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Melhores Filmes Cristãos

O cinema muitas vezes é capaz de nos fazer refletir sobre o mundo em que vivemos, das mais diversas formas. Alguns desses filmes, mesmo que em subtexto, incentivam a fé cristã, seja através de referências diretas, seja através da propagação de seus valores. Hoje, iremos viajar por alguns dos filmes cristãos mais marcantes de todos os tempos, alguns, adaptações diretas de tramas bíblicas, outras, referências a mesma. Então, sem mais delongas, bora para a lista.

 

Jesus de Nazaré (1977)

 Dirigido por Franco Zeffirelli, é uma minissérie que narra a vida de Jesus Cristo desde a Anunciação até sua ressurreição. A história começa com o anjo Gabriel visitando Maria e anunciando que ela dará à luz o Filho de Deus. José, inicialmente relutante, aceita seu papel após um sonho revelador. O nascimento ocorre em Belém, seguido pela visita dos Reis Magos e a perseguição de Herodes, que leva a Sagrada Família a fugir para o Egito.

Já adulto, Jesus, interpretado por Robert Powell, é batizado por João Batista e inicia sua missão, reunindo discípulos e realizando milagres, como curas, a multiplicação dos pães e peixes e a ressurreição de Lázaro. Seus ensinamentos sobre amor, humildade e perdão são apresentados no Sermão da Montanha, conquistando seguidores, mas também despertando a ira das autoridades religiosas. À medida que sua popularidade cresce, Jesus entra em conflito com fariseus e saduceus, que o veem como uma ameaça. Judas Iscariotes, um de seus discípulos, trai-o por trinta moedas de prata, entregando-o às autoridades romanas.

Preso e levado a julgamento diante do Sinédrio, do rei Herodes Antipas e de Pôncio Pilatos, Jesus é condenado à crucificação. Pilatos, hesitante, cede à pressão da multidão e o sentencia à morte. Ele carrega sua cruz até o Gólgota, onde é crucificado e morre após pronunciar suas últimas palavras. Três dias depois, Maria Madalena encontra seu túmulo vazio e ele aparece ressuscitado para seus discípulos, reafirmando sua missão e ordenando que espalhem sua mensagem pelo mundo.

 

A Paixão de Cristo

Dirigido por Mel Gibson, retrata as últimas doze horas da vida de Jesus Cristo, desde sua prisão no Getsêmani até sua crucificação e ressurreição. O filme começa com Jesus, interpretado por Jim Caviezel, em profunda agonia no Jardim das Oliveiras, onde é traído por Judas Iscariotes e capturado pelos soldados do templo. Levado ao Sinédrio, enfrenta um julgamento injusto conduzido pelos sacerdotes, que o acusam de blasfêmia e o entregam ao governador romano, Pôncio Pilatos.

Pilatos, relutante em condená-lo, tenta transferir a responsabilidade para Herodes Antipas, que, zombando de Jesus, o devolve ao governador. Pressionado pela multidão e pelos líderes religiosos, Pilatos oferece a libertação de um prisioneiro, colocando Jesus em disputa com Barrabás, um criminoso. O povo escolhe Barrabás, e Jesus é condenado à flagelação brutal, onde soldados romanos o torturam com chicotes de metal e espinhos, deixando-o à beira da morte.

Forçado a carregar sua cruz até o Gólgota, ele sofre quedas sucessivas sob o peso do madeiro e da dor. No caminho, encontra sua mãe, Maria, e Simão de Cirene, que é obrigado a ajudá-lo. No Calvário, Jesus é crucificado entre dois ladrões, suportando insultos e sofrimentos até sua morte. Suas últimas palavras refletem perdão e entrega a Deus, e no momento de sua morte, uma tempestade assola a terra e o véu do templo se rasga.

 

Ben-Hur

Com uma receita de 146 milhões de dólares, o épico bíblico de mais de três horas, Ben Hur, leva a medalha de ouro dos anos 1950. A obra vai muito ali de uma bilheteria explosiva, sendo na época, o filme mais caro e grandioso já produzido, sendo o maior investimento da história da MGM. Não por menos, a obra também ergueu 11 prêmios Oscar, incluindo melhor filme.

O filme conta a história de Judah Ben-Hur, um príncipe judeu que, após ser traído por seu amigo de infância Messala, é injustamente acusado de traição e condenado à escravidão. Sua jornada de sofrimento, vingança e redenção se entrelaça com eventos da vida de Jesus Cristo, criando um paralelo poderoso entre a narrativa pessoal e a espiritual.

O longa é lembrado por sua escala monumental, incluindo cenários deslumbrantes e figurinos impecáveis, mas o ponto alto é a icônica corrida de bigas, uma sequência de ação que continua impressionante até hoje, mesmo em comparação com os padrões modernos. Charlton Heston oferece uma performance intensa e carismática no papel principal, capturando a complexidade de um homem em busca de justiça, mas que encontra salvação.

 

As Crônicas de Nárnia

"As Crônicas de Nárnia" é uma série de sete livros escrita por C.S. Lewis entre 1950 e 1956, misturando fantasia, aventura e simbolismo cristão. A história se passa no mundo mágico de Nárnia, um reino habitado por animais falantes, criaturas mitológicas e governado por Aslan, um majestoso leão com claras referências a Cristo. Cada livro narra eventos em diferentes períodos da história de Nárnia, mas os mais conhecidos são aqueles que acompanham crianças do mundo real sendo transportadas para esse universo.

O livro mais famoso, "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa", segue os irmãos Pevensie – Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia – que descobrem Nárnia através de um guarda-roupa mágico. Lá, encontram um reino congelado pelo domínio da Feiticeira Branca, que simboliza o mal e a tentação. Com a ajuda de Aslan, lideram uma batalha para libertar Nárnia, e Aslan se sacrifica por Edmundo, ecoando a crucificação de Cristo, mas ressuscita triunfante.

Outros livros exploram diferentes eras de Nárnia. "Príncipe Caspian" mostra o retorno dos Pevensie para ajudar o jovem príncipe a restaurar o trono legítimo. "A Viagem do Peregrino da Alvorada" foca em Edmundo, Lúcia e seu primo Eustáquio, navegando em busca de sete nobres desaparecidos e enfrentando desafios que testam sua fé e coragem. "A Cadeira de Prata" acompanha Eustáquio e Jill na missão de resgatar o príncipe Rilian, filho do agora rei Caspian.

O desfecho da saga, "A Última Batalha", apresenta um apocalipse narniano, onde Aslan julga os habitantes de Nárnia e encerra sua existência, conduzindo os fiéis a uma nova e eterna Nárnia, em clara alusão ao Paraíso cristão.

A série, além de sua fantasia envolvente, carrega profundas mensagens morais e espirituais, sendo considerada uma alegoria cristã. As adaptações cinematográficas levaram "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" (2005), "Príncipe Caspian" (2008) e "A Viagem do Peregrino da Alvorada" (2010) para as telas, popularizando ainda mais esse universo encantador e simbólico.

 

Maria, Mãe de Jesus

"Maria, Mãe do Filho de Deus" (2003) é um filme brasileiro dirigido por Moacyr Góes e estrelado por Giovanna Antonelli no papel de Maria, com a participação especial do Padre Marcelo Rossi. A obra reconta a história de Jesus Cristo através da perspectiva de sua mãe, trazendo uma abordagem sensível e devocional à figura de Maria.

A trama é apresentada por meio da narrativa de um andarilho, interpretado por Padre Marcelo Rossi, que conta a história de Maria para um grupo de viajantes. A história começa com Maria ainda jovem, recebendo a visita do anjo Gabriel e aceitando sua missão divina de dar à luz ao Filho de Deus. Acompanhamos seu relacionamento com José, a difícil jornada até Belém para o nascimento de Jesus e a perseguição do rei Herodes, que leva a Sagrada Família a fugir para o Egito.

Conforme Jesus cresce e inicia sua missão, Maria acompanha sua trajetória com amor e preocupação. O filme dá ênfase ao sofrimento materno de Maria ao ver seu filho rejeitado, perseguido e condenado à morte na cruz. A crucificação é retratada de forma emocional, destacando a dor e a fé de Maria diante do sacrifício de Jesus.

 

Sonho Impossível

"Sonho Impossível" (também conhecido como Desafio de Gigantes, no original Facing the Giants, 2006) é um filme cristão dirigido por Alex Kendrick, que também estrela na produção. A obra, feita com orçamento modesto e elenco majoritariamente composto por membros da Sherwood Baptist Church, tornou-se um sucesso inesperado entre o público cristão, consolidando-se como um dos filmes inspiradores do gênero.

A história segue Grant Taylor, técnico de um time de futebol americano escolar que enfrenta uma série de dificuldades tanto na vida profissional quanto pessoal. Seu time, os Shiloh Eagles, está em uma longa sequência de derrotas, a escola considera substituí-lo, sua casa está caindo aos pedaços, e ele e sua esposa, Brooke, lutam contra a infertilidade. Sentindo-se sem saída, Grant recorre à oração e decide entregar totalmente sua vida e carreira a Deus, passando a liderar o time com uma nova perspectiva, baseada na fé e na confiança no poder divino.

À medida que Grant motiva seus jogadores a dar o melhor de si não apenas para vencer, mas para glorificar a Deus, o time começa a mudar. Apesar das dificuldades e da aparente desvantagem diante de adversários mais fortes, os Eagles passam a surpreender, avançando no campeonato. A mensagem do filme se intensifica quando Grant ensina aos jogadores que seu verdadeiro propósito vai além do futebol: trata-se de caráter, fé e superação.

O clímax acontece na final do campeonato estadual, onde, mesmo contra todas as expectativas, o time enfrenta um gigante esportivo e, com uma jogada decisiva, conquista a vitória. Mas o maior triunfo de Grant vem em sua vida pessoal, quando ele e sua esposa descobrem que estão esperando um filho, algo que acreditavam ser impossível.

 

Quarto de Guerra

"Quarto de Guerra" (War Room, 2015) é um filme cristão dirigido por Alex Kendrick, focado no poder da oração e na fé como ferramenta para transformar vidas e restaurar relacionamentos. Produzido pelos irmãos Kendrick, conhecidos por outros filmes cristãos de sucesso como Desafiando Gigantes e À Prova de Fogo, o filme se tornou um grande fenômeno entre o público cristão.

A história gira em torno de Elizabeth Jordan, uma corretora de imóveis bem-sucedida, mas cujo casamento está à beira do colapso. Seu marido, Tony, é um profissional arrogante e egoísta, distante da família e tentado por adultério. Em meio a essa crise, Elizabeth conhece Clara Williams, uma senhora idosa e sábia que a ensina sobre a importância da oração estratégica. Clara revela que tem um "quarto de guerra", um espaço em sua casa dedicado exclusivamente à oração, onde ela batalha espiritualmente pelos desafios da vida. Inspirada, Elizabeth começa a transformar seu armário em um lugar de oração e intercessão por sua família.

À medida que Elizabeth se dedica à oração, mudanças começam a acontecer. Tony enfrenta desafios que o levam a refletir sobre suas atitudes e, aos poucos, seu coração começa a se transformar. O ponto de virada acontece quando ele perde o emprego devido a uma atitude antiética e, em seu momento mais difícil, percebe o valor da fé e da família. Arrependido, ele busca reconstruir seu casamento e restaurar a confiança da esposa e da filha.

O filme culmina na restauração da família Jordan, mostrando que, por meio da oração e da entrega a Deus, a transformação é possível. Clara passa seu legado de intercessão para Elizabeth, incentivando-a a continuar a lutar espiritualmente por sua família e por aqueles ao seu redor.

 

Os Dez Mandamentos (1956)

"Os Dez Mandamentos" (The Ten Commandments, 1956) é um épico bíblico dirigido por Cecil B. DeMille, estrelado por Charlton Heston no papel de Moisés e Yul Brynner como o faraó Ramsés II. A produção grandiosa, com cenários monumentais e efeitos especiais inovadores para a época, tornou-se um dos maiores clássicos do cinema, recontando a história do Êxodo com dramaticidade e reverência.

A trama segue Moisés desde seu nascimento, quando sua mãe, para salvá-lo do decreto do faraó que ordenava a morte de todos os bebês hebreus, o coloca em um cesto no rio Nilo. Ele é encontrado pela princesa egípcia Bithiah e criado como príncipe do Egito, crescendo ao lado de Ramsés. No entanto, ao descobrir sua verdadeira origem hebraica, Moisés passa por um profundo conflito interno e, após matar um egípcio que maltratava um escravo, é exilado no deserto.

Durante seu tempo no deserto, Moisés se casa com Zípora e tem um encontro divino na sarça ardente, onde Deus lhe ordena que volte ao Egito para libertar os hebreus da escravidão. Retornando como mensageiro de Deus, Moisés confronta Ramsés, exigindo a libertação do povo. Diante da recusa do faraó, Deus envia as Dez Pragas do Egito, culminando na morte dos primogênitos egípcios, incluindo o filho de Ramsés. Devastado, o faraó finalmente permite que os hebreus partam.

Na icônica cena da travessia do Mar Vermelho, Moisés, guiado por Deus, ergue seu cajado e divide as águas para que os hebreus escapem. Ramsés, ainda tomado pela fúria, persegue-os com seu exército, mas as águas se fecham sobre os egípcios, selando a libertação do povo. Já no deserto, Moisés sobe ao Monte Sinai, onde recebe as Tábuas da Lei com os Dez Mandamentos. Entretanto, ao retornar, encontra os hebreus adorando um bezerro de ouro, demonstrando sua fragilidade espiritual. Como punição, Moisés destrói o ídolo e conduz seu povo em uma longa jornada rumo à Terra Prometida.

 

Cartas Para Deus

 Dirigido por David Nixon e inspirado em uma história real. A obra traz uma mensagem de fé, esperança e perseverança ao acompanhar a trajetória de um menino com câncer que encontra na oração uma forma de se conectar com Deus e inspirar aqueles ao seu redor.

A história segue Tyler Doherty, um garoto de oito anos diagnosticado com câncer terminal. Apesar da doença, Tyler mantém uma fé inabalável e desenvolve o hábito de escrever cartas para Deus, expressando suas dúvidas, agradecimentos e pedidos não apenas por si mesmo, mas também por amigos e familiares. Suas cartas são colocadas no correio como qualquer outra correspondência e acabam nas mãos de Brady McDaniels, um carteiro que enfrenta problemas pessoais e luta contra o alcoolismo.

Inicialmente cético e confuso sobre o que fazer com as cartas, Brady acaba se envolvendo com Tyler e sua família. Aos poucos, ele percebe que as mensagens do menino não são simples pedidos de ajuda, mas expressões sinceras de fé, amor e gratidão. O exemplo de Tyler começa a transformar a vida das pessoas ao seu redor, inspirando a comunidade a se unir em oração e solidariedade.

Conforme a doença avança, Tyler continua a escrever suas cartas, mantendo-se firme em sua crença de que Deus tem um propósito maior para sua vida. Sua fé toca profundamente aqueles que o conhecem, especialmente Brady, que encontra uma nova esperança e direção em sua própria vida.


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