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Os Melhores Filmes de Cada Década

Atualizado: 13 de nov.

Fala nação, em mais uma viagem pelo tempo, hoje vamos desbravar a história da sétima arte, elegendo o melhor filme de cada década, de 1920 até 2020. Para escolher os melhores dos melhores, teremos como parâmetro: Crítica, bilheteria, influência e claro, nossa opinião. Os comentários estão sempre abertos para montar a sua lista, então não fique de fora, e bora começar!

 

1920- Metrópolis

Abrindo a nossa lista, adentramos nos tempos mais remotos do cinema, que começava a engatinhar no rumo das grandes produções, três anos após a criação da sétima arte no final dos anos 1890. A obra escolhida, Metrópolis, tem uma história bastante inusitada, tendo suas cópias quase totalmente destruídas na década de 1930, sendo algumas delas reencontradas somente nos anos 2000, na Argentina, onde foram reconstruídas.

A trama se passa em 2026, próximo da realidade que vivemos hoje. Na trama, a colossal cidade Metrópolis, é constituída inteiramente por arranha-céus, em um visual que serviu de referências para vários quadrinhos e filmes nos anos seguintes, inclusive a cidade Metrópolis de Superman, que também é recheada de prédios enormes e modernidade.

A obra faz uma crítica social, colocando os ricos como governantes displicentes da grande cidade, enquanto os trabalhadores que garantem o funcionamento da metrópole, são totalmente descartáveis.

O visual mais marcante, é a da robô Maschinenmensch, criada por um cientista chamado Rotwang, que criou a máquina baseada em sua esposa Hel, no intuito de substitui-la. Esse personagem é considerado um dos maiores efeitos especiais da sua época, e também serviu de base para obras futuras.

A trama tem uma intensa crítica política, inovadora no cinema da época, tem efeitos e cenários magníficos, sendo sem dúvida, uma filme digno da primeira posição, mas, existe outra obra que para mim merece uma oportunidade por aqui.


Nosferatu

Outra obra do expressionismo alemão, Nosferatu é uma releitura da obra ´´Drácula´´ de Bram Stoker, lançada em 1922. A trama é praticamente idêntica ao livro de Stoker, apenas alterando os nomes. Hutter (Jonathan Harker) viaja até a Transilvânia, onde conhece o conde Orlok (Drácula), que deseja comprar uma casa em Wisborg, em frente a de Hutter. O jovem corretor sofre nas mãos do vampiro milenar, até o mesmo viajar para sua nova casa, e consigo trazer uma onda sem fim de morte, ao espalhar Peste Negra pelas ruas de Wisborg.

O alvo principal de Orlok, era Ellen (Mina Murray), mulher de Hutter, que ao ser atacada pelo lorde das trevas, consegue distrai-lo por tempo suficiente, para que o monstro moribundo morra, queimado até as cinzas pelos raios solares da manhã.

Sabendo desse plágio, a mulher do escritor decidiu processar a produtora do longa (que faliu logo depois do lançamento do filme), forçando suas cópias a serem destruídas, no entanto, algumas cópias conseguiram escapar da fogueira e levaram o clássico através dos anos.

 

1930- Branca de Neve

O primeiro longa-metragem da Disney, Branca de Neve é baseada no clássico conto dos irmãos Grimm, mas assim como toda a adaptação da Disney, bastante amenizada, pois senão, seria mais um filme de terror, do que um filme infantil.

A trama é a mais manjada de todas, a Rainha Má, é uma tirana fascinada pela própria beleza, passando seus dias diante do espelho, perguntando ao escravo preso nele, quem era a mais bela de todas, e ele, todos os dias, repetia, que era vossa majestade, até que um dia, deixou de ser.

A Rainha tinha uma enteada, a Princesa Branca de Neve, que ela sabia que poderia desbanca-la como a mais bela de todos, e por isso, a megera a colocou para fazer papel de empregada, passando seus dias trabalhando e vestindo trapos, mas ainda sim, ela se tornou a mais bela. Tomada pelo ódio, a Rainha exige que o Caçador mate a princesa, trazendo seu coração como prova. Ele quase cumpre a missão, mas fraqueja, implorando que a Princesa fuja para o mais longe que puder, onde a Rainha não possa acha-la. A sequência da fuga da garota através da floresta, é um show a parte, sendo realmente assustadora e repleta de efeitos belíssimos. Após esse terror, ela chega a casa dos Sete Anões, onde conhece cada um deles, e passa a viver ao seu lado, até ser encontrada pela Rainha, que disfarçada de mendiga, oferece uma maça envenenada a Princesa, que ao morder, mergulha em um sono mortal.

Os anões perseguem a bruxa, buscando vingar a morte da Princesa. Na perseguição, a Rainha acaba caindo de um penhasco, morrendo de maneira horripilante. Branca de Neve é colocada em uma redoma de vidro, sem vida, até ser encontrada pelo Príncipe Florian, que com um beijo de amor verdadeiro, devolve a vida a sua amada, e eles partem juntos rumo ao lindo castelo de Florian, onde seriam felizes para sempre.

Mesmo com clássicos como Mágico de Oz, E o Vento Levou e Tempos Modernos, acho que nenhum filme foi tão grandioso para o cinema futuro, quanto Branca de Neve, por ter aberto alas para a Era de Ouro da Disney.

 

1940- Cidadão Kane

Dirigido por Orson Welles, Cidadão Kane é um marco cinematográfico que redefiniu o cinema em termos de narrativa e técnica. A trama gira em torno da vida de Charles Foster Kane, um magnata da mídia inspirado em figuras reais como William Randolph Hearst. A história é contada através de uma série de flashbacks investigativos, conduzidos por um repórter que tenta decifrar o significado da última palavra de Kane: "Rosebud."

Esse enigma nos conduz pela vida do protagonista, revelando uma trajetória de ambição, solidão, e perda. A grande inovação do filme está não apenas na complexidade psicológica de Kane, mas também na técnica revolucionária: o uso de profundidade de campo, ângulos de câmera inusitados, e uma iluminação que lembra o expressionismo alemão. Essas escolhas ajudaram a construir o mistério e a grandiosidade que cercam o personagem e seu império.

Welles aproveitou os recursos cinematográficos para compor uma crítica à busca incessante por poder e sucesso material, expondo a fragilidade emocional e o vazio que marcam a vida de Kane. A estrutura não linear e o uso de várias perspectivas dão uma camada de complexidade à narrativa, incentivando o espectador a questionar o que realmente motiva o ser humano.

 

1950- 12 Homens e uma Sentença

A trama se inicia em um tribunal, onde um jovem de 18 anos está prestes a ser condenado a cadeira elétrica, suspeito de matar o próprio pai a facadas. Seu caso vai para júri popular, onde aparentemente ele seria condenado por uma unanimidade, e isso quase acontece, porém, um único homem permanece com sua mão abaixada, sendo pressionado pelos outros, que desejavam acabar rápido com o problema, demonstrando certo desprezo pela situação do garoto.

Mesmo pressionado, o homem sem nome enfrenta os jurados, e põe as supostas provas sobre contestação. Ao longo do filme, ele desmente cada uma das provas, porém, sempre com incerteza, provando que tanto o lado favorável a condenação, quanto favorável a liberação, trabalham com a incerteza em relação as testemunhas e provas, algo que da graça a obra, pois nos envolvemos com a situação deles, sendo impossível saber 100% se o garoto tem culpa ou não, podendo recair sobre suas mãos, o peso de executar um inocente ou soltar um assassino.

Ao longo da obra, os testemunhos são postos em cheque, as contradições da declaração do réu são revistas, e pouco a pouco, o jogo vai virando, mas existem três homens que insistem em sua posição até o fim. Percebemos que para alguns deles, aquilo é um caso pessoal, envolvendo problemas do passado, preconceitos enraizados ou puro desinteresse de estar ali presente.

Por fim, não revelarei o desfecho final da obra, para não estragar a experiência, porém, recomendo fortemente a obra, principalmente para os fãs do cinema clássico. Apesar do ritmo lento, tradicional do período, mas ainda sim, sendo envolvente e divertido, te fazendo pensar como se fosse um deles. Os personagens não tem seu nome revelado, nem suas histórias, então, não temos como nos apegar previamente a ninguém, mantendo nossa mente limpa, para absorver apenas o que ocorre no presente. Sem dúvida, é um dos melhores filmes criminais já feitos, com um verdadeiro show de roteiro e direção, que compensam totalmente a produção extremamente simples.

 

1960- Psicose

Um dos melhores filmes de suspense da história e pai do terror das duas décadas seguintes. Psicose, de 1960, carrega consigo uma imensa carga nostálgica, sendo eternamente lembrado por cenas memoráveis, como o ataque no chuveiro e desmascaramento de Norman, mas, a grandiosidade da obra vai muito além de seus pontos mais marcantes.

Anthony Perkins, ator que deu vida ao icônico vilão Norman Bates, tinha status de galã em Hollywood, mas, para dar vida ao papel que lhe marcaria para sempre, praticamente abriu mão desse status, pois o terror era considerado um gênero sujo, de segundo categoria, e jamais um ator daquele calibre, poderia estar em uma obra desse tipo, porém, eles não sabiam o nível da obra que estava sendo desenvolvida pelo brilhante Alfred Hitchcock.

Psicose acompanha a jovem Marion Crane, que passava por dificuldades financeiras, assim como seu namorado, Sam Loomis. Em um ato desesperado, ela rouba um cliente de sua firma, levando consigo sua mala, com mais de 40 mil dólares.

Marion foge pela estrada, sendo parada por um policial que suspeita dela, mas acaba a deixando passar. Ao longo da fuga, Crane fica tensa, quase pensando em voltar e admitir o crime, mas algo muda em seu rosto, uma espécie de maldade toma conta dela, pondo um sorriso em seu rosto, a adrenalina do crime, estava tomando conta dela, impedindo qualquer arrependimento, mas mal ela sabia, que aquilo iria custar caro demais, muito mais mais que míseros 40 mil.

Marion se abriga em um humilde Motel de beira de estrada, coordenado pelo jovem solitário Norman Bates. Bates convida a jovem para jantar, e se mostra muito estranho, especialmente em relação a sua mãe, tendo uma espécie de dependência dela. Naquela mesma noite, Marion é esfaqueada por uma figura misteriosa no chuveiro de seu quarto, tendo todos os seus vestígios apagados por Norman. Essa cena é fantástica, pois demonstra uma cena violenta de maneira que não mostra nem os ferimentos, nem a nudez, mas, que ainda sim consegue ser tensa, e esconde bem a identidade do assassino, que fica subentendido ser a mãe de Bates

Enquanto isso, Lyla Crane (Irmã de Marion) e Sam, saem em sua procura, assim como Arbogast, um detetive particular. O detetive chega ao Bates Motel, e é morto por Norman. Apenas no fim da trama, Sam e Lyla descobrem os crimes de Bates, que se vestia como sua própria mãe para cometer os crimes, tendo uma espécie de dupla personalidade, e quando sua mãe assumia, ela destruía qualquer um que cruzasse seu caminho, especialmente mulheres, que poderiam levar seu filho para o mal caminho.

A trama é sensacional, a direção é brilhante, e as atuações são simplesmente ótimas, especialmente a de Anthony Perkins como Norman Bates. Mas, algo que vai além de todas essas qualidades, é a trilha sonora espetacular composta por Bernard Hermann, que marcou a história do cinema.

 

1970- Poderoso Chefão

O Poderoso Chefão, dirigido por Francis Ford Coppola e baseado no romance de Mario Puzo, é amplamente considerado um dos melhores filmes de todos os tempos. Estrelado por Marlon Brando, Al Pacino, James Caan e Diane Keaton, o filme mergulha o espectador na complexa e violenta vida da família Corleone, uma poderosa organização criminosa ítalo-americana.

A história gira em torno de Don Vito Corleone (Brando), o chefe de uma das famílias mafiosas mais influentes de Nova York, e seu filho Michael (Pacino), que inicialmente se mantém afastado das atividades da família. Quando a violência e as intrigas entre as famílias rivais ameaçam destruir os Corleone, Michael é forçado a entrar no mundo que tanto evitava, e sua transformação gradual é uma das trajetórias mais intrigantes da narrativa.

Coppola cria um ambiente onde a honra e a lealdade familiar contrastam fortemente com a crueldade e a corrupção. A atmosfera sombria e a tensão constante são realçadas pela fotografia magistral de Gordon Willis, que utiliza sombras profundas e iluminação dramática para criar um clima de mistério e perigo. A trilha sonora icônica de Nino Rota, com seu tema melancólico, evoca a tradição italiana e sublinha o tom trágico da história.

Marlon Brando entrega uma atuação lendária como Don Vito, imortalizando seu personagem com a fala arrastada e a postura imponente. Pacino, por sua vez, evolui de um jovem inocente a um líder frio e calculista, numa das atuações de transformação mais bem desenvolvidas do cinema. A exploração de temas como poder, moralidade e sacrifício pessoal são abordados com profundidade, tornando o filme um estudo poderoso da natureza humana e da luta interna entre os valores familiares e o peso do crime.

Tanto o filme original, quanto sua sequência lançada dois anos depois, se encontram indiscutivelmente entre os melhores filmes dos anos 1970 e da história, mas, a um clássico do cinema de super-heróis, que eu simplesmente não poderia deixar passar em branco.


Superman: O Filme

O filme de super-herói definitivo. Superman de 1978 foi um marco do cinema de super-heróis, trazendo o lendário Christopher Reeves, no papel do maior herói de todos os tempos, em um blockbuster que trazia consigo o maior orçamento do cinema até então, e uma promessa muito repetida pelo diretor Richard Donner, em relação aos efeitos especiais do filme: Você vai acreditar que um homem realmente pode voar.

A trama adapta brilhantemente a origem do herói nos quadrinhos, demonstrando brilhantemente os poderes e a moral do herói, com cada momento em que o Superman surge, sendo carregado de grandeza e esperança. A primeira aparição do Homem de Aço em Metrópolis, quando ele salva Lois de um acidente de helicóptero, é de arrepiar, e traduz perfeitamente a grandeza Superman dos quadrinhos.

Reeves é brilhante, trazendo uma atuação tão inigualável, que fez o disfarce Superman/Clark Kent ser realmente convincente, com a perfeita divisão da seriedade e firmeza do Escoteiro Azul, com a galhofice e desastreza de Kent. Mas, a cereja do bolo, é a trilha sonora de John Williams, que se tornou o tema definitivo do herói, trazendo um tom messiânico e belíssimo ao personagem, fazendo desse, um clássico incontestável.

 

1980- De Volta Para o Futuro

De Volta para o Futuro, dirigido por Robert Zemeckis e produzido por Steven Spielberg, é um clássico da ficção científica e da comédia que conquistou várias gerações com sua combinação de aventura, humor e uma narrativa engenhosa sobre viagem no tempo. O filme é protagonizado por Michael J. Fox, como o jovem Marty McFly, e Christopher Lloyd, como o excêntrico cientista Dr. Emmett Brown.

A trama segue Marty, um adolescente de Hill Valley, que acidentalmente viaja de 1985 para 1955 em um DeLorean modificado por Doc Brown para ser uma máquina do tempo. No passado, Marty encontra seus pais adolescentes e precisa garantir que eles se apaixonem, pois o futuro de sua própria existência depende disso. A situação se complica quando sua mãe, Lorraine (Lea Thompson), desenvolve uma queda por ele, e ele precisa desviar o curso dos eventos para não mudar o futuro drasticamente.

Zemeckis constrói uma narrativa cheia de tensão e diversão, com um enredo onde cada pequeno detalhe – como o relógio da torre da cidade, o famoso skate de Marty e o DeLorean – se entrelaça de maneira surpreendente e se desenvolve em um ritmo perfeito. O filme aborda temas como destino, identidade e responsabilidade, trazendo questões complexas sobre causa e efeito, mas o faz com leveza e humor.

A química entre Fox e Lloyd é uma das forças do filme. Marty, com sua sagacidade e determinação, e Doc, com sua genialidade caótica, criam uma dupla icônica e bem-humorada. Porém, os anos 1980 contam com diversos clássicos, e mais uma vez, eu simplesmente não poderia deixar um dos meus filmes favoritos de fora.


Star Wars: Império Contra-Ataca

Sem surpresa para ninguém, o melhor filme de Star Wars. ´´O Império Contra-ataca´´ é uma verdadeira obra prima, sendo um filme de ação simplesmente sem interrupções e frenético, tem sempre algo acontecendo em tela. Darth Vader está em seu auge aqui, assumindo o protagonismo, tendo as suas melhores cenas, acompanhadas da lenda trilha sonora ´´Marcha Imperial´´. Conhecemos Yoda, que se tornou um dos personagens mais famosos do cinema, que treina Luke nos caminhos da força.

O ponto mais alto do filme, é o duelo entre Luke e Vader em Bespin, onde o Lorde Sith revela ser o pai de Skywalker, em uma das cenas mais marcantes da cultura pop.

 

1990- Um Sonho de Liberdade

Aqui, teremos não somente uma, como três opções!

Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption), dirigido por Frank Darabont e baseado em uma história de Stephen King, é uma obra-prima sobre a força da esperança, da amizade e da redenção, que se tornou um dos filmes mais reverenciados de todos os tempos. Ambientado na penitenciária de Shawshank, o filme explora a jornada de Andy Dufresne (Tim Robbins), um banqueiro injustamente condenado por assassinar sua esposa e o amante dela, e Red (Morgan Freeman), um preso de longa data que se torna seu amigo e confidente.

A história é narrada por Red, cuja voz serena e reflexiva é uma âncora emocional para o filme, e aborda o impacto de Andy em Shawshank e nas vidas daqueles ao seu redor. Andy, com sua inteligência e calma, adapta-se ao ambiente hostil da prisão, oferecendo esperança e ajuda aos outros presos, seja organizando uma biblioteca ou auxiliando financeiramente os funcionários da prisão. A resistência e perseverança de Andy diante da brutalidade e desumanidade da vida carcerária tornam-se uma fonte de inspiração.

A amizade entre Andy e Red é o coração da narrativa. Eles compartilham experiências que transcendem o desespero da prisão, e, através de suas conversas sobre sonhos e liberdade, o filme explora questões profundas sobre o sentido da vida e o que significa encontrar redenção.


Pulp Fiction

Pulp Fiction, dirigido por Quentin Tarantino, é um filme que redefiniu o cinema moderno ao misturar de forma engenhosa violência, humor negro, referências culturais e uma narrativa não linear. A trama é composta por várias histórias entrelaçadas que seguem os caminhos de criminosos, assassinos e outras figuras do submundo de Los Angeles, com personagens icônicos como Vincent Vega (John Travolta), Jules Winnfield (Samuel L. Jackson), a enigmática Mia Wallace (Uma Thurman) e o boxeador em fuga Butch Coolidge (Bruce Willis).

O filme é notável pelo seu roteiro dinâmico e cheio de diálogos inteligentes e peculiares, que tornaram falas corriqueiras em momentos de grande impacto e humor. Tarantino utiliza uma estrutura narrativa única, onde eventos são contados fora de ordem cronológica, criando uma experiência de suspense e surpresa para o espectador à medida que as histórias se conectam de maneiras inesperadas. Essa abordagem fragmentada desafia as convenções tradicionais de contar histórias e faz de Pulp Fiction um filme inovador em seu tempo.

Além da estrutura, Pulp Fiction também é marcado pelo estilo visual e referências à cultura pop, que se tornaram assinatura de Tarantino. Cada cena é carregada de personalidade, com diálogos memoráveis, tomadas cuidadosamente estilizadas, e uma trilha sonora que se entrelaça perfeitamente com o tom do filme, trazendo de volta músicas dos anos 60 e 70 que adicionam uma camada de nostalgia e autenticidade ao ambiente.


Jurassic Park

A primeira obra da franquia, dirigida pelo brilhante diretor Steven Spilberg, narra a história de Alan Grant e Ellen Satler, dois estudiosos da paleontologia, que recebem uma proposta do magnata John Hammond, para conhecer seu mais novo parque temático, que ao chegar, eles descobrem abrigar dinossauros reais, vivos, e recriados a partir de material genético de sapos, e DNA de dinossauros preservado em mosquitos petrificados em âmbar.

Junto a dupla, foram convidados os netos de Hammond, Timmy e Alex, o teórico Ian Malcom e o advogado, Donald Gennaro. Hammond explica a todos o funcionamento do parque, que apesar de impressiona-los, igualmente os espanta. A depravação do curso natural ficava claro dentro daquele parque, um conglomerado de geneticista brincando de Deus.

Todos se põe contra o projeto, menos Gennaro, que enxerga somente o ganho financeiro que aquilo acarretaria, tendo em vista que as pessoas não poupariam despesas para ir até o parque.

Logo no início, temos cenas incríveis, como a aparição do Braquiossauro, que demonstra uma mistura perfeita de visual e sonoro, pois além de belíssima estética, a cena trás uma carga emocional ainda mais forte, com a trilha sonora incrível de John Willians, um verdadeiro gênio do cinema.

No entanto, Dennis Nedry, uma peça chave para o funcionamento do parque, traí a todos, roubando os DNA de dinossauro e tentando fugir com eles, para vende-los a alto custo, e de quebra, desativou completamente o sistema de segurança da ilha, libertando as feras pelo local. Nesse momento, Alan, Ian, Donald e as crianças, viajavam com os carros automáticos do Jurassic Park, que foram desligados em frente ao cercado do T-Rex, onde temos a cena suprema do filme. A Tiranossauro rompe a cerca de segurança, e ataca o carro das crianças, que são salvas por um ato insano de Ian, que ativa um sinalizador para distrair a gárgula colossal. Gennaro não teve a mesma sorte, a abriu a contagem de baixas da noite, sendo morto pelo Tiranossauro. Nedry teve o mesmo destino, sofrendo um acidente ao tentar escapar da ilha, e sendo devorado por um Dilofossauro, um animal pequeno e aparentemente inofensivo diante de um homem adulto, mas que com seu veneno, poderia cega-lo por tempo o bastante para encerrar sua vida. Porém, Nedry ainda havia deixado um legado sombrio, o sistema do parque totalmente defeituoso, que precisaria ser reiniciado por Arnold, que acaba morto pelos Raptores recém fugidos antes de completar sua missão.

Alan salva as crianças e foge por um lado, enquanto Ian fica para trás e acaba salvo por Ellen, com ajuda do caçador Robert Muldoon. A partir daí, temos um jogo de gato e rato entre dinossauros e humanos na ilha, já que aquelas criaturas, principalmente na versão original, eram verdadeiras máquinas assassinas, não se preocupando em caçar apenas para satisfazer sua fome, mas pelo puro prazer de ceifar vidas, os transformando em verdadeiros monstros.

Ellen restabelece a energia, e Muldoon acaba morto pelos Velociraptores, que se tornam a principal ameaça da ilha, por serem menores e mais inteligentes que o T-Rex, podendo bolar planos e mata-los de maneiras variadas, lhes tornando uma ameaça horripilante.

Ellen se reencontra com Alan, Timmy e Alex no Salão Principal, onde eles tem uma última fuga dos Raptores, sendo salvos pelo T-Rex, que devora seus pequenos adversários. Com o sistema de segurança completamente operacional, eles puderam chamar ajuda militar, e rapidamente foram retirados da ilha, e agora mais do que nunca, Grant tinha certeza, de que não aprovaria o parque de Jonh, algo que o próprio concordava.

Jurassic Park é uma obra sensacional, com uma produção excepcional, trilha sobrenatural, ótimas atuações, e trama envolvente e dinâmica, sendo seguramente um dos melhores filmes da história, como foi comprovado com suas notas acima de 90% na crítica, e bilheteria de 1 bilhão de dólares, em uma época onde esse feito era ainda mais expressivo.

Talvez pela sua fidelidade considerável a obra de Michael, a trama mantém a questão filosófica sobre a ética de recriar seres já extintos, priva-los da liberdade, e como eles não são de forma alguma animais, já que agem de maneira até mesmo sádica. As interações entre os personagem também divertem, como o relacionamento implícito entre Ellen e Alan sendo posto a prova pelos galantes de Iam sobre a doutora, o amadurecimento de Grant em relação ao convívio com crianças, sendo eles responsável por proteger os netos de Hammond ao longo do filme, e a compreensão por parte do próprio diretor do parque, de que era impossível controlar a vida, pois ela sempre acharia um jeito de superar qualquer barreira que ele imaginasse, e que certos sonhos devem permanecer apenas no campo das ideias, caso não sejam éticos, ou mesmo, sãos. As reflexões levantas para obra são intrigantes, e os animatrônicos tornam as cenas de ação com os dinossauros ainda mais fenomenais, sendo seguramente um dos meus três filmes favoritos de todos os tempos.

 

2000- Batman: O Cavaleiro das Trevas

O maior filme de herói já feito, e um dos melhores filmes de todos os tempos. Eu admito ser fanboy desse filme, mas a sua qualidade é inegável, com uma trama investigativa sensacional, levando todos os personagens ao limite, e com um final dramática.

O grande destaque desse filme, é a atuação lendária de Heath Ledger como Coringa, que mesmo falecido, recebeu um Oscar postulante, como melhor ator coadjuvante. Além do Oscar, a atuação de Ledger rendeu mais 6 premiações. No geral, o filme faturou mais de 10 prêmios, sendo eleito pelo Empire Award, como melhor filme do ano.

O elenco desse filme também é invejável, com Gary Oldman como Jim Gordon, Michael Caine como Alfred, Morgan Freeman como Lucius Fox, Aaron Eckhart como Harvey Dent, além de Christian Bale como Batman e o fenomenal Heath Ledger como Coringa. São atores de elite, que entregam um trabalho impecável, com atuações perfeitas e emocionantes, nos conectando com cada um dos personagens.

A cereja do bolo. A história desse filme é simplesmente ESPETACULAR, saindo dos moldes tradicionais, e dando muito destaque para personagens secundários, e levando Batman ao limite. A relação do Coringa com Batman é extremamente bem explorada, e todo o plano do palhaço que contrasta totalmente com a visão do herói, torna a trama bastante reflexiva.

O final do longa é de arrepiar, com o Coringa tentando pela última vez corromper o povo de Gotham, e sendo frustrado, mostrando que nem todos são podres como ele, mas, ele ainda tinha uma carta na manga, um Harvey Dent louco e desfigurado, sedento por vingança.

Após salvar a família Gordon, Batman finaliza o longa com um discurso emocionante, assumindo a culpa pelos crimes de Dent, para que a cidade não perdesse a esperança, e os criminosos presos pela lei Dent, não fossem soltos, em uma sequência de diálogos sensacionais com o Comissário Gordon.

Cavaleiro das Trevas faturou mais de 1 bilhão das bilheterias e uma nota de 94% no Rotten, sendo para mim, o melhor que o cinema de heróis tem a oferecer.


Senhor dos Anéis: Retorno do Rei

O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, dirigido por Peter Jackson, é o épico final da trilogia baseada nas obras de J.R.R. Tolkien, e uma das adaptações cinematográficas mais ambiciosas e aclamadas da história. Lançado em 2003, o filme se tornou um marco do cinema, recebendo 11 Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. Essa conclusão épica da saga leva a história de Frodo, Aragorn, Gandalf e todos os povos da Terra Média ao seu clímax, com batalhas grandiosas, sacrifícios emocionantes e um senso de encerramento que captura a essência heroica da obra original.

A narrativa de O Retorno do Rei acompanha os personagens em sua última e mais arriscada tentativa de derrotar Sauron e destruir o Um Anel. Frodo e Sam continuam sua jornada perigosa até Mordor, onde enfrentam a tentação do poder do anel e a traição iminente de Gollum. Ao mesmo tempo, Aragorn, Legolas, Gimli, Gandalf e os exércitos aliados se preparam para a batalha final nos campos de Pelennor. Jackson mistura essas jornadas pessoais e épicas, criando uma tensão que envolve o público e leva a um desfecho repleto de emoção e adrenalina.

As cenas de batalha, como a Batalha de Minas Tirith, são visualmente impressionantes e representam uma conquista técnica e narrativa, com efeitos visuais revolucionários e uma escala raramente vista no cinema. Jackson conseguiu combinar efeitos digitais com ação ao vivo de forma fluida, criando cenas memoráveis e imersivas, onde o espectador sente o peso da guerra e da coragem dos personagens. A trilha sonora de Howard Shore eleva a experiência, oferecendo temas que intensificam o tom heroico e nostálgico da conclusão.

 

2010- Interstelar

Dirigido por Christopher Nolan, Interestelar é um épico de ficção científica que explora o futuro da humanidade em um cenário apocalíptico, onde a Terra se encontra à beira do colapso ambiental. Lançado em 2014, o filme é reconhecido pela ousadia visual e pela profundidade de sua narrativa, que combina ciência e drama humano, oferecendo uma experiência intensa sobre exploração espacial, tempo e sacrifício.

A trama gira em torno de Cooper (Matthew McConaughey), um ex-piloto da NASA e agricultor, que é chamado para uma missão perigosa com o objetivo de salvar a humanidade. Ele se junta a uma equipe de astronautas em busca de um novo lar para a raça humana em galáxias distantes, passando por um buraco de minhoca próximo a Saturno, que serve como uma espécie de portal para outros sistemas habitáveis. A missão exige que Cooper deixe sua família na Terra, incluindo sua filha Murph (Mackenzie Foy e Jessica Chastain, em fases distintas da vida), e explore realidades muito além de sua compreensão.

Um dos aspectos mais elogiados do filme é a atenção de Nolan aos detalhes científicos. A produção contou com a consultoria do físico teórico Kip Thorne, e o filme busca ilustrar conceitos científicos complexos, como relatividade do tempo, buracos negros e dimensões alternativas, de forma impressionante e visualmente convincente. A representação do buraco negro Gargantua, em especial, trouxe um grau de precisão inédito para o cinema, ganhando aclamação tanto do público quanto da comunidade científica.

Além dos elementos científicos, Interestelar é essencialmente uma história sobre amor e sacrifício. A relação entre Cooper e Murph é o coração emocional do filme, conferindo à trama um peso que ultrapassa a ficção científica tradicional. O tema do amor como uma força capaz de transcender tempo e espaço é abordado de maneira profunda e poética, especialmente quando a missão exige que Cooper faça escolhas dolorosas, enfrentando as consequências da dilatação temporal e da passagem dos anos sem retorno imediato.


Vingadores: Guerra Infinita

O melhor filme da Marvel. Guerra Infinita é um filme simplesmente épico e frenético, conseguindo reunir todos os heróis do MCU em um único filme, conseguindo trazer cenas ótimas com cada um deles. Os destaques são vários, seja a ótima participação de Thanos como vilão, o arco de Thor ou as cenas de ação, tudo nesse filme é muito bem amarrado e eletrizante, uma obra praticamente perfeita. Esse filme é de importância enorme para todo o MCU, e na minha opinião, é tão bom quanto Ultimato.

Guerra Infinita bateu 2 bilhões nas bilheterias, e conquistou notas altas da crítica, como 85% no Rotten.





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3 Comments


Fh L
Fh L
há 6 dias

Conteúdo riquíssimo 👏👏👏

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Minha lista:

1920- O Garoto

1930- Mágico de Oz

1940- Cidadão Kane

1950- Dançando na Chuva

1960- Psicose

1970- Tubarão

1980- Star Wars: Império Contra-Ataca

1990- Matrix

2000- Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

2010- Vingadores: Ultimato



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Lista polêmica! Daria pra incluir mais alguns.

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