Todo o fã de cinema algum dia já se perguntou, qual seria a melhor franquia de filmes de todos os tempos? E com o terror não é diferente, já que se trata de um gênero com milhares de franquias, algumas que se levam a sério, e outras uma completa galhofa, criadas principalmente nas décadas de 1970 e 1980. Hoje, estaremos debatendo, qual é a melhor franquia de terror, entre as mais conceituadas entre as décadas de 1970 e 1990.
Sexta-Feira 13
A mais popular entre elas. Sexta-Feira 13 nasceu em 1980, para surfar na onda de Halloween, mas, acabou se tornando tão icônica quanto a franquia que lhe inspirou. Desde o primeiro filme, a fórmula da série foi a mesma, violência e sexualidade explicita. Devo dizer que não sou dos maiores admiradores desse tipo de terror, no entanto, é inegável o sucesso que a franquia fez, e o quão relevante foi para o gênero.
O vilão, Jason, se tornou um dos maiores ícones da cultura pop, que mudou de visual ao longo dos filmes. Em sua primeira aparição, na obra original, temos uma versão magra e deformada do Menino do Lago, aparecendo somente na última cena. No segundo filme, onde Jason assume o cargo de vilão, deixado por sua mãe, ele utiliza um saco de batata na cabeça, posteriormente substituído pela lendária máscara de Hockey.
A saga tem seus bons filmes, como os dois primeiros e o sexto, que são simbólicos para o gênero de terror, mas, bombas como Jason Vai Para o Inferno e Jason X, acabam transformando a franquia praticamente em um meme, então, apesar de icônica, ela não é nem de longe a melhor.
Halloween
O pai do gênero. Halloween, criado por John Carpenter em 1978, estabeleceu não só um dos maiores vilões do cinema, Michael Myers, como também, a maioria das regras do terror. Os clichês, as cenas na visão do vilão, nudez e outros fatores repentinos nesse tipo de filme, deram as caras pela primeira vez nesse filme.
Halloween de 1978 foi extremamente bem recebido por público e crítica, e tinha tudo para ser uma obra ÚNICA de sucesso, mas, o dinheiro fala mais alto. Logo em 1981, chegou aos cinemas, Halloween 2, e após ele, ano após ano, um novo filme surgia, um pior que o anterior. Algo curioso que ocorreu nessa saga, foi a tentativa de fazer uma antologia a partir do terceiro filme, narrando uma história diferente a cada filme, algo que deu totalmente errado.
Em suma, a franquia tem um ótimo vilão, ótimos protagonistas, como Dr. Loomis e Laurie Strode, e uma atmosfera de suspense geralmente bem explorada, porém, a saturação e a mudança de estilo ao longo dos filmes, acaba tirando a identidade da franquia logo no segundo filme, e deixando seus roteiros cada vez mais pobres.
Hora do Pesadelo
Um sopro de inovação no mar de mesmice dos anos 1980. Hora do Pesadelo, saída da mente criativa de Wes Craven, trouxe Freddy Krueger como um vilão totalmente diferente do habitual, debochado ao mesmo tempo que ameaçador, e com poderes muito criativos, uma vez que no mundo dos sonhos, Krueger é capaz de manipular tudo, quase como uma onipotência.
Os personagens tem personalidade, a exemplo de Nancy Thompson e do próprio Freddy, que trazem um tom inovador em relação aos outros terrores da década. O original de 1984 e o terceiro filme de 1987, são verdadeiras obras primas do gênero, fazendo história tanto em crítica quanto em bilheteria.
Apesar de ter seus pontos baixos, a exemplo do péssimo remake lançado nos anos 2000, e o segundo filme, que acabou polemizando não pela sua péssima qualidade, mas pela sexualidade do ator principal, a franquia tem uma certa ´´estabilidade´´ no que se refere a qualidade.
Brinquedo Assassino
Mais uma extremamente criativa. Criada por Don Mancini em 1988, a franquia Brinquedo Assassino apresentou um dos maiores e mais engraçados vilões do cinema, Chucky, o primeiro vilão brinquedo do cinema (pelo menos o primeiro relevante).
Apesar de parecer uma caricatura completa, o primeiro longa realmente se leva a sério, trazendo Andy, uma simples criança, tendo que enfrentar o espírito do assassino Charles Lee Ray, preso no corpo de um boneco da linha Good Guy, e tentando provar para todos que o boneco está possuído e cometendo crimes, enquanto todos, até mesmo sua mãe, acreditam que ele está louco.
A rivalidade entre Andy e Chucky se estende ao longo da trilogia original da franquia, e do quarto filme em diante, o boneco assume o protagonismo, rendendo pérolas como a Noiva e o Filho de Chucky. Diferente dos anteriores, essa franquia escapa da maioria dos clichês, e geralmente faz sátira deles, usando o elemento de um boneco assassino como um grande meme ao longo de todos os filmes, sendo algo mais voltada para o humor, do que para o terror.
Pânico
A franquia criada por Wes Craven, para satirizar os clichês do terror, saturados durante os anos 1980. Lançado em 1996, Pânico trouxe um novo vilão ou melhor dizendo ´´vilões´´ na figura de Ghostface, além de uma leva de personagens novos e criativos, que iriam ironizar os padrões criados pelos filmes anteriores do gênero.
Um bom exemplo dessa ironização, são os vilões Billy e Stu (vulgo Salsicha do Scooby Doo), que são fãs de terror, e usam os clichês do gênero para atacar suas vítimas. Pânico possui 6 filmes, e tem como trunfo, não ter NENHUM filme realmente ruim, somente bons ou medianos, algo simplesmente inédito nesse ramo do terror.
Por fim, devemos dar o veredito. Sexta Feira 13 e Halloween são as mais notórias, mas tem muitos filmes terríveis. Hora do Pesadelo, Brinquedo Assassino e Pânico, são as com a melhor qualidade técnica média em suas obras. Por fim, resta escolher a mais icônica entre esse trio, que para mim, é Hora do Pesadelo, com um vilão mais marcante e uma franquia mais conceituada.
Muito boa análise, realmente as franquias mais populares nem sempre são as melhores, e quanto mais elas se afastam do terror padrão, e puxam para um lado mais criativo e talvez humorístico, elas geralmente melhoram!