


-Não deixe essa glória para mim, um amigo conhecido me indicou (diz tirando o casaco de Diana), agora princesa, me concede essa dança? Diz Wayne galante. Prince rapidamente estica sua mão, e seus corpos passam a se mover como um só pelo deslumbrante salão, em meio a risadas e sorrisos.


-Acho que você anda precisando de mais momentos assim Bruce, aquela caverna, as ruas da cidade, é demais para encarar sem um pouco de alegria.


-Você é quem precisa de um pouco de paz Diana, até onde eu sei, você luta desde antes de eu nascer (diz Wayne sussurrando)


-Sabe Bruce, eu... não sei como dizer. Nos vivemos com tantas pessoas extraordinárias, mas você é diferente, você mantém a nossa raiz na humanidade. Mesmo com tudo que passou, a forma que você dissipou essa raiva, apontou ela pro lugar certo, é algo que eu levei anos pra entender.


-Você não tinha a quem se apegar, abandonou seu mundo pelo meu povo.


Diana aproxima seu rosto do de Wayne, e suavemente, seus lábios se tocam, em um beijo singelo, mas muito especial para ambos. A festa no Gotham Lights terminou alguns minutos depois, mas apenas havia começado na Mansão Wayne. Na imensa suíte, os heróis estavam em sua forma mais primordial, com Wayne abraçando firmemente o corpo esculpido de Diana, e por toda aquela noite, eles foram um só. A madrugada caía, e Bruce olhava para o quadro de seus pais, enquanto abraçava a adormecida Rainha das Amazonas. Ao vê-los naquele momento, Wayne começa a pensar pela primeira vez em um futuro palpável. Talvez houvesse um dia em que ele pudesse pendurar a capa e o capuz, e viver como um homem normal, ao lado de uma pessoa incrível como Diana. Enquanto o herói refletia, a porta entreaberta do quarto dava espaço para um ser bizarro, uma espécie de... estrela do mar. O animal se arrastava pelo piso de madeira até chegar ao pé da cama, subindo lentamente até se aproximar o suficiente de quem lhe interessava...

Diana acorda e vira seus olhos em direção a Bruce, que se aproxima para beijá-la, quando, de repente, tentáculos asquerosos saltam da boca da princesa, e se enfiavam na de Batman, quase como se fundissem seus rostos, deixando o Homem Morcego sem reação. Ele se contorce até cair no chão, mas ao ficar de pé, seus olhos já estavam tomados por um brilho amarelado. Ele agora servia a um novo senhor, Starro, o Conquistador.

Naquele instante, na Kasnia do Norte, Kavesnky observava a noite escura da janela de seu palácio, com seus olhos irradiando um amarelo perturbador. Seu corpo se contorcia como se algo estivesse invadindo-o diretamente de dentro.


-Muito bem meus filhos, tragam os outros cinco, e a Terra se curvará perante mim! Diz, Starro, dentro do corpo de Kavesnky.

 

Invasores de Corpos

Os barulhos na suíte rapidamente chamaram a atenção de Alfred e do pupilo de Bruce, Dick Grayson, que correram desesperadamente até lá. Ao chegarem, viram o local vazio, parecendo intocado, exceto pela janela estilhaçada.

Poucos segundos depois, o Batmóvel passava zunindo rumo aos céus. Havia algo errado, e, se não havia Batman, então aquilo era um trabalho para o Robin.

Metrópolis estava tranquila. Diferente de Gotham, a Cidade do Amanhã se dava ao luxo de conhecer alguns momentos de paz, e esse era o caso até mesmo para o seu maior escoteiro. Superman se deitava na cama, mesmo que não precisasse dormir, isso ainda era, no mínimo, revigorante. Ao lado de sua cama, uma pequena mesa guardava sua última compra, um belo anel de diamante, feito nos moldes exatos do indicador de Lois Lane. Ele se deita, deixando enfim todos aqueles sons fora dos seus ouvidos, ao menos uma vez. Ouvir a quilômetros de distância não era mais necessário naquele momento.

Ele estava tão imerso, que não percebeu uma figura obscura adentrar por sua janela, portando uma lâmina verde incandescente. A sombra se aproximava cada vez mais, e, quando ele enfim abriu os olhos, era tarde. A lâmina de kriptonita havia sido enterrada em sua coxa, fazendo jorrar o sangue rubro de suas veias, algo que ele não conhecia muito bem. Ainda turva pela dor, sua visão demorou para avistar seu ofensor no canto da cortina. Não podia ser, mas era... Batman.


-Bruce, o que está fazendo? Perguntava Clark em pânico enquanto o próprio sangue ensopava as cobertas, em um ferimento que seu amigo mais confiável havia aberto, com a lâmina que ele mesmo havia lhe confiado.


-Preciso que você enfraqueça só um pouco kriptoniano, para que possa me apossar de você, mas depois, terei a toda sua força, aos meus serviços. Responde Batman como uma voz quase robótica.


Clark não conseguia usar seus poderes, a kriptonita estava penetrada em sua corrente sanguínea, e seu amigo se aproximava cada vez mais, em seu boca, um sorriso bizarro, e que logo se desfez. A boca do Cavaleiro das Trevas se abriu em uma proporção desumana, nem mesmo Lovecraft teria pensado em alguém tão horripilante, e dela, saiam os tentáculos, prontos para invadir seu corpo, quando...

Robin chega, chutando seu mentor contra a parede.


-Se afaste, Superman, vou tentar segura-lo até você se recuperar (Batman lhe agarra pelo pescoço). Gasp... trate de não demorar muito.... Fraco, Superman se arrasta para o canto do quarto, sem ao menos conseguir o chão pelo qual se arrastava, o sangue vivo ainda jorrando pelo chão.

Robin tentava bloquear os ataques firmes de seu mestre, mas falhava a cada tentativa. Batman aplica uma cabeçada, que abre o nariz de Grayson, abrindo também a parte superior de sua sobrancelha, agora, o sangue prejudicava sua visão.


-Bruce, por favor me escuta! Implorava Grayson. Mas, Batman parecia não sentir remorso algum, enquanto surrava aquele que um dia lhe chamou de pai.


Clark consegue retirar a lâmina de sua perna, e um pouco da sua força havia voltado, mas um pouco para ele, era pelo menos dez homens em um só. Batman aplica uma joelhada esmagadora em Robin, rachando sua costela direita, mais alguns golpes, e o Menino Prodígio estaria morto, mas, com um potente soco, Clark arremessa seu antigo amigo pela janela, apenas para vê-lo desaparecer nas sombras da noite.


-Isso ele não perde nem mesmo possuído (Superman se vira para Robin), Por Deus Dick! Precisamos de um médico!


-Me deixe com Alfred, Diana estava com Bruce, ela deva estar infectada também, ache-a, antes que passe essa aberração para mais algum membro da LJ!


Em Los Angeles, Hal Jordan estava pilotando mais um de seus caças, voando calmamente pelo céu noturno, sentido como se homem e máquina fossem um só. Ao olhar para os controles, vislumbra a foto de Saphira Estrela, sua odiada e ao mesmo tempo amada, inimiga. Sem tempo para romances, uma pancada tira o avião de seu ritmo, e começa a leva-lo ao solo em velocidade recorde.


-Bom anel, ou eu uso você agora ou vamos ter pouso mais desconfortável da história! Hal empunha seu anel, e deixa o avião cair a sua frente. Antes que ele pudesse impedir sua queda, um potente soco quase quebra suas costas, o lançando para o solo tão rápido quanto seu jato.

Ao colidir com o chão, Hal cospe sangue pela boca, mas rapidamente se levanta, em posição de combate, mas ao ver quem enfrentaria, fica incrédulo.


-Diana, mas p-orque?


Mulher Maravilha salta sobre Jordan, que responde com um disparo de energia verde, que afasta sua amiga. Tentando conte-la, Hal a amarra com correntes esmeraldas quase inquebráveis.


-Correntes, que gracinha. Diana estoura as correntes em segundos, e segue atacando.


-Aí cê tá querendo me complicar querida. Hal alça voo, e cria um paredão de canhões para disparar contra a Amazona, que rebate todos os disparos.


-Preciso ser mais criativo dessa vez. Hal usa mais energia, e invoca um imenso traje esmeralda.


-Pode vir com tudo agora! Apesar da força, a lentidão lhe prejudicava, e seus socos não passavam nem perto do borrão azul e vermelho que lhe atacava. Com um potente golpe no centro da armadura, Diana a despedaça. No chão, Hal lança uma rajada de energia verde, que é rebatido pelos braceletes de Diana, que ao se aproximar o bastante, finca sua espada na barriga do Lanterna.


-Agora, vê se fica aí, vai doer menos. Hal olhe sua aliada nos olhos, e como último recurso implora.


-Anel, seja lá o que estiver dentro dela, expurgue agora! Um holofote verde ilumina a Amazona, que cai de joelhos no chão, vomitando algo bizarro ao seu lado.


-Diana, está tudo bem? Pergunta Jordan se aproximando dela, quando a mesma forma que saiu da Amazona, agora, tenta se adentrar nele! A estrela da mar pula em sua direção, mas com uma velocidade que até Flash invejaria, Hal desintegra o animal com sua arma.


-O- que aconteceu, onde eu estou? Pergunta uma aluada Mulher Maravilha.


-Bom, digamos que você tentou me matar em pleno voo, e então depois de me empalar com uma espada, vomitou um Patrick Estrela bizarro, e então eu evaporei ele, deu pra entender?


-Sinceramente, é melhor fica quieto. Jordan cauteriza seu ferimento, e tenta contato com o resto da Liga, mas nem Caçador de Marte, Flash ou Aquaman lhe respondiam.


-Isso não é bom, ainda mais o Arthur, na certa isso veio de Atlântida, será que o irmão dele anda aprontando de novo?


-Não dessa vez, Hal, seja lá o que for essa fera, não é desse mundo.....

 

A Liga de Starro

Superman leva Robin de volta a Mansão Wayne, onde Alfred rapidamente o leva para a mesa de cirurgia.


-Você realmente aprendeu a se quebrar igual o patrão de Bruce. Reclama Alfred.


-Hal e Diana atenderam o sinal, tranquem tudo por aqui, vou me reunir com eles. Diz Superman voando através da cachoeira da Batcaverna. Nos céus, o Homem de Aço começa a refletir sobre o que Batman havia lhe dito em seu apartamento. Ele queria se ´´apossar´´ dele, Darkseid estava morto, ele não poderia ter enviado essa peste. Brainiac? Alguma invenção de Luthor talvez? Dessa vez, era realmente difícil imaginar quem poderia ter afetado tamanhamente a mente deles.

Com sua superaudição, Kent detecta mais um problema. As ondas de rádio informavam os ocorridos, o ataque de Diana, e o aparente ataque ao jornalista Clark Kent, por quem aparentemente parecia ser o Batman. Mesmo que esse dito vilão não os matasse, iria render uma boa dor de cabeça.

O Escoteiro pousa no topo do prédio da Indústria Star, onde encontra Lanterna e Diana.


-Más notícias, Clark, Barry, Arthur e John sumiram completamente. Diz Jordan apreensivo.


-Encontrei o Bruce, não foi bem como eu queria. Responder Clark igualmente nervoso.


-Devemos ir até a Atlântida, se Arthur estiver sobre o controle dessa coisa, pode muito bem causar bem mais estrago que qualquer um de nós.


-Na verdade, já está fazendo. Superman, somando seus poderes de visão e audição, nota uma movimentação de seres marinhos colossais, atacando a costa portuguesa, eram monstros de Atlântida. Gigantescas formas aquáticas emergiam das profundezas, suas silhuetas iluminadas pelos clarões de relâmpagos no horizonte. Tentáculos sinuosos e carapaças cristalinas brilhavam com uma ameaça ancestral. Era o poder bruto de Atlântida, agora fora de controle.


-Hal, venha comigo, Diana, fique e espere algum sinal dos outros. Superman e Lanterna Verde, voam pela noite, cruzando o oceano em questão de minutos.


Enquanto isso, a centenas de metros de profundida, no majestoso reino de Atlântida, Aquaman, Flash e Caçador de Marte se reuniam, para ouvir as ordens telepáticas de seu senhor, que emanava da boca imóvel de Curry.


-Preciso que continuem atacando meus servos, vão! Viagem o mundo e destruam tudo que virem pela frente. Proclamava Starro através de Aquaman.


-Como queira, meu senhor. Afirma o Marciano, com uma voz que parecia não ser igual aos outros. Flash corre para fora, para seguir sua missão, enquanto Arthur descia para o calabouço, ouvindo os berros de Mera.


-Meu amor, por favor me escute! Tira essa coisa da sua cabeça, não tem ideia de quantos vão morrer com isso? Aquaman ignora exemplarmente, reagindo somente fechando uma segunda porta de aço em sua sua cela, silenciado completamente seus gritos.


Caçador de Marte, usando sua telepatia, entra em contato com os outros heróis da Liga. Superman é o primeiro a ouvir o sinal.


-John? Achei que estava com eles (Aliens).


-Em teoria, estou. Aquela criatura entrou pela minha boca no meio da noite, mas consegui mudar minha forma interna, ela não é capaz de parasitar meu cérebro, mas para os outros, é como se estivesse. O nome dele é Starro, ele quer que nós causemos um conflito generalizado, quando a vida humana acabar, ele vai usufruir de todos os recursos do planeta.


-John, tente se conectar a mente dele, essa coisa deve ter um corpo primordial ou algo do tipo, se o pegarmos, isso acaba. Diz Diana telepaticamente.


-Estou tentando Diana, mas a mente dessa coisa é quase impenetrável.


-Continue John, vamos fazer o que for possível por aqui. Diz Superman, preparando um supersoco contra um Kraken que escalava o porto de Lisboa.


-Eu vou até o Presidente, se tem uma coisa que vai dar mais problema que nossos amigos possuídos, é o que as nações vão fazer para conte-los. Afirma Diana tensa.


Caranguejos gigantes marchavam em direção à cidade, destruindo tudo o que vinham pela frente, mas Hal os impede com um paredão de mísseis esmeralda. Com sua visão de calor na máxima potência, Superman entra na boca do Kraken e o queima de dentro para fora.

Sentindo a dor de seus comandados, Arthur se ergue dos oceanos, montado em um polvo gigante, invocando um raio potente de seu tridente, que atinge em cheio o peito do Homem de Aço, arremessando-o de volta para a cidade.

Enquanto isso, Lanterna Verde criava uma pá gigante para coletar e lançar os caranguejos de volta para os mares. Mas eles não paravam de vir. Superman se ergue novamente e voa em direção a Curry, desviando de seus raios, e atinge um soco no peito, lançando-o em direção ao oceano, mas, inteligentemente, o herói não o deixa submergir de novo e o golpeia novamente, para levá-lo ao solo. Caindo como um boneco de pano, o Rei de Atlântida não consegue se erguer antes que Superman chute seu tridente para longe e lhe aplique um mata-leão, tentando de alguma forma libertar seu amigo. Com sua visão raio-X, ele detecta a Estrela do Mar no cérebro de seu amigo. Ele poderia retirá-la, mas, se errasse o mínimo, Aquaman estaria morto. Delicadamente (dentro do possível), Superman perfura o crânio de Arthur com sua visão de calor e, precisamente, queima Starro em seu cérebro, enquanto o herói ameaçava convulsionar.

Arthur cai se retorcendo no chão, mas rapidamente se senta, encarando Superman.


-Não sabia que era cirurgião. Diz em tom de deboche. Colocando a mão em sua cabeça, Arthur ordene que seus soldados voltem para o fundo do mar, para o alívio de Jordan, que não podia mais conte-los.

O trio se reúne, mas rapidamente são cercados pelas pessoas, que lançam pedra e paus contra eles, lhes chamando de aberrações, eles sabiam que não deviam confiar nos heróis. Sem tempo para se explicar, Superman apenas carrega Aquaman pelos ares, enquanto Hal o acompanhava.


Na Casa Branca, Diana conversava com Franklin Roosevelt e outros embaixadores e líderes mundiais, o mundo estava a beira de um colapso com as ações questionáveis da Liga.


-Querida, eu realmente acredito em vocês, mas, no momento que estamos, herói americanos atacando cidades na Europa, invadindo territórios no Oriente Médio, está ficando difícil defender vocês.


-Presidente, eu vim para o seu mundo com uma missão, trazer paz para os homens, todos os meus amigos lutam por isso. Admito que está sendo bem mais difícil do que eu esperava, mas nenhum de nós nunca levantou um dedo contra as pessoas justas desse mundo, mas mesmo assim, parece que vocês esperam a mínima oportunidade para tacarem pedras em nós.


-Não pode julga-las princesa, um dia, eles eram os donos do próprio destino, no outro, são como formigas diante de criaturas que podem esmagar um prédio com um soco. Responde calmamente o líder.


-Mas, enfim, farei o que for possível, digamos que todos tem alguns favores em divida com vocês, os políticos podem negar isso, mas as pessoas não, se trouxerem o culpado aos holofotes, podemos trabalhar em limpar o nome de vocês. Obrigado por esclarecer tudo.


-Eu que agradeço, Presidente.

 

A Beira do Apocalipse

Diana se preparava para sair do escritório, quando de repente, um borrão vermelho atravessa a sala, avançando em direção ao embaixador japonês, se Diana quisesse impedi-lo, teria que se mover mais rápido como nunca. Se movendo mais rápido que o som, Mulher Maravilha arremessa seu laço entre as pernas de Flash, lhe derrubando aos pés do embaixador.

Os homens correm da sala, abrindo alas para o confronto.


-Eu ordeno que revele o verdadeiro Flash, criatura imunda. Ordena a Amazona. Mas, Flash se liberta do laço, e mais rápido que a luz, esmurra diversas vezes o rosto da aliada, a lançado pela janela da casa.


-Bom, vai ser do jeito difícil. Diana se levanta, e tenta contra-atacar, mas a velocidade do Homem Mais Rápido do Mundo era inatingível, e cada soco dele, tirava sangue da Amazona.


-Ok Barry, vou ter que pegar pesado. Diana pressiona seus braceletes, os soltando, como se estivesse revelando um poder oculto. Seus olhos azuis brilhavam mais que o normal, e ao bater seus pulsos, uma imensa onda de choque luminosa atinge tudo a sua volta, inclusive Flash, que cai atordoado. Livre de suas amarras, Diana consegue ser tão rápido quanto Barry, protegendo e revidando seus ataques, conseguindo enfim amarra-lo, e ordenando que Starro lhe deixe, algo que acontece, de uma forma ainda mais bizarra. Starro estava saindo de uma forma liquefeita, pelo nariz, orelhas e boca de Allen. Diana segurava para não vomitar, quando enfim, aquela gosma asquerosa caiu imóvel no chão.


-Isso foi nojento, mas... obrigado. Diz Barry.


-Ainda não acabou, Bruce ainda está com eles.

Após muito se esforçar, John Jones enfim conseguiu se ligar telepaticamente com Starro, e encontra seu corpo primordial, ele estava na Kasnia do Norte.


-Então é lá que Bruce está! Afirma Clark.


Na Kasnia, Kravensky recebe Batman em seu escritório.


-O plano está saindo do controle, quero que você ative seu plano de contingência, meu amigo.


-Como queira, meu senhor. Afirma Batman friamente.


-Eu previa isso, o estrago já está feito, agora, eu apenas preciso me manter vivo, e esperar a humanidade fazer o trabalho. Pelo que pouco que vi desse mundo, percebo que o que ele faz de melhor, é crucificar seus próprio salvadores.


Batman desce ao porão, caminhando em direção ao que parecia ser um traje cinza, aquela, seria a prova final da Liga da Justiça.

 

O Cataclisma

Diana levava Aquaman a bordo do Jato Invisível, enquanto Superman, Lanterna Verde e Caçador de Marte voavam desafiando a gravidade, rumo a Kasnia. Mais uma vez, os acordos não haviam sido tratados previamente, e os heróis são recebidos com metralhadoras e canhões, que sentiam como se estivesse sendo apedrejados por britas.

Superman usa sua visão de calor para destruir as armas, abrindo espaço para o pouso dos heróis. Marchando até a sala do trono, Marciano guiava seus aliados, até enfim, estarem cara a cara com Kavensky Haas.


-Você! Eu sabia que era um maníaco, mas não a ponto de trazer uma praga alienígena para o próprio planeta. Afirma o Marciano.


-Oh detetive, ainda não entendeu? Eu sou Starro! Afirma Haas, enquanto seu estomago é aberto diante deles, revelando tentáculos, que rasgam por completo o corpo do ditador, revelando a forma primordial do invasor, uma Estrela do Mar colossal.


-Onde está o Batman? Questiona Superman com autoridade.


-Seu amigo ainda me será muito útil, vejam vocês mesmos. O piso se quebra, quando o traje de combate de Batman deixa-o.


-Curioso não? Vocês anseiam pela confiança dos homens, mas nem mesmo um que luta ao lado de vocês, confia em vocês. O traje era moldado com as fraquezas de cada um dos membros da Liga.


-Bom, fiquei um pouco triste com a desconfiança, mas vindo do Batman, não é surpresa. Diz Flash disfarçando a tensão.


Batman abre o peito do traje, revelando um núcleo de sol vermelho, que enfraquece Superman, lhe fazendo cair de joelhos. Fogo é lançado sobre o Marciano, e gás do medo sobre Hal, enfraquecendo sua força de vontade. Aquaman e Diana tenta destruir a armadura, mas ela era forjada com mental quase inquebrável. Flash tenta atravessar a armadura com sua intangibilidade, mas um choque elétrico lhe afasta. Batman soca Aquaman, lhe esmurrando contra o chão, enquanto Diana tenta detê-lo.


-Bruce por favor, sou eu. Diz a Amazona tenta apelar para a humanidade. Eu sempre disse que ser humano era a sua maior força, mesmo sem poderes, sua mente, sua vontade te torna o maior de nós, prove isso!


Wayne começa a pensar além de Starro, e um duelo começa dentro da mente do Cavaleiro das Trevas, e o vencedor, foi o Batman. A Estrela do Mar salta pela boca de Batman, apenas para ser esmagada pelas botas de Diana.


-Nunca pensou em um plano de contingência contra você? Pergunta Hal.


-Pensei, são vocês! Diz Batman olhando para Diana e Clark.


Starro os encarava em pânico com seu único e enorme olho.


-Bom, terei que me encarregar de vocês, pessoalmente! Starro cresce descontroladamente, destruindo o castelo da Kasnia.


-Liga, façam o que fazem de melhor. Ordena Batman.


Flash corre em alta velocidade em volta de Starro, o tirando do chão e deixando-o sem ar. Hal Jordan lhe aprisiona com uma super camisa de força.


-Superman, agora! Ordena Batman. Superman voa em direção a Starro, voando em alta velocidade até o espaço. Voando cada vez mais rápido, o Último Filho de Kripton se aproxima do sol, a lança Starro contra a Estrela da Terra, obliterando o alien, enquanto recuperava sua própria força, de braços abertos perante o sol.


De volta a Terra, Superman se reúne com seus amigos.


-Então... acabou? Pergunta Flash.


-Com certeza não. Os chefes de Estado estavam em pé de guerra, e pelo que vi em Portugal, o povo não pensa muito diferente. Diz o Lanterna Verde.


-Bom, só tem um jeito de resolver isso. Vamos esclarecer tudo isso, cada um de nós, de uma vez por todas. Diz Diana confiante. No dia seguinte, a Liga da Justiça estava em Genebra, para discursas na Liga das Nações.

 

A Era dos Heróis

Eles passaram horas pensando em quem iria falar. Superman era um símbolo de esperança, as pessoas o ouviam, mas não era disso que eles precisavam naquele momento. Eles precisavam de alguém como eles, um humano, o Batman.

Os sete se puseram perante centenas de líderes e jornalistas e começaram a falar. Batman afirma que compartilhava da mesma desconfiança que todos eles no princípio, mas esses seres ganharam a sua confiança; bastava verem tudo o que haviam feito pela humanidade, mesmo que alguns deles nem ao menos fossem humanos.

Mesmo enquanto lutavam entre si, era em nome de proteger suas vidas (falando de Starro). Ele afirma que talvez alguns deles desejassem tomar as rédeas do mundo, acabar com as suas injustiças, mas isso não era o dever deles; eles eram habitantes daquele mundo, não seus líderes. Haverá um dia em que o mundo não precisará mais deles, mas até lá, eles iriam fazer o possível para protegê-los daquilo que não pudessem e inspirá-los a fazerem o melhor. Ele sentia forças malignas crescendo entre a humanidade, e isso aconteceria com ou sem eles (Segunda Guerra Mundial), e, quando isso chegasse, aqueles líderes não deveriam contar com eles na frente de combate. Eles não eram, e nunca seriam, seus soldados. Seu único dever era com as pessoas simples, como aquelas que os ensinaram o que é ser humano. Assim, Batman encerra a sessão e sai silenciosamente com o resto da Liga.

Alguns líderes entenderam o recado; outros ainda tinham suas próprias ambições acima de qualquer bom senso, e isso guiaria o mundo para um terror que talvez nem mesmo a Liga seria capaz de conter... FIM


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