Reformando Batman vs Superman: Dá Para Salvar?

Batman vs Superman, de 2016, foi um dos filmes mais polêmicos da DC, dividindo muitos fãs. Porém, é inegável que seu impacto não foi o esperado, com uma bilheteria mediana e críticas negativas. Mas, será possível consertar esse filme? Faze-lo ser quase uma unanimidade, e alavancar a DC como uma concorrente digna da Marvel em seu auge? É isso que faremos hoje.

Elenco e Produção

Henry Cavill foi bastante criticado por seu Superman um tanto inexpressivo e sem esperança. Ele seria o primeiro a ser descartado, dando lugar a David Corensewet, um Superman mais jovem, inexperiente, encarando as dificuldades de ter o mundo sob suas costas.

O Batman de Ben Afleck tem suas qualidades, mas já que é pra inovar, iria trazer o maior desejo dos fãs, Jensen Ackles, interpretando um Batman em meio de carreira e carrancudo. A Mulher Maravilha seguiria sendo vivida por Gal Gadot, que para mim, é unânime.

O vilão seria Brainiac, um vilão mais grandioso que Luthor, que poderia ter uma relação mais profunda com Superman, e usar seus recursos para coloca-lo em rota de colisão com Batman, sendo o responsável por reunir a Liga da Justiça através de sua ameaça.

Teríamos um elenco mais expressivo, para um filme consideravelmente mais longo, com pelo menos três horas, mas com mais vivacidade, cores e sentimentos nostálgicos, abrindo mão do lado sombrio de Zack Snyder, que foi rejeitado pela maioria dos fãs.

Elenco Oficial – Batman vs Superman: Renascimento

Personagem	Ator / Atriz	Observações
🦇 Batman / Bruce Wayne	Jensen Ackles	Traz o ar veterano, sombrio e imponente inspirado em O Cavaleiro das Trevas. Sonho dos fãs.
🛡️ Superman / Clark Kent	David Corenswet	Visual clássico e carisma natural. Representa um Superman esperançoso e poderoso.
🛡️ Mulher Maravilha	Gal Gadot	Mantida pela imponência e elegância no papel. Já conquistou o público.
🧠 Brainiac	Cillian Murphy	Vilão cerebral e ameaçador. Inteligência fria e presença hipnotizante.
📰 Lois Lane	Rachel Brosnahan	Inteligente, firme e carismática. Uma Lois forte e moderna, à altura de Clark.
🎩 Alfred Pennyworth	Jeremy Irons	Retornado por sua atuação elegante e sarcástica, com autoridade e carinho.

A direção sairia das mãos de Snyder e seu projeto ambicioso porém fracassado, e seria entregue nas mãos de James Gunn, já conceituado por Guardiões da Galáxia, e apaixonado pelos quadrinhos. Sua equipe viria, trazendo uma atmosfera dos quadrinhos, com um toque de realismo.

🎬 Ficha Oficial – Batman vs Superman: Renascimento

Elemento	Detalhes
🎥 Diretor	James Gunn
✍️ Roteiristas	James Gunn, Christina Hodson, Tom King
💰 Orçamento Estimado	US$ 180 milhões
🎭 Elenco Principal	Veja abaixo
🎨 Estilo Visual	Estética de HQs clássicos, com cores marcantes, sombras estilizadas, contrastes entre tecnologia e mitologia.

💡 Por que James Gunn?

James Gunn foi escolhido por sua habilidade em equilibrar ação intensa, coração e humor orgânico — exatamente o tom que esse filme precisa. Diferente da estética pesada e indecisa do original de 2016, esta versão de Batman vs Superman será:

Mais próxima dos quadrinhos clássicos, com narrativa clara e heróis bem definidos;
Com um vilão intelectual, que desafia os heróis psicologicamente, sem cair no exagero de explosões por si só;
E com mais esperança e emoção, valorizando o legado dos personagens.

O orçamento foi ajustado para US$ 180 milhões, garantindo efeitos visuais de qualidade (principalmente para Brainiac), mas com foco maior na narrativa, nas atuações e na construção de universo — algo que Gunn domina desde Guardiões da Galáxia e Peacemaker.

História e Roteiro

A trama seria repaginada, com um corte de pelo menos três horas, com um Batman melhor desenvolvido.

Superman seria intimidado pelas Nações Unidas, após o estrago causado em Metrópolis, sendo obrigado a prestar depoimento perante a humanidade, prometendo lealdade à organização. A política tornaria o Homem de Aço uma ferramenta 'passiva', para que as pessoas pudessem sentir-se mais seguras com a presença do Homem do Amanhã e seus poderes quase ilimitados.

Esse controle se estenderia sobre todos os outros mascarados, inclusive Batman, um vigilante sombrio e amargurado, que tornava-se cada vez mais violento após a morte de seu parceiro, Jason Todd.

Assim como no original, Batman seria sombrio e brutal, mas nesse caso, NÃO MATARIA, mostrando-se leal ao seu código. Teríamos uma cena de abertura com Batman perseguindo o Chapeleiro Louco, espancando-o assim como seus capangas, deixando-o à beira da morte, deixando até mesmo Jim Gordon em choque, deixando a relação entre eles um tanto conturbada.

Wayne estaria cada vez mais desolado, e sua violência se refletiu na política Anti-Heróis, da qual Superman seria o maior símbolo.

Clark, confuso, conversaria com Lois e Martha, buscando compreender melhor o seu objetivo. Ele estava na Terra para servir as pessoas, mas será que tornar-se um agente da ONU seria a melhor forma de fazê-lo? E seria nesse contexto que Brainiac entraria, usando sua tecnologia para manipular Superman, talvez adulterando as mensagens de seu pai na Fortaleza da Solidão, para fazê-lo aceitar o acordo, e assim fazê-lo confrontar Batman. Tudo isso seria para fins de estudos, para saber se Batman, com todo seu conhecimento, poderia confrontar o Homem de Aço.

A Mulher Maravilha entraria durante a trama, talvez indo até Superman, tentando aconselhe-lo sobre o que fazer. Parafraseando o original, Diana também manteria uma relação com Wayne, com ambos conhecendo as identidades um do outro. Ela serviria como uma ponte entre ambos os heróis.

Daí em diante, se seguiria uma narrativa consideravelmente semelhante ao original. Superman iria até Batman, exigindo que deixasse as ruas, uma vez que agora era visto como um fora da lei. Batman, por outro lado, veria em Superman não apenas uma ameaça onipotente, como agora, um perigoso escravo do sistema político.

Daí em diante teríamos o conflito ideológico entre Batman e Superman. O Homem de Aço, sendo manipulado por Brainiac, se tornaria uma ferramenta do Governo, que lhe usaria para suas próprias causas. Ele teria dificuldades, ele almejaria em proteger as pessoas, mas, seria usado como uma arma de destruição, servindo aos interesses de poucos.

Batman então se armaria, preparando-se para o confronto, talvez com Brainiac também manipulando-o com sua tecnologia, até mesmo ajudando-o a adquirir a Kriptonita.

Diana poderia intervir nas ações do Superman, talvez tentando-o fazer ver a razão, mas sua manipulação mental e seu medo de errar lhe manteriam preso. Seria questão de tempo, antes do Governo manda-lo a caça do Batman, quando enfim teríamos o confronto tão almejado por Brainiac.

Batman se prepararia assim como em Cavaleiro das Trevas, com uma armadura cibernética, cargas elétricas, ondas sônicas e é claro, Kriptonita. Batman provavelmente ativaria o Batsinal, convocando o Homem de Aço para o duelo.

A luta é brutal, física e emocional. Em um estilo fiel à graphic novel O Cavaleiro das Trevas, vemos não apenas o embate entre força e estratégia, mas também entre ideologias. Bruce usa armas sonoras, granadas de kriptonita, manipula o ambiente. Clark, mesmo poderoso, hesita. Ainda há humanidade em seus olhos.

No auge do combate, Batman prende Superman em um campo de radiação enfraquecedora, o segurando enquanto grita que ele precisa acordar, que está sendo manipulado. Clark, quase caindo, ouve a voz de seu pai, agora distorcida e fria: “Obedeça.” Mas é a lembrança do verdadeiro Jor-El que finalmente ecoa — suas palavras sobre esperança, livre-arbítrio e propósito.

Antes que a luta termine com um golpe final, a Mulher-Maravilha surge em cena, rompendo o confronto com seu laço da verdade. Ela prende ambos, revelando a interferência de uma inteligência alienígena nos sistemas da ONU, nos satélites e até na própria Fortaleza da Solidão. Diana, vinda de Temiscira após investigar as distorções globais, identificou a ameaça real: Brainiac está entre eles.

Enquanto os heróis digerem a verdade, Brainiac se revela ao mundo, transmitindo uma mensagem em todas as línguas: um discurso frio, lógico, afirmando que a Terra é imprevisível demais para ser deixada ao acaso da emoção humana. Ele libera seus drones, inicia o processo de assimilação de conhecimento e destruição seletiva. Cidades começam a perder energia. Redes são tomadas. Satélites caem. A Terra é tratada como um experimento falho.

Diante disso, os três heróis unem forças. Em um último ato, Batman, Superman e Mulher-Maravilha enfrentam as máquinas de Brainiac — primeiro em combate nas ruas, depois, em órbita, onde Brainiac revelou seu corpo físico: um híbrido de tecnologia kryptoniana e conhecimento cósmico.

O plano é arriscado: Bruce usa sua mente e a tecnologia da Batcaverna para rastrear o centro de controle da nave. Diana protege os civis, liderando a resistência. Clark, agora liberto da influência de Brainiac, vai direto para o coração da nave, enfrentando o vilão em uma batalha intensa no espaço. Lá, Brainiac tenta absorver sua consciência, mas é a humanidade de Clark — sua ligação com Lois, com Martha, com a Terra — que lhe dá forças para resistir.

No momento decisivo, Batman arrisca a própria vida para destruir o núcleo de controle da nave com um vírus digital criado por Alfred. Brainiac é derrotado, mas Bruce quase morre na explosão. É salvo por Clark nos últimos segundos, marcando o início de uma nova confiança entre eles.

No epílogo, os três heróis se reúnem. O mundo os vê como símbolos de esperança, não de medo. Bruce propõe algo novo: uma aliança. “Nós precisamos estar preparados. Sozinhos, fomos manipulados. Juntos… podemos proteger o mundo.”

E assim nasce a ideia da Liga da Justiça, não como um grupo político ou militar, mas como uma união voluntária de seres com habilidades extraordinárias — comprometidos com a liberdade e a verdade.

Marketing e Resultado Final

O marketing seria de forma parecida, exaltando a obra como um dos melhores filmes de todos os tempos. As imagens de Jensen Ackles e David Corenswet seriam usadas constantemente. As redes sociais seriam usadas com força, como um meio orgânico de propagação, com perguntas sobre quem venceria. Quem está certo? Assim como a Marvel fez com Guerra Civil.

A propaganda iria focar na obra como ´´saída das páginas dos quadrinhos´´, tratando os três ícones da trama como as maiores lendas dos quadrinhos, o que eles realmente são, fazendo o público sentir que aquele filme seria algo grandioso, imperdível. Com um bom filme, a primeira semana teria um boom esperado, que se estenderia pelas próximas, com o marketing orgânico aquecendo a bilheteria.

Dessa forma, teríamos um universo DC consolidado, com um bom filme, talvez passando de 80% no Rotten Tomatoes, e tendo ganhado o coração dos fãs de herói, com uma bilheteira próxima do bilhão. Novos projetos seriam moldados em volta de Ackles, Corenswet e Gadot, com os filmes de solo de Batman e Mulher Maravilha, moldando as bases do filme da Liga da Justiça, o 'Vingadores de 2012' da DC, que iniciaria a ascensão da editora nos cinemas, aproveitando especialmente a decadência da Marvel, após 2019, deixando a DC como a referência em filmes de herói pelos próximos anos.