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O Brasil em 1990: A Década Definitiva

Foto do escritor: Canal Cultura POPCanal Cultura POP

O Brasil é um país em constante batalha, marcado por desafios sociais, econômicos e culturais. Desde a proclamação da República, a nação enfrentou golpes, corrupção, crises e períodos de intensa instabilidade, colocando o povo em uma eterna rota de colisão. Ao longo das décadas, conquistar até mesmo o básico foi uma luta árdua, e pequenas vitórias sempre foram celebradas com intensidade.

Nos anos 1990, esse caos atingiu seu ápice. O Regime Militar havia chegado ao fim em 1985, abrindo caminho para a construção de uma nova Constituição, mas o país se viu mergulhado na maior taxa de inflação de sua história, que chegou a ultrapassar 2.000% ao ano no início da década, ampliando drasticamente a pobreza. A cultura, sufocada por anos de censura, tentava se reerguer enquanto a indústria do entretenimento brasileiro começava a ganhar nova projeção. O futebol, orgulho nacional, vivia um jejum amargo desde o tricampeonato de 1970, aumentando a sensação de frustração coletiva. O Brasil parecia estar sem rumo, sem esperança.

Mas foi justamente nesse cenário de crise que grandes transformações ocorreram. O Plano Real, implementado em 1994, estabilizou a economia e reduziu a hiperinflação. A globalização e a modernização da comunicação mudaram a forma como os brasileiros viam o mundo e a si mesmos. No esporte, o tetracampeonato de 1994 reacendeu a paixão nacional. Na música e na televisão, artistas e produções nacionais começaram a conquistar um novo prestígio. Ícones em diversas áreas ajudaram a resgatar o orgulho do país e a mostrar ao mundo que, apesar das dificuldades, o Brasil sabia se reinventar.

Hoje, vamos embarcar em uma viagem pela década que redefiniu a história brasileira, um período que não apenas trouxe estabilidade econômica, mas também consolidou a cultura pop nacional e projetou o Brasil no cenário global. Atravessando crises e conquistas, a nação chegaria ao novo milênio transformada, trazendo consigo a possibilidade real de alcançar o progresso estampado em sua bandeira.

 

Política

Talvez o capítulo mais marcante — e polêmico — da década. Desde o início dos anos 1980, eleições diretas para diversos cargos políticos já eram permitidas, mas o cargo mais cobiçado, o de Presidente da República, ainda era decidido por um colégio eleitoral. Isso só mudou em 1989, com a realização da primeira eleição presidencial direta da Nova República.

O pleito trouxe à tona nomes que marcariam o cenário político nacional nos anos seguintes, como Ulysses Guimarães (PMDB), Leonel Brizola (PDT), Mário Covas (PSDB), Enéas Carneiro (PRONA) e, especialmente, os dois candidatos que polarizariam a disputa: Fernando Collor (PRN) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com amplo apoio da TV Globo, a maior emissora do país, Collor rapidamente disparou nas pesquisas. Apesar de sua relativa "inexperiência" e do frágil apoio político de seu recém-criado partido, sua imagem de modernidade e combate à corrupção cativou o eleitorado. Já Lula, militante histórico do movimento sindical, havia tentado, sem sucesso, a prefeitura de São Paulo na década anterior, mas contava com o forte respaldo da esquerda brasileira.

Os debates foram acalorados, mas, para os padrões brasileiros, surpreendentemente técnicos. No primeiro turno, Collor avançou com 30% dos votos, enquanto Lula, com 17%, passou por uma disputa acirrada com Brizola, que obteve 16%.

No segundo turno, o país se viu diante de um candidato que se apresentava como um político moderado e outro claramente posicionado à esquerda. Os embates televisivos entre Collor e Lula pararam o Brasil, e alianças políticas começaram a ser forjadas. Brizola declarou apoio a Lula, mas isso não foi suficiente para reverter a vantagem de Collor, que venceu com 53% dos votos válidos contra 47% de seu adversário.

Eleito com 35 milhões de votos, Fernando Collor assumiu a presidência sob enormes expectativas, prometendo tirar o país da pior crise de sua história, um desafio que, segundo ele, seria resolvido com rapidez e eficiência.

Seu governo lançou de imediato o Plano Collor, uma série de reformas econômicas que buscavam estabilizar o país por meio de um choque de austeridade. O pacote incluiu a extinção do Cruzado Novo e a criação de uma nova moeda, o Cruzeiro, além de um conjunto de ações voltadas para a abertura econômica e a redução do Estado. No entanto, a medida mais drástica e impopular foi o confisco das cadernetas de poupança, que bloqueou o acesso da população a valores acima de 50 mil cruzeiros por 18 meses.

A justificativa para essa decisão era conter a inflação, que havia ultrapassado os 80% ao mês, drenando o excesso de dinheiro em circulação e impedindo a indexação desenfreada de preços. Contudo, a medida gerou pânico imediato. Empresas e cidadãos ficaram sem liquidez, o consumo despencou e milhares de negócios foram à falência. Para muitos brasileiros, a confiança no governo ruiu nesse momento.

O fracasso do Plano Collor I levou o governo a tentar uma nova abordagem em 1991, com o Plano Collor II, que reduziu drasticamente as taxas de juros e congelou preços e salários na tentativa de controlar a inflação. No entanto, a instabilidade econômica persistiu. O setor produtivo, já abalado pelo colapso do consumo, não conseguiu se recuperar a tempo, e a inflação continuou corroendo o poder de compra da população.

Ao mesmo tempo, Collor tentou promover uma ampla abertura do mercado brasileiro, reduzindo tarifas de importação e incentivando a entrada de produtos estrangeiros. Embora essa estratégia tenha modernizado alguns setores, muitas indústrias nacionais não conseguiram competir e acabaram fechando as portas, aumentando o desemprego.

Com a economia em frangalhos e sua popularidade em queda livre, Collor enfrentava uma crescente pressão política e social. Movimentos estudantis e entidades sindicais começaram a se organizar contra o governo, intensificando protestos em todo o país. O cenário de instabilidade culminaria no escândalo de corrupção que levaria ao seu impeachment, consolidando o período como um dos mais conturbados da história republicana brasileira.

Após a queda de Collor, Itamar Franco, seu vice, assumiu a frente do Governo, e iniciou um momento de certa ´´estabilidade´´ econômica. Através do Plano Real, proposto pelo então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, a hiperinflação enfim foi contida, e o valor da moeda brasileira se alinhou ao dólar americano. Porém, isso veio com um preço, como o imenso corte nos gastos públicos, para evitar déficits. Dessa maneira, a inflação foi de 2000% para 10% ao ano, enfim, após doze planos econômicos fracassados desde 1979, enfim a economia do país estava estável.

Fortalecido por seu vitorioso plano econômico, Fernando Henrique se tornou candidato a Presidência em 1994, uma vez que Itamar não tinha nenhuma pretensão de continuar. FHC tinha o apoio do povo, e uma postura moderada, somada a uma ótima oratório, inspirando sabedoria e confiança. Do outro lado, Lula, líder da oposição a Collor, e posteriormente a Itamar, se lançava novamente como candidato do PT, junto a outros nomes conhecidos como Brizola e Enéas, e alguns novos, como Espiridião Amin (PP) político de carreira, e gabaritado por ter sido Governador de Santa Catarina e Prefeito de Florianópolis, obtendo um imenso apoio no sul do país.

Porém, FHC, assim como Collor, tinha o apoio da mídia, que naquele período, era a ferramenta mais poderosa de informação e de certa forma de manipulação das massas, e desde cedo, ficou claro que ele seria eleito com facilidade. Ao fim do Primeiro Turno, o candidato do PSDB já estava eleito com 54% dos votos, mais precisamente 34 milhões de pessoas. Seu governo foi marcado pelo estabilidade econômica e a privatização de várias instituições públicas, como a Vale do Rio Doce e a Telebrás, medidas duramente criticadas pela oposição. Os gastos públicos eram mínimos, e o desemprego aumentava. A manutenção do Real custava caro ao país, que por vezes precisava apelar a empréstimos do FMI (Fundo Monetário Internacional). Por outro lado, Saúde e Educação foram consideravelmente melhoradas por meio de projetos do Presidente, e a redução de gastos, manteve a inflação sobre controle.

Porém, a medida mais polêmica de seu primeiro mandato, foi a criação da reeleição, cercada de suspeitas de corrupção. Assim, FHC se lançou para a reeleição em 1998, e mesmo com a baixa aprovação, seu nome estava no topo das pesquisas, pois as pessoas temiam a oposição de esquerda radical, e preferiam um candidato de centro, moderado e pragmático. Mesmo com a intensa campanha de TODOS os outros candidatos contra ele, FHC novamente ganhou no Primeiro Turno com 53% dos votos.

Nos quatro anos que se seguiram, Fernando continuou com seus projetos, e sua imagem deteriorou ainda mais, sendo ceifada junto com a de seu partido, após a crise energética que resultou no apagão de 2001, que afetou quase todo o país. O mandato de Fernando Henrique se encerrou em 2002, com uma aprovação de menos de 30%, mas, é inegável que seus planos econômicos, apesar de impopulares, foram vitais para a reestruturação fiscal do país, permitindo que novos projetos fosse realizados pelos futuros presidentes, graças ao sistema financeiro coeso deixado por Cardoso. Collor, FHC e Lula, foram as três figuras mais marcantes da política nacional na década de 1990, e sem dúvida, para o bem e para o mal, são também algumas das mais importantes da história do país, pois seus erros e acertos, moldaram o futuro do país até os dias de hoje. Agora, chega de política! Vamos falar um pouco sobre música, que em 1980 e 1990, viviam seu auge no nosso Brasil.

 

Música

Tim Maia certa vez disse: "A música brasileira é a mais linda, a mais harmônica, a mais vibrante do mundo." Hoje, essa afirmação pode gerar risos diante da realidade atual da indústria musical, onde a produção musical no Brasil parece muitas vezes industrializada, sem alma e focada mais no apelo de redes sociais e no consumo rápido do que na verdadeira inspiração artística.

Mas antes de sucumbirmos a essa visão simplificada, é importante lembrar que a música brasileira tem uma história rica de luta e resistência. Durante os anos de repressão do Governo Militar, muitos artistas foram silenciados pela censura, mas mesmo assim, alguns conseguiram driblar os censores, seja na clandestinidade, seja através de mensagens subliminares. O poder da música como forma de protesto foi uma constante, e as canções dessa época ainda reverberam como símbolos da resistência e da busca pela liberdade.

Nos anos 1980, a censura foi sendo gradualmente enfraquecida, e o Brasil assistiu ao florescimento de grandes bandas de rock, como Legião Urbana, Capital Inicial, Barão Vermelho e Roupa Nova. Esses grupos aproveitaram a recém-conquistada liberdade para expressar sua rebeldia e suas angústias, sendo um reflexo da juventude brasileira da época. Renato Russo, Cazuza e Dinho Ouro Preto, figuras emblemáticas, não apenas simbolizaram a revolta contra as desigualdades e o autoritarismo, mas também abraçaram a dualidade da alma brasileira — o amor e a alegria contrastando com as frustrações e a busca por uma identidade própria.

E é justamente essa dualidade que marcou os anos 1990, uma década que não foi definida apenas pelo rock e suas letras de protesto, mas pela imensa diversidade musical que tomou conta do Brasil. No campo do rock, a continuidade da produção de bandas como Legião Urbana, que lançou clássicos como “Tempo Perdido” e “Será”, foi apenas um dos aspectos desse período. O rock brasileiro dos anos 1990 não se limitou a esse nicho, mas também incorporou outros gêneros e influências.

Por exemplo, o axé se consolidou como um dos maiores fenômenos musicais do país, especialmente com a explosão de artistas baianos como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Chiclete com Banana. O axé trouxe uma energia vibrante para os carnavais e conquistou o Brasil com seus refrões contagiantes, se tornando símbolo de celebração e união. As batidas alegres e as letras de esperança capturaram o espírito do povo brasileiro de maneira única, sendo uma das maiores manifestações culturais da década.

O sertanejo também se reinventou nos anos 1990. O gênero, que já dominava as paradas desde os anos 1980, viu surgir uma nova geração de artistas como Zezé Di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo. Mas o grande marco dessa década foi o nascimento do sertanejo universitário, que passou a atrair um público jovem, moderno e que começava a se distanciar dos moldes tradicionais. Esse fenômeno foi essencial para a renovação do gênero, que se tornou mais acessível e popular do que nunca.

Ao mesmo tempo, o rap e o hip hop se firmaram como formas poderosas de expressão das juventudes periféricas. Grupos como Racionais MCs, O Rappa e Gabriel o Pensador trouxeram para a música brasileira uma nova perspectiva, com letras profundas sobre a desigualdade social, o racismo e a violência urbana. O rap brasileiro passou a ser visto não apenas como um gênero musical, mas como um movimento cultural que dava voz àqueles que tradicionalmente eram silenciados.

O samba, claro, continuou sendo uma das marcas registradas do Brasil, com grupos como Raça Negra dominando as paradas de sucesso. O pagode, em especial, se popularizou ainda mais, sendo uma verdadeira onda cultural, com canções que traduziram as alegrias e as dores do povo brasileiro.

Abaixo, algumas das músicas mais emblemáticas dessa década:

  • Tempo Perdido - Legião Urbana

  • Será - Legião Urbana

  • Anna Júlia - Los Hermanos

  • Evidências - Chitãozinho & Xororó

  • Nego Drama - Racionais MCs

  • É o Amor - Zezé Di Camargo & Luciano

  • Domingo de Manhã - Raça Negra

  • Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim - Ivete Sangalo

  • Festa - Ivete Sangalo

  • O Canto de Dona Sinhá - Daniela Mercury

Essas músicas e artistas refletem a enorme diversidade da música brasileira nos anos 1990. Essa década foi marcada por uma arte genuína, produzida por artistas que, mesmo diante das dificuldades da indústria e das transformações sociais, continuaram a criar com paixão e entrega. A música brasileira não se deixou ser apenas consumida, mas também ofereceu ao público uma experiência de identificação e pertencimento. O Brasil dos anos 1990 foi o palco de uma das suas maiores revoluções culturais, onde a música, em sua diversidade, capturou a alma do povo brasileiro e tornou-se, mais do que nunca, a verdadeira representação de sua identidade.

Se há algo que podemos concluir, é que os anos 1990 foram, sem dúvida, a era dourada da música brasileira — um período onde a arte foi celebrada, reinventada e, sobretudo, vivida. Mesmo com os desafios da indústria, a música brasileira mostrou ao mundo a sua imensa potência, emocionando e conectando gerações de ouvintes.

 

Esporte

O futebol brasileiro estava em baixa desde o tricampeonato no México, liderado pelo esquadrão de Pelé e companhia. Mesmo com grandes times, como o de 1982, que contava com craques como Zico, Sócrates e Falcão, a Seleção permaneceu na fila da Copa do Mundo por 24 anos. A sorte do Brasil começou a mudar em 1989, quando venceu a Copa América, superando o Uruguai na decisão com um gol de Romário, o personagem responsável por mudar para sempre a história do futebol nacional e quebrar o jejum de 40 anos sem Copa América.

O time de 1994 não era cotado para o título, já que sofreu até mesmo para se classificar para a Copa, precisando ao menos empatar com o Uruguai para garantir a vaga. Sob pressão, o técnico Parreira convocou Romário, cujo nome estava na boca do povo, e ele decidiu a partida com dois gols. A desconfiança e fragilidade que tomava conta da seleção nos últimos 24 anos agora era substituída pela marra e confiança de Romário, que prometeu: "Só volto dos Estados Unidos com a Copa do Mundo", e como todos sabem, ele cumpriu sua promessa e encantou o mundo no processo.

O atacante do Barcelona estava determinado a conquistar o título e, ao lado de Bebeto, brilhou, marcando gols em todos os jogos da fase de grupos e levando o Brasil à classificação em primeiro lugar. Nas oitavas, o Brasil encarou os donos da casa, vencendo por 1x0, com gol de Bebeto, em um jogo marcado pela cotovelada de Leonardo em Tab Ramos, que resultou na suspensão do brasileiro da Copa. A saída de Leonardo não afetou o time, já que seu substituto, Branco, foi o responsável pelo golaço da vitória contra a Holanda nas quartas, em um épico 3x2, no qual Romário e Bebeto também marcaram.

Nas semifinais, o Brasil reencontrou a Suécia e venceu com um gol antológico de Romário, que superou a defesa alta dos suecos com uma cabeçada precisa. Mais uma vez, Brasil e Itália se enfrentaram na decisão para determinar quem seria o primeiro tetracampeão do mundo, e mais uma vez, o Brasil levou a melhor. Após uma partida truncada, o jogo foi para as penalidades, onde brilhou a estrela de Taffarel, que defendeu o pênalti de Massaro. A cobrança desperdiçada por Baggio garantiu o quarto título brasileiro.

Romário cumpriu sua promessa e foi o craque da Copa, com 5 gols e 2 assistências, tornando, mais uma vez, o Brasil a maior seleção do planeta.

Com a taça na mão, a seleção retornou ao Brasil, sobrevoando as praias lotadas do Rio de Janeiro. Milhões de brasileiros estavam ali para celebrar com eles. Aqueles vinte e dois homens tornaram a vida difícil daqueles 146 milhões de brasileiros um pouco mais feliz, pelo menos por um dia. O futebol, especialmente no Brasil, sempre foi capaz de unir e alegrar as pessoas, e nenhum momento na história da seleção demonstrou isso tão bem quanto a conquista do Tetra.

Enquanto o futebol reacendia o orgulho nacional, outro ícone brasileiro levava o nome do país ao topo do automobilismo. Graças a Ayrton Senna, a Fórmula 1 se tornou uma verdadeira febre no Brasil. Desde a década de 1980, o maior piloto de todos os tempos trouxe alegria ao povo brasileiro com suas conquistas emocionantes, que faziam a nação celebrar tanto quanto o próprio Ayrton.

A figura de Ayrton Senna é, sem dúvida, uma das mais marcantes da história do Brasil, não apenas pelo seu talento inigualável como piloto, mas também por sua personalidade e seus princípios. Ele se tornou algo muito maior do que um simples atleta: um exemplo que inspirou milhões de brasileiros. Senna foi tricampeão mundial, mas considerava sua maior conquista a vitória no GP de Interlagos, em 1991, quando pôde, enfim, triunfar diante do povo brasileiro. A celebração foi indescritível, tanto nas arquibancadas quanto diante das TVs e rádios espalhados pelo país.

Ao longo de sua carreira, Senna ergueu a bandeira nacional diversas vezes, mostrando ao Brasil que era possível ser o melhor. Mais do que um ídolo, ele se tornou um símbolo de dedicação e superação. Sempre focado em aprimorar seu desempenho, ele via o talento como um ponto de partida, mas nunca como um limite. Seu compromisso com a excelência fez dele um exemplo de disciplina e trabalho árduo.

Infelizmente, todos sabem como essa história termina. A morte de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994, foi uma tragédia que parou o Brasil e o mundo. O acidente fatal em Ímola, durante o GP de San Marino, encerrou precocemente sua brilhante trajetória.

Naquele dia, o Brasil perdeu um de seus maiores ídolos, mas ganhou uma lenda. Seu legado transcendeu as pistas e permanece vivo, em parte graças ao Instituto Ayrton Senna, criado após sua morte, que já ajudou milhões de crianças a terem acesso à educação. Ainda assim, o impacto de Senna vai muito além dos números: ele influenciou gerações inteiras com sua determinação, humanidade e patriotismo.

Ayrton Senna não foi apenas um grande piloto, nem apenas um grande brasileiro, mas um grande ser humano. Ele e Romário, cada um à sua maneira, reacenderam o orgulho nacional e mostraram ao Brasil que, com talento e dedicação, era possível ser o melhor do mundo.


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